Olá queridos leitores!
A contagem regressiva para os 50 anos acende em nós uma chama especial, um misto de reflexão e um renovado desejo de viver intensamente cada momento. Na minha jornada rumo a esta nova década, tracei uma lista de 50 conquistas que me enriqueceram, moldaram e trouxeram uma profunda sensação de vida plena. Hoje, partilho convosco a quinta dessas vitórias: a alegria e a aprendizagem inestimável de viajar para o estrangeiro.
Desde
cedo, o mundo exerceu um fascínio irresistível. A curiosidade de pisar em
terras desconhecidas, de mergulhar em culturas diferentes e de colecionar
memórias em paisagens longínquas sempre me impulsionou. E, felizmente, a vida
presenteou-me com oportunidades incríveis de concretizar este sonho algumas vezes.
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1996 Bélgica |
A
Descoberta da Bélgica
A minha aventura pelo globo começou na encantadora Bélgica. As ruas de paralelepípedos de Bruxelas, a arquitetura imponente e a atmosfera acolhedora marcaram as minhas visitas em 1996 e 2004. Mas a Bélgica não se resumiu à sua capital; explorei outras cidades, cada uma com o seu charme e história peculiares, plantando a semente de uma paixão que não pararia de crescer.
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2004 Nerja |
A
Diversidade da Espanha
A vibrante Espanha tornou-se um destino recorrente, um mosaico de experiências sensoriais e culturais. De sentir a brisa atlântica em Cádiz e Tarifa à intensidade flamenca de Sevilha, passando pelo glamour de Marbelha e a vivacidade de Málaga e Nerja, cada cidade deixou uma marca indelével. Caminhei pelas ruelas históricas de Granada, maravilhei-me com a beleza natural de Ourence e Verim, explorei o património romano de Badajoz e Mérida, e perdi-me na grandiosidade de Madrid. A diversidade da Espanha é um tesouro que continuo a explorar.
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2002 Tanger |
O
Exotismo de Marroco
A
travessia para o continente africano em 2002 levou-me a Tanger, no Marrocos. A
atmosfera exótica, os aromas intensos, os mercados labirínticos e a cultura
vibrante despertaram em mim uma nova perspectiva sobre o mundo e a sua rica
tapeçaria humana.
A proximidade geográfica levou-me também a Ceuta, em 2004. Esta cidade autónoma espanhola em solo africano proporcionou um fascinante encontro de culturas e uma visão única da complexidade das fronteiras e identidades.
A
Vastidão da China: Pequim, Xangai e Xi'an
A ousadia de explorar o Oriente levou-me à colossal China. Em Pequim, caminhei pela majestosa Muralha, maravilhei-me com a Cidade Proibida e senti a pulsação de uma história milenar. A modernidade frenética de Xangai contrastou com a riqueza histórica de Xi’an, onde os Guerreiros de Terracota me transportaram para um passado imperial. A China foi uma lição de escala e de diversidade cultural avassaladora.
A
Beleza Austera da Noruega: Encantos de Bergen
A
beleza austera da Noruega presenteou-me com a encantadora cidade de Bergen. Os
fiordes imponentes, as casas coloridas à beira-mar e a natureza selvagem
deixaram-me sem fôlego e revelaram uma faceta diferente da beleza do nosso
planeta.
O
Charme da Eslovénia: Uma Imersão em Liubliana
A pequena e charmosa Eslovénia conquistou-me com a sua capital, Liubliana. O rio verde-esmeralda a serpentear pela cidade, o castelo medieval no topo da colina e a atmosfera tranquila fizeram-me sentir em um conto de fadas.
O
Mistério do Japão
O mistério e a tradição do Japão aguardam a sua vez nesta lista de conquistas. Uma cultura tão rica e singular merece uma exploração dedicada e profunda, um sonho que continua vivo.
As
Ilhas da Tailândia
Por fim, a tropical Tailândia presenteou-me com a beleza paradisíaca das ilhas Phuket e Phi Phi. As águas cristalinas, as praias de areia branca e a exuberância da natureza foram um bálsamo para a alma e um lembrete da diversidade estonteante do nosso planeta.
Cada um destes destinos, cada experiência vivida no estrangeiro, foi um tijolo na construção da minha vida plena. Através das viagens, aprendi sobre outras culturas, outras formas de pensar e, acima de tudo, aprendi mais sobre mim. Cada passo em terras desconhecidas expandiu os meus horizontes e enriqueceu a minha alma.
E
porque as palavras também são uma forma de viajar, deixo-vos um pequeno poema
inspirado na vastidão do mundo e na alegria de o explorar:
📝 Poema: ✨Rastros
de Asfalto e Alma
O
asfalto cantou canções em línguas estranhas,
O
sol beijou rostos de cores tamanhas.
A
pressa de chegar, a calma de observar,
Em
cada esquina, um novo verbo a conjugar.
Colecionei
sorrisos em vielas de pedra,
O
aroma de especiarias, promessa que medra.
O
eco de um dialeto, melodia fugaz,
Um
instante gravado, que o tempo já não traz.
Vi
montanhas gigantes rasgarem o céu profundo, E o mar beijar a areia num murmúrio
rotundo. Senti o frio agreste e o calor tropical,
A
natureza vasta, em seu abraço vital.
Mas
o que fica, além da foto amarelada,
É
a marca invisível na alma caminhada.
A
mente mais aberta, o coração mais vasto,
A
certeza profunda de que o mundo é um achado.
Fica
a saudade mansa de um certo lugar,
Um
sabor na memória que volta a despertar.
A
lição aprendida sem mestre ou cartilha,
Que
a verdadeira casa é a que a alma partilha.
Os
passos apagam-se na poeira da estrada,
Mas
a visão do mundo, essa nunca é apagada. Porque viajar não é só ir e voltar
ligeiro,
É plantar em nós raízes de um mundo inteiro.
Série: Nonô Lê Versos do Blogue
🎧 Ouve aqui o poema em áudio:
🎬 Vê e sente o poema neste vídeo:
Viajar
no estrangeiro não é apenas colecionar carimbos no passaporte; é colecionar
momentos, aprendizagens e uma profunda apreciação pela diversidade do nosso
mundo. Aos 50 anos, esta é uma das minhas maiores conquistas, um legado de
curiosidade e de coração aberto que continuarei a nutrir.
Quais
foram as viagens que mais marcaram a tua vida? Partilha comigo nos comentários!
Até
à amanhã, aqui no blogue!
Despeço-me,
como sempre, com o nosso habitual cumprimento:
Gratidão e Beijos Poéticos
M.ª Leonor Costa (Poesias da Nonô)