PT: Olá! Sou poetisa eclética e impressionista, autora de 6 livros individuais e participante em 60 obras coletivas. Este espaço é o palco da minha criatividade. Aqui, Poemas, Quadras, Haikus e Contos ganham vida. Dou voz aos meus versos em eventos e rádios, enquanto construo uma comunidade de Amigos da Nonô. Sou júri em concursos e adoro contar-te 'estórias'. Junta-te a mim e sente a escrita em detalhe.
Hello! I am an eclectic and impressionistic poetess, author of 6 individual books and contributor to 60 collective works. This space is the stage for my creativity. Here, Poems, Quatrains, Haikus, and Short Stories come alive. I give voice to my verses at events and on the radio, while building a community of Nonô's Friends. I serve as a contest judge and love telling you 'stories'. Join me and feel the writing in detail.

sábado, 27 de junho de 2015

Catarse das Palavras: "O apoio à vítima" / Catharsis of Words: "Supporting the Victim"

PT: O apoio à vítima

 

Será que alguém

tem consciência de que é vítima?

Sem se estar a vitimizar.

Quem é, provavelmente não se afirma

por vergonha do que está a passar.

 

A violência não é só física,

pode ser também psicológica.

Qual deixa maiores marcas?

Questiono essa lógica.

 

Talvez os outros

tenham outra perceção.

Familiares e amigos

conseguem ter outra visão.

 

Uma pessoa precisa de apoio

para conseguir avançar.

Há muitos problemas a resolver

e traumas a ultrapassar.

 

Escrito à mão: Agualva, Café Seara, 25 de junho de 2015, 9h00

In Costa, M.ª Leonor. Catarse das Palavras. Vol. I
Catharsis of Words

EN: Supporting the Victim

 

Is a person

aware they are a victim,

without playing the victim?

Someone who is, probably doesn't speak up,

ashamed of what they're going through.

 

Violence is not only physical;

it can also be psychological.

Which leaves deeper scars?

I question that logic.

 

Perhaps others

have a different perspective.

Family and friends

can see it differently.

 

A person needs support

to be able to move forward.

There are many problems to solve

and traumas to overcome.

 

Handwritten: Agualva, Café Seara, June 25, 2015, 9:00 a.m.

In Costa, M.ª Leonor. Catharsis of Words. Vol. I
Nonô Poetry



Nota: Este artigo foi revisto e atualizado no dia 09/10/2025.

Note: This article was revised and updated on October 9, 2025.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - O café da manhã / The morning coffee

O café da manhã

O pequeno-almoço foi em casa,

Seguido por uma caminhada matinal

Depois veio o comboio

Uma rotina que se tem tornado normal.

 

Momentos antes de entrar para o trabalho,

Durante alguns minutos apenas,

Bebo um café, bem sentada,

Redijo ideias serenas.

 

Uma higiene espiritual

Saudável e que recomendo

Um momento individual

Em que melhor a vida compreendo.

Poema manuscrito: Agualva, Café Seara
25 de junho de 2015, 8h54
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I
Worldly Poetry
The morning coffee

Breakfast was at home,

Followed by a morning walk

Then came the train

A routine that has become normal.

 

Moments before going into work,

For a few minutes only,

I drink a cup of coffee, sitting tight,

Write serene ideas.

 

A spiritual hygiene

Healthy and what I recommend

An individual moment

Where better I understand life.

Handwritten poem: Agualva, Café Seara
June 25, 2015, 8:54 a.m.
In Costa, Maria Leonor, Worldly Poetry. Vol. I
Nonô Poetry

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Catarse das Palavras: "Será que é tarde?" / Catharsis of Words: "Is It Too Late?"

 

Será tarde para encontrar o amor?

Para ser mãe,

ter uma família feliz

e conseguir confiar em alguém?

 

Será possível voltar a acreditar

num futuro mais risonho e de esperança,

com abertura de espírito,

à medida que a vida avança?

 

Será, com certeza, amanhã

tudo aquilo que hoje parece impossível.

Ainda há situações a ultrapassar

para que o futuro se torne incrível.

 

Poema manuscrito: Agualva, Café Seara, 25 de junho de 2015, 8h45

In Costa, M.ª Leonor. Catarse das Palavras. Vol. I
Catharsis of Words

EN: Is It Too Late?

 

Is it too late to find love?

To be a mother,

to have a happy family,

and to be able to trust someone?

 

Is it possible to believe again

in a brighter and more hopeful future,

with an open mind,

as life goes on?

 

What seems impossible today

will surely be possible tomorrow.

There are still situations to overcome

for the future to become incredible.

 

Handwritten poem: Agualva, Café Seara, June 25, 2015, 8:45 a.m.

In Costa, M.ª Leonor. Catharsis of Words. Vol. I
Nonô Poetry



Nota: Este artigo foi revisto e atualizado no dia 09/10/2025.

Note: This article was revised and updated on October 9, 2025.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Catarse das Palavras: "Uma enorme confusão" / Catharsis of Words: "A Huge Mess"

Uma enorme confusão

 

Num curto espaço de tempo,

há problemas para resolver.

Diferentes sensibilidades

que não se conseguem entender.

 

Podendo escolher ser céleres

ou começar a competir,

entrar num braço de ferro

até que um tenha de desistir.

 

Há bens comuns a partilhar,

mas felizmente não há crianças.

Já não há muito para conversar

quando começam as desconfianças.

 

É triste ver as coisas a terminar

entre duas pessoas que dificilmente se vão entender,

já que também não se conseguiram amar,

e cada um tenta se defender.

 

Que a paz regresse em breve

e que tudo se resolva também.

É assim que sente quem nada deve

e quem quer solucionar tudo a bem!

 

Escrito: Agualva, sentada à secretária, escrito a computador,

22 de junho de 2015, 12h32

In Costa, M.ª Leonor. Catarse das Palavras. Vol. I
Catharsis of Words

A Huge Mess

 

In a short amount of time,

there are problems to solve.

Different feelings

that fail to understand each other.

 

We can choose to be quick

or start to compete,

to enter a tug-of-war

until one of us has to give up.

 

There are shared assets,

but fortunately, no children.

There's not much left to talk about

when the suspicions begin.

 

It's sad to see things end

between two people who are unlikely to understand each other,

since they also weren't able to love,

and each one tries to defend themselves.

 

May peace return soon,

and may everything be resolved as well.

This is how it feels for someone who owes nothing

and who wants to solve everything for the best!

 

Written on computer: Agualva, sitting at my desk,

June 22, 2015, 12:32 p.m.

In Costa, M.ª Leonor. Catharsis of Words. Vol. I
Nonô Poetry




Nota: Este artigo foi revisto e atualizado no dia 09/10/2025.

Note: This article was revised and updated on October 9, 2025.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - Quando a máscara caiu / When the mask fell

Foi quando a máscara caiu
Que tu verdadeiramente te revelaste
Não sei de onde o teu egoísmo saiu,
Mas sei que algo em mim, roubaste.

Assombrado por uma ex-mulher
Da qual nunca te libertaste
O teu futuro estás agora a colher
Porque me ignoraste.

Uma casa enorme
Onde já não havia amor
Um espaço vazio
No qual se instalou a dor.

Para trás te deixei
Sem nenhum arrependimento
Se algum dia te amei
Foi apenas por um momento.

Tentas-te mostrar ser
Uma pessoa que não existia
Quando a máscara começou a derreter
Quebrou-se toda a magia.

É pena existir gente
Que vive bem assim
Com tanta facilidade mente
Porque sabe bem e, porque sim.

Mem-Martins, sentada na mesa da cozinha, durante o pequeno-almoço,
Poema manuscrito,
22 de junho de 2015,
7h52
In Costa, Maria Leonor. Catarse das Palavras.



It was when the mask fell
That you truly revealed
I do not know where your selfishness came out
But I know that something in me you stole.

Haunted by an ex-wife
From which you never get free
Your future you are now reaping
Because you ignore me.

A huge house
Where there was no love
An empty space
In which settled the pain.

I left you behind
With no regrets
If I ever loved you
It was only for a moment.

You try to show be
A person who did not existed
When the mask began to melt
It broke up all the magic.

It’s too bad people exist
Who lives as well
With so much mind at ease
Because it knows well and just because.

Mem-Martins, sitting at the kitchen table during breakfast,
Handwritten poem,
June 22, 2015,
7:52 a.m.
In Costa, Maria Leonor. Catharsis of Words.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Amores Platónicos / Platonic Loves - Não há amor como o primeiro / There is no love like the first

Não há amor como o primeiro
Por mais que o tempo passe
não há amor como o primeiro
e mesmo que outro eu amasse
nunca teria o teu cheiro.

A ingenuidade de uma primeira relação
a abertura de espírito para amar
são hoje uma recordação
que permanece no seu lugar.

Tudo poderia ter sido diferente,
mas foi o que tinha de ser.
Não te sou indiferente
e nunca te vou esquecer.

Foi muito difícil abdicar
de uma grande paixão
Pior teria sido nunca saber o que é amar,
mas eu sei e isso guardo no meu coração.

Mem-Martins, sentada à secretária,
Poema escrito no computador
21 de junho de 2015, 22h17
In Costa, M.ª Leonor. Amores Platónicos. Vol . I
Nonô Poetry
There is no love like the first
However much time passes
there is no love like the first
and even though I loved another
He never would have your smell.

The ingenuity of a first relationship
open-mindedness to love
They are now a memory
which remains in place.

Everything could have been different
but it was what had to be.
I am not indifferent to you
and I will never forget you.

It was very difficult to abdicate
of a great passion
Worse would have been never known what love is
but I know and that I keep in my heart.

Mem-Martins, sitting at the desk,
Poem written on the computer
June 21, 2015, 10:17 p.m.
In Costa, M.ª Leonor. Platonic Loves. Vol. I
Nonô Poetry

domingo, 21 de junho de 2015

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - A minha personalidade / My personality

A minha personalidade

Revejo a minha personalidade

Em alguns animais que rimam com “ão”

Começando pelo meu signo

Que é, como não podia deixar de ser, Leão.

 

O meu ascendente também,

Pois é escorpião

E a minha postura combina

Em muitas ocasiões com a de um belo pavão.

 

Quanto à capacidade de observação

Identifico-me com um gavião.

Na fidelidade posso ser comparada

Com um dócil e amável cão.

 

Mas não me identifico

Nem me revejo no tubarão

Sinto-me mais como uma borboleta

Com liberdade no coração.

Poema manuscrito: Mem-Martins, sentada à secretária,
18 de junho de 2015, 22h38
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I
Worldly Poetry

My personality

I review my personality

In some animals that rhyme with “ão” (in Portuguese language)

Starting with my sign

That is, as might be expected, Leo.

 

So is my ascendant,

It is scorpion

And my approach combines

On many occasions with that of a beautiful peacock.

 

As for my capacity for observation

I identify with a hawk.

In fidelity, I can be compared

With a docile and loving dog.

 

But I do not identify myself

Nor do I see myself as a shark

I feel more like a butterfly

With freedom in my heart.

Handwritten poem: Mem-Martins, sitting at the desk,
June 18, 2015, 10:38 p.m.
In Costa, M.ª Leonor, Worldly Poetry. Vol. I
Nonô Poetry