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Este poema não é meu
Sou
a mulher que se mata por amor a ti
Andreia C. Faria (nascida em 1984)
Sou a mulher que se mata por amor a
ti
e a mulher por amor de quem se morre
Sou o rapaz que há como uma água
turva
na mulher por quem se morre
o bucal húmido do telefone onde ela
expia
pensamentos violentos como plumas
Sou a pluma que lhe abre os lençóis
a lasca de madeira sobre a mesa
a lâmina à espera
que a nudez dê frutos
Sou aquilo que fere o rapaz
e a roupa que o tapa
Sou o brilho da janela onde a mulher
se balança
Diálogo
entre Poemas
A mulher que sou não se mata por ninguém
Nonô (nascida em 1975)
A
mulher que sou não se mata por ninguém
Nutre
amor pelos demais, ama-se também
Inclui
energias masculinas e femininas
É equilíbrio
de polos opostos
Só
agrada alguns gostos
Não
alimenta pensamentos violentos
Sou
aquela que lhe os horizontes da liberdade
A deixo
viver com intensa verdade
A que
não a prende
Numa
de alma
Sou
uma imagem de calma
Uma rebelde
no silêncio
Sou a
manifestação da natureza
daquilo em que acredito
Mem-Martins, segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021, 07h34
Nonô (M.ª Leonor Costa)
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