Há
dias em que sinto que tudo acelera por dentro e por fora.
Dias em que o mundo grita, em que o corpo anda desligado da alma e o pensamento salta de preocupação em preocupação.
Nesses dias, procuro uma árvore.
Abraçar uma árvore é um regresso.
É alinhar o corpo com a natureza, é lembrar que pertencemos à terra, que há raízes em nós, mesmo que por vezes nos sintamos soltos ao vento.
As
árvores não julgam, não apressam, não respondem.
Elas
ouvem em silêncio, transmitem calma, guardam segredos antigos nos anéis do
tempo.
São abrigo e ensinamento.
Este
poema nasceu desse gesto simples e poderoso: o de parar e abraçar.
Pode
parecer pouco, mas é um dos maiores atos de presença que conheço.
Quando abraço uma árvore, aterro em mim.
Deixo-vos
agora o poema “Abraço árvores”, na esperança de que também vos inspire a
desacelerar, a escutar o mundo natural e, acima de tudo, a escutarem-se a vocês
próprios.
Série: Nonô Lê Versos do Blogue
🎧 Ouve aqui o
poema em áudio:
Até à próxima sexta-feira, aqui no blogue!
Despeço-me, como sempre, com o nosso habitual cumprimento:
Gratidão e Beijos Poéticos
M.ª Leonor Costa (Poesias da Nonô)
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