PT: Olá! Sou poetisa eclética e impressionista, autora de 6 livros individuais e participante em 60 obras coletivas. Este espaço é o palco da minha criatividade. Aqui, Poemas, Quadras, Haikus e Contos ganham vida. Dou voz aos meus versos em eventos e rádios, enquanto construo uma comunidade de Amigos da Nonô. Sou júri em concursos e adoro contar-te 'estórias'. Junta-te a mim e sente a escrita em detalhe.
Hello! I am an eclectic and impressionistic poetess, author of 6 individual books and contributor to 60 collective works. This space is the stage for my creativity. Here, Poems, Quatrains, Haikus, and Short Stories come alive. I give voice to my verses at events and on the radio, while building a community of Nonô's Friends. I serve as a contest judge and love telling you 'stories'. Join me and feel the writing in detail.

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Catarse das Palavras: "Polivalente" / Catharsis of Words: "Polyvalent"

PT: Polivalente

 

Não me chamo Poli,

e o meu apelido não é Valente.

Tenho valor pessoal

e não finjo estar contente.

 

Tentar fazer dez tarefas em simultâneo

sem a mínima condição.

Exigem de ti o impossível,

originando dispersão.

 

Sem contrapartidas

e por mera imposição,

pedem-te o impossível,

desrespeitando a tua missão.

 

Algo está errado

na nossa pequena nação;

as condições de trabalho

estão em franca degradação.

 

Poema manuscrito: Mem-Martins, Sentada na minha cama, 16 de setembro de 2015, 24h27 (madrugada)

In Costa, M.ª Leonor. Catarse das Palavras. Vol. I
Catharsis of Words

EN: Polyvalent

 

My name isn't Poly,

and my last name isn't Valiant.

I have personal worth,

and I won't pretend to be happy.

 

Trying to do ten tasks at once

with no conditions to do so.

They demand the impossible of you,

causing you to lose your focus.

 

Without anything in return

and by simple imposition,

they ask the impossible of you,

disrespecting your mission.

 

Something is wrong

in our small nation;

the working conditions

are in a state of clear degradation.

 

Handwritten poem: Mem-Martins, Sitting on my bed,

September 17, 2015, 12:27 a.m.

In Costa, M.ª Leonor. Catharsis of Words. Vol. I
Nonô Poetry

Nota: Este artigo foi revisto e atualizado no dia 09/10/2025.

Note: This article was revised and updated on October 9, 2025.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Catarse das Palavras: "Como se ultrapassa um trauma?" / Catharsis of Words: "How to Overcome a Trauma?"

PT: Como se ultrapassa um trauma?

 

Como se ultrapassa um trauma?

Com tempo e meditação,

não repetindo os mesmos erros,

e dando espaço ao coração.

 

Como se supera uma perda?

Procurando um novo caminho.

Tudo se supera

com muito amor e carinho.

 

Como se recupera de uma desilusão?

Aceitando o destino,

encontrando uma nova paixão.

 

Poema manuscrito: Sentada à secretária no meu quarto,

29 de agosto de 2015, 1h02 (madrugada)

In Costa, M.ª Leonor. Catarse das Palavras. Vol. I
Catharsis of Words

EN: How to Overcome a Trauma?

 

How to overcome a trauma?

With time and meditation,

by not repeating the same mistakes,

and by making room for the heart.

 

How to overcome a loss?

By looking for a new path.

Everything can be overcome

with much love and affection.

 

How to recover from a disappointment?

By accepting your destiny,

and finding a new passion.

 

Handwritten poem: Sitting at my desk in my room,

August 29, 2015, 1:02 a.m.

In Costa, M.ª Leonor. Catharsis of Words. Vol. I
Nonô Poetry

Nota: Este artigo foi revisto e atualizado no dia 09/10/2025.

Note: This article was revised and updated on October 9, 2025.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - Lisboa / Lisbon

Lisboa 

Walk, don't walk

Red or green light

É este o ritmo de uma cidade

Cosmopolita como Lisboa.

O movimento é intenso

O tempo não para,

Apesar de ser verão

Por aqui o ritmo voa.

Sentada no jardim

Aproveitando a brisa fresca

Rodeada de vegetação

Sentindo que aqui a vida é boa.


Poema manuscrito: Sentada no Jardim do Campo Pequeno,
21 de agosto de 2015,17h33
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I
Worldly Poetry
 Lisbon

Walk, don't walk

Red or green light

This the rhythm of a city

Cosmopolitan as Lisbon.

The movement is intense

Time does not stop,

Even though it's summer

Around here the rhythm flies.

Sitting in the garden

Enjoying the cool breeze

Surrounded by greenery

Feeling that life is good here.
Handwritten poem: Sitting on the Campo Pequeno Garden
August 21, 2015,17:33 p.m.
In Costa, M.ª Leonor, Worldly Poetry. Vol. I
Nonô Poetry

domingo, 27 de setembro de 2015

Catarse das Palavras: "Solidão" / Catharsis of Words: "Loneliness"

PT: Solidão

 

A solidão não se sente apenas quando se está só;

no meio da multidão, esse sentir é exacerbado.

É triste o sentimento de solitude,

mesmo quando se está acompanhado.

 

A cura é individual;

pressupõe força de vontade,

um desenvolvimento espiritual,

amor-próprio e amizade.

 

Estar sozinho por escolha

pode até ser benéfico.

Sentir solidão acompanhado

é extremamente maléfico.

 

Poema manuscrito: Sentada no comboio da linha de Sintra (Santa Cruz Damaia), 21 de agosto de 2015, 12h24

In Costa, M.ª Leonor. Catarse das Palavras. Vol. I
Catharsis of Words

EN: Loneliness

 

Loneliness is not only felt when you are alone;

in the midst of the crowd, this feeling is exacerbated.

Sad is the feeling of solitude,

even when you are with others.

 

The cure is individual;

it requires willpower,

spiritual development,

self-love, and friendship.

 

Being alone by choice

can even be beneficial.

But feeling lonely when you are with people

is truly harmful.

 

Handwritten poem: Sitting on the train on the Sintra line (Santa Cruz Damaia), August 21, 2015, 12:24 p.m.

In Costa, M.ª Leonor. Catharsis of Words. Vol. I
Nonô Poetry




Nota: Este artigo foi revisto e atualizado no dia 09/10/2025.

Note: This article was revised and updated on October 9, 2025.

sábado, 26 de setembro de 2015

Amores Platónicos / Platonic Loves - Se me queres conhecer / If you want to know me

Se tu me queres conhecer
Se tu me queres conhecer
finge que nasci agora
que não tenho passado
que junto de mim, chegou a tua hora.

De ti apenas quero o futuro
não me interessa saber o que se passou
pretendo construir algo novo e diferente
e que me aceites como sou.

Não te tenciono contar a minha história,
pois, é no presente que estou
apenas restam cinzas na minha memória
de alguém que o passado arrumou.

Se me queres conhecer
vem de coração aberto
não te irás arrepender
de ficar por perto.

Sentada no comboio da linha de Sintra (Cacém),
Poema manuscrito,
21 de agosto de 2015, 12h08,
In Costa, M.ª Leonor. Amores Platónicos. Vol. I
Platonic Loves
If you want to know me
If you want to know me
pretend I was born now
I have no past
that with me came your time.

From you I just want the future
I don't care to know what happened
I want to build something new and different
and that you accepted me as I am.

I do not intend to tell you my story
it is in the present that I am
Only ashes remain in my memory
of someone who the past packed.

If you want to know me
come with an open heart
you will not regret
to stick around.
Sitting on the train from Sintra line (Cacém),
Handwritten poem,
August 21, 2015, 12:08 p.m.
In Costa, M.ª Leonor. Platonic Loves. Vol. I
Nonô Poetry

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - Escrever por paixão / Writing for passion

Escrever por paixão

Afio a ponta da lapiseira

Ao despertar da imaginação

Na minha mente, fervilham ideias

Que contribuem para a criação!

 

Desabrocho o pensamento

Com a inspiração

Como uma flor ao relento

Em processo de gestação.

 

Reúno palavras, conceitos e sons

Para escrever a minha visão

Encontro assim os tons

De quem escreve por paixão.

Poema manuscrito: Sentada na gare de comboios de Mem-Martins
21 de agosto de 2015, 11h54
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I
Worldly Poetry

Writing for passion

I sharpen the tip of the pencil

As imagination awakens

In my mind, ideas bubble up

That contribute to creation!

 

I unfold my thoughts

With inspiration

Like a flower outdoors

In the process of gestation.

 

I gather words, concepts, and sounds

To write my vision

Meeting so the tones

Of whom writes by passion.
Handwritten poem: Sitting in the train station of Mem-Martins,
August 21, 2015,11h54 a.m.,
In Costa, M.ª Leonor, Worldly Poetry. Vol I
Nonô Poetry

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - A vida é como tiver de ser / Life is like it has to be

A vida é como tiver de ser

A vida dá muitas voltas

Nada é para sempre

Nem tudo é como gostas

E tudo muda de repente.

 

Não adianta evitar

O que está destinado a acontecer

Não adiante planear

É preferível deixar florescer.

 

O tempo vai passando

Muito vai acontecendo

A vida vai mudando

Querendo ou não querendo.

 

Não vale desanimar

É necessário compreender

Tens de acreditar

A vida é como tiver de ser.


Poema manuscrito: Sentada na gare de comboios de Mem-Martins,
21 de agosto de 2015, 12h00,
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I
Worldly Poetry

Life is like it has to be

Life takes many turns

Nothing is forever

Not everything is the way you like it

And everything changes suddenly.

 

There's no use avoiding

What's bound to happen

No use planning

It's better to let it all flourish.

 

Time goes by

Much is happening

Life is changing

Willing or not wanting to.

 

It's not worth getting discouraged

It is necessary to understand

You got to believe

Life is like it has to be.

Handwritten poem: Sitting in the train station of Mem-Martins,
written August 21, 2015, 12.00 p.m.,
In Costa, M.ª Leonor, Worldly Poetry. Vol I
Nonô Poetry

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - Sentindo-me especial / Feeling special

Sentindo-me especial 

Quero ficar a dormir na cama

E descansar o corpinho

Depois levantar-me calmamente

Muito de mansinho.

 

Tomar um duche retemperante

Vestir uma roupa adequada há ocasião

Passar um pouco de creme no rosto,

No corpo e também na mão.

 

Comer o pequeno-almoço,

Iogurte com cereais,

Beber café com canela,

O que posso querer mais?

 

Lavar bem os dentes

E dar em mim um toque final

Saindo depois para a rua

Sentindo-me especial.


Poema manuscrito: Mem-Martins, Sentada na mesa da cozinha,
7 de agosto de 2015, 7h56,
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I
Worldly Poetry

Feeling special

I want to stay asleep in bed

And rest my body

Then get up quietly

Very gently.

 

Take a refreshing shower

Put on an outfit that suits the occasion

Put some cream on my face,

On my body and also on my hand.

 

Eat breakfast,

Yogurt with cereals,

Drink coffee with cinnamon,

What more could I want?

 

Wash my teeth

And give me a final touch

Then exit to the street

Feeling special.


Handwritten poem: Mem-Martins, sat at the kitchen table,
August 7, 2015, 7:56 a.m.,
In Costa, M.ª Leonor, Worldly Poetry. Vol. I
Nonô Poetry