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Luiza Neto Jorge |
A Magnólia - |
Este poema não é meu
Luiza Neto Jorge
(10 de maio de 1939 – 1989)
A exaltação do mínimo,
e o magnífico
relâmpago
do acontecimento
mestre
restituem-me a forma
o meu resplendor.
Um diminuto berço me
recolhe
onde a palavra se
elide
na matéria- na metáfora-
necessária, e leve, a
cada um
onde se ecoa e
resvala.
A magnólia,
o som que se desenvolve
nela
quando pronunciada,
é um exaltado aroma
perdido na tempestade,
um mínimo ente
magnífico
desfolhando relâmpagos
sobre mim.
de O Seu Tempo a Seu
Tempo
Diálogo entre
Poemas
Nonô
(15 de agosto de 1975)
Tudo
a seu tempo,
Na primavera
flores a florir
A natureza
resplandece
Os
animais começam a parir.
A
bela magnólia.
Linda
e perfumada
Nasce
nas árvores
Branca
e rosada.
Símbolo
de dignidade e pureza,
E de
força, lealdade e amor
Pétalas
fora do comum
Em todo
o seu esplendor.
Criativa
e vulnerável,
Ciente
do teu eu interior
Esperançosa, crente,
Exteriorizando
vigor
Sem temer
o amanhã
O
futuro tem outro sabor
Quando se confia no tempo
Mem-Martins, quinta-feira, 25
de fevereiro de 2021, 18h00
Nonô (M.ª Leonor Costa)