Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)
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sexta-feira, 5 de março de 2021

"A Magnólia" de Luiza Neto Jorge em Este poema não é meu e "Magnólia e o tempo" de Nonô em Diálogo entre Poemas - março de 2021 - mês das flores

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Luiza Neto Jorge

Este poema não é meu
Luiza Neto Jorge

A Magnólia - Foto de Chris F no Pexels

Este poema não é meu

A Magnólia

Luiza Neto Jorge

(10 de maio de 1939 – 1989)

A exaltação do mínimo,

e o magnífico relâmpago

do acontecimento mestre

restituem-me a forma

o meu resplendor.

Um diminuto berço me recolhe

onde a palavra se elide

na matéria- na metáfora-

necessária, e leve, a cada um

onde se ecoa e resvala.

A magnólia,

o som que se desenvolve nela

quando pronunciada,

é um exaltado aroma

perdido na tempestade,

um mínimo ente magnífico

desfolhando relâmpagos

sobre mim.

de O Seu Tempo a Seu Tempo

Diálogo entre Poemas

Magnólia e o tempo

Nonô

(15 de agosto de 1975)

Tudo a seu tempo,

Na primavera flores a florir

A natureza resplandece

Os animais começam a parir.

A bela magnólia.

Linda e perfumada

Nasce nas árvores

Branca e rosada.

Símbolo de dignidade e pureza,

E de força, lealdade e amor

Pétalas fora do comum

Em todo o seu esplendor.

Criativa e vulnerável,

Ciente do teu eu interior

Esperançosa, crente,

Exteriorizando vigor

Sem temer o amanhã

O futuro tem outro sabor

Quando se confia no tempo

Mem-Martins, quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021, 18h00

Nonô (MLeonor Costa)

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

“Sou a mulher que se mata por amor a ti” de Andreia C. Faria in Este poema não é meu e “A mulher que sou não se mata por ninguém” de Nonô in Diálogo entre poemas– Fevereiro de 2021 -Mês do Amor

 Podcast

brevemente

Vídeo

Já a seguir

Andreia C. Faria

Este poema não é meu

Sou a mulher que se mata por amor a ti

Andreia C. Faria (nascida em 1984)

 

Sou a mulher que se mata por amor a ti

e a mulher por amor de quem se morre

Sou o rapaz que há como uma água turva

na mulher por quem se morre

o bucal húmido do telefone onde ela expia

pensamentos violentos como plumas

Sou a pluma que lhe abre os lençóis

a lasca de madeira sobre a mesa

a lâmina à espera

que a nudez dê frutos

Sou aquilo que fere o rapaz

e a roupa que o tapa

Sou o brilho da janela onde a mulher

se balança

 Poemas da Nonô


Diálogo entre Poemas

A mulher que sou não se mata por ninguém

Nonô (nascida em 1975)

 

A mulher que sou não se mata por ninguém

Nutre amor pelos demais, ama-se também

Inclui energias masculinas e femininas

É equilíbrio de polos opostos

Só agrada alguns gostos

Não alimenta pensamentos violentos

Sou aquela que lhe os horizontes da liberdade

A deixo viver com intensa verdade

A que não a prende

Numa de alma

Sou uma imagem de calma

Uma rebelde no silêncio

Sou a manifestação da natureza

daquilo em que acredito

Mem-Martins, segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021, 07h34

Nonô (MLeonor Costa)

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

in Este poema não é meu e “Vou encontrar um homem que me levante com a alma” de Nonô in Diálogo entre poemas– Fevereiro de 2021 -Mês do Amor

 Podcast

brevemente

Vídeo

Já a seguir

Claúdia Sampaio

Este poema não é meu

Tragam-me um homem que me levante com os olhos

Claúdia Sampaio (nascida em 1981)

 

Tragam-me um homem que me levante

com os olhos

que em mim deposite o fim da tragédia

com a graça de um balão acabado de encher

tragam-me um homem que venha em baldes,

solto e líquido para se misturar em mim

com a fé nupcial de rapaz prometido a despir-se

leve, leve, um principiante de pássaro

tragam-me um homem que me ame em círculos

que me ame em medos, que me ame em risos

que me ame em autocarros de roda no precipício

e me devolva as olheiras em gratidão de

estarmos vivos

um homem homem, um homem criança

um homem mulher

um homem florido de noites nos cabelos

um homem aquático em lume e inteiro

um homem casa, um homem inverno

um homem com boca de crepúsculo inclinado

de coração prefácio à espera de ser escrito

tragam-me um homem que me queira em mim

que eu erga em hemisférios e espalhe e cante

um homem mundo onde me possa perder

e que dedo a dedo me tire as farpas dos olhos

atirando-me à ilusão de sermos duas

novíssimas nuvens em pé.

 

Diálogo entre Poemas


Vou encontrar um homem que me levante com a alma

Nonô (nascida em 1975)

 

Vou encontrar um homem que me levante

com a alma

que me transmita inteira confiança

com um espírito livre como um balão de ar quente

Vou encontrar homem que chega de repente,

Inteiro e completo para se juntar a mim

com a capacidade de se entregar

simples, simples, um pássaro que queira comigo voar

Vou encontrar um homem que me ame sem triângulos

que sem medos se entregue, que me desfaça em gargalhadas

sem medo de me assumir aqui e em qualquer lugar

e que as olheiras que eu tenha, sejam de inspiração

e de viver com paixão

um homem com as suas diferentes cargas energéticas

um homem verdadeiro na sua essência

um homem romântico

um homem um amante com frequência

um homem sonhador, um homem criador

um homem com corpo e alma

com uma força e coração de vencedor

Vou encontrar um homem que só me queira a mim

que eu erga à esfera do universo

um homem completo que nada me faça temer


que surja para lá das linhas deste verso

que paulatinamente me retire todas as camadas

para comigo, viver e crescer.

Mem-Martins, sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021, 06h34 

Nonô (MLeonor Costa)

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

“A Recusa do Amor” de Filipa Leal in Este poema não é meu e “Amor Bandido” de Nonô in Diálogo entre poemas– Fevereiro de 2021 - Mês do Amor

 Podcast

Vídeo

Filipa Leal

Este poema não é meu
Filipa Leal

Este poema não é meu

“A Recusa do Amor”

Filipa Leal (nascida em 1979)

Não temos uma arma apontada à cabeça,

dizias-me. Mas era impossível que não visses,

impossível. Eu ao teu lado com aquela dor

no pescoço, imóvel, cuidadosa, o cano frio

na minha testa, a vida a estoirar-me

a qualquer momento. Era impossível que não visses

o revólver que levava sempre comigo. Por isso dormia

virada para o outro lado, não era por me dar mais jeito

aquele lado, era por me dar mais jeito

não morrer quando nos víamos,

era para dormir contigo só mais esta vez,

sempre só mais esta vez,

sempre com o meu amor a virar-se de costas,

sempre com o teu amor apontado à cabeça.

Poemas da Nonô


Diálogo entre Poemas

“Amor Bandido”

Nonô (nascida em 1975)

Podemos sempre escolher qual o caminho que queremos

percorrer. Mas essa escolha não é fácil de fazer. Não

importa o que os outros vejam. No fim é nossa a decisão.

Vamos sentir dores no corpo, até pararmos de sentir o que

quer que seja. Vai doer no peito, na barriga e na cabeça,

mas é na alma que o registo da dor se torna mais profundo.

À nossa volta muitos notam. A dor revela-se na fisiologia,

nos pensamentos e nas nossas ações. Um amor não

correspondido pode se tornar numa série de encontros

superficiais, que no fim magoam, muito mais do que a

rutura. Só mais uma vez é assim a nossa falta de coragem

para deixar para trás, o que só mal nos faz. Uma e outra

vez só aumenta as marcas do problema vivido. Na nossa

descoberta do Eu, quem nunca viveu um amor bandido?


 Mem-Martins (minha secretária), sexta-feira,22 de janeiro de 2021, 6h36

Nonô (MLeonor Costa)

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

"Quando penso em ti” de Matilde Campilho in Este Poema Não é Meu e “Quando de ti me recordo”de Nonô in Diálogo Entre Poemas– Fevereiro de 2021 - Mês do Amor

 Podcast

Vídeo

Matilde Campilho
Este Poema Não é Meu

Este poema não é meu

Quando penso em ti

Matilde Campilho (Nascida em 1982)

 

Quando penso em ti

eu esqueço o lixo

que de manhã faz barulho

à minha porta

Pareces-te com o tempo

das amendoeiras

Tens tudo a ver com

a escadaria semi-invisível

que o mágico escavou

no rochedo atlântico

Sim tu pareces o Verão.

Poemas da Nonô

Diálogo entre Poemas

Quando de ti me recordo

Nonô (Nascida em 1975)

Quando de ti me recordo

esqueço o que foi mau

enquanto observo a manhã

a nascer da minha janela

Pareces-te com um rei

Que não reinou

Desvaneceste na névoa

Para mim ficaste invisível

Num longínquo horizonte

Mais vasto que o atlântico

Datado num verão.


Mem-Martins (minha secretária), terça-feira, 19 de janeiro de 2021, 7h36
Nonô (MLeonor Costa)

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