Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)

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segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

A revolta / The uprising

A revolta instala-se em mim
Um sentimento de indignação
Não consigo ficar indiferente
Ao estado em que vai a nação.

Somos um país à deriva
No qual reina a confusão
Tanta coisa está mal
É dificil a sua solução.

Por mais que me esforce
Não consigo aceitar esta situação
Estamos sempre em crise
E ninguém tem razão.

O país precisa de uma mudança
Uma profunda alteração
Será que ninguém vê
Esta perturbação.

Sentada à secretária no meu quarto em casa dos meus pais
Escrito a computador
9 de janeiro de 2017
21h50


The revolt installs on me
A feeling of indignation
I can not remain indifferent
To the state in which the nation goes.

We are a country adrift
In which confusion prevails
So much is wrong
It's difficult to solve.

As hard as I try
I can not accept this situation
We are always in crisis
And no one is right.

The country needs a change
A profound change
Does no one see
This disturbance.

Sitting at my desk in my room at my parents' house.
Written to computer
January 9, 2017

9:50 p.m.

domingo, 15 de janeiro de 2017

Haiku, Haikai , 俳句

botão de Rosa fechado
Que não se atreve a desabrochar.
Este Inverno faz muito frio

Sentada na minha secretária no meu quarto em casa dos meus pais
escrito a computador
9 de janeiro de 2017,
20h32



rose button closed
Who does not dare to blossom.
This winter is very cold

Sitting at my desk in my room at my parents' house.
Computer writing
January 9, 2017,

8:32 p.m.

sábado, 14 de janeiro de 2017

Bastou o primeiro cão ladrar / It was enough the first dog bark

Bastou o primeiro cão ladrar
Para toda a rua notar
Que alguém ia a passar.

De um lado e do outro do passeio
Ainda eu ia a meio
Todos os cães já latiam em galenteio.

Quando o percurso terminou
O coro logo se calou
E ao silêncio ao espaço regressou.

Sentada à secretária no meu quarto em casa dos meus pais
Escrito a computador
9 de janeiro de 2017
20h26


It was enough for the first dog to bark
For the whole street to notice
That someone was going to pass.

On one side and the other on the sidewalk
I was still halfway there
All the dogs were already barking.

When the course ended
The choir soon stopped
And to the silence to the space returned.

Sitting at my desk in my room at my parents' house.
Written to computer
January 9, 2017

8:26 p.m.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

O pato zangou-se com a pata / The duck got angry with the female duck

O pato zangou-se com a pata
Correu com ela do rio
A medo ela voltou a entrar
mas depressa fugiu.

Ele grasnou com ela
Estava outra pata nas imediações
Uma discusão de patos
Que despertou as atenções.

Porque terá o pato ficado zangado?
Não cheguei a descobrir
Um momento caricato
Que por instantes me fez rir.

Sentada à secretária no meu quarto em casa dos meus pais
Escrito a computador
9 de janeiro de 2017
20h01


The duck got angry with the female duck
Ran with her from the river
With fear she came back in
But soon escaped.

He giggled at her
It was another female duck in the vicinity
A discussion of ducks
That aroused the attention.

Why did the duck get angry?
I did not discover
A caricature moment
Which briefly made me laugh.

Sitting at my desk in my room at my parents' house.
Written to computer
January 9, 2017

8:01 p.m

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

A caminhar vou até onde os pés me levam / I walk as far as my feet take me

A caminhar vou até onde os pés me levam
Por vezes defino um trajeto
Outras sigo à deriva
Não sei se vou longe ou perto.

Prossigo a bom ritmo
As pernas impulsionam o movimento
Descontraida deixo-me ir
E melhor organizo o pensamento.

Ao som de uma boa música
Com batida forte e que me faz vibrar
Observo para lá do horizonte
Nada me escapa ao olhar.

Sentada à secretária no meu quarto em casa dos meus pais
Escrito a computador
9 de janeiro de 2017
19h50


I walk as far as my feet take me
Sometimes I define a route
Others I follow adrift
I do not know if I'm going to be far or near.

I keep up the pace
The legs propel the movement
Relaxed, I let myself go
And I better organize thought.

To the sound of good music
With a strong beat that makes me vibrate
I watch beyond the horizon
Nothing escapes me by looking.

Sitting at my desk in my room at my parents' house.
Written to computer
January 9, 2017

7:50 p.m.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Folhas rolam no chão / Leaves roll on the floor

Folhas rolam no chão
Seguem o meu caminho
Empurradas pelo vento
Fazem um remoinho.

Folhas secas
Que rolam no chão
Ao sabor do vento
Elas vêm e vão.

Folhas de inverno
Que da árvore acabaram por cair
Rolam no chão
Só poucos as conseguem ouvir.

Sentada à secretária no meu quarto em casa dos meus pais
Escrito a computador
9 de janeiro de 2017
19h39


Leaves roll on the floor
Follow my way
Pushed by the wind
They do a whirlwind.

Dry leaves
Rolling on the floor
To taste of the wind
They come and go.

Winter leaves
Which of the tree ended up falling
Roll on the floor
Only a few can hear them.

Sitting at my desk in my room at my parents' house.
Written to computer
January 9, 2017

7:39 a.m.

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Idade / Age

Todos temos idade
Tempo que se acumula na nossas vidas
Experiências que fazem a nossa história
Mais ou menos divertidas.

Alguns sentem-se velhos
Quase desde o dia em que nasceram
Vivem sem energia
Logo ao marasmo cederam.

Uns parecem jovens eternos
Outros envelheceram percocemente
Há pelos menos três idades
A mais forte é a que se sente.

Sentada à secretária no meu quarto em casa dos meus pais
Escrito a computador
9 de janeiro de 2017
19h30


We are all old
Time that accumulates in our lives
Experiences that make our history
More or less fun.

Some feel old
Almost from the day they were born
They live without energy.
They soon gave in.

Some look like eternal youths
Others aged percocently
There are at least three ages
The strongest It’s the one you feel.

Sitting at my desk in my room at my parents' house.
Written to computer
January 9, 2017

7.30 p.m.

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