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Há causas que não agarro
Guerras que
não são minhas
De nós me
desamarro.
De que me
adianta gritar,
Espernear,
estrebuchar,
Se nada
vai mudar
Na decisão
já tomada.
A dor que
ninguém vê
Guardo dentro
de mim
Numa fogueira
que não tem como arder
Um dia o fogo
chega ao fim.
Sentada no comboio da linha de Sintra (Rio de Mouro),
Poema manuscrito,
13 de setembro de 2018
8h15
Calm, my ass
There are causes that I do not grasp
Wars that are not mine
From us I untie myself.
What good is it to shout,
Spur, to shudder,
If nothing is going to change
In the decision already made.
The pain no one sees
I keep inside myself
In a bonfire that can’t burn
One day the fire comes to an end.
Sitting on the train
line of Sintra (Rio de Mouro),
Handwritten poem,
September 13, 2018
8:15 a.m.
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