Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)

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quinta-feira, 10 de maio de 2018

Poesias Mundanas / Worldly poetry - Águas / Waters

Waters

Imagem retirada da Internet e manipulada com/ Image taken from the Internet and manipulated with: https://photomania.net/editor
Águas limpas
Águas sujas
Águas claras
Águas turvas
Águas que varrem
Águas das chuvas.

Duches retemperantes
Banhos de imersão
Lavagens urgentes
Molhando o chão.

Corpo limpo
Cabelo lavado
Rosto suave
Agora sim está tudo limpo e arrumado.

Mem-Martins, Sintra, Portugal,
Poema manuscrito,
7 de maio de 2018,
7h30

Clean water
Dirty water
Clear water
Turbid waters
Waters that sweep
Rainwater.

Refreshing showers
Immersion baths
Urgent washings
Wetting the floor.

Clean body
Washed hair
Soft face
Now everything is clean and tidy.
Mem-Martins, Sintra, Portugal,
Handwritten poem,
May 7, 2018,
7:30 a.m.

quarta-feira, 9 de maio de 2018

Poesias Mundanas / Worldly poetry - Ser mulher / Being a woman

Being a woman

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Ser mulher
É ter o dom de uma vida gerar
Possuindo um corpo feminino
que desperta muito olhar.

Bela e sedutora
com muito poder
com uma força inesgotável
doadora de prazer.

Chegando onde sonha
Pode ir sempre mais além
Anjo e pecadora
Menina de bem.
Sentada no comboio da linha de Sintra (Benfica)
Poema manuscrito,
2 de maio de 2018,
13h38

Being a woman
It is to have the gift of a life generate
Owning a female body
which awakens many eyes.

Beautiful and seductive
with a lot of power
with an inexhaustible force
giver of pleasure.

Arriving where dreams
Can go ever further
Angel and sinner
Good girl.
Sitting on the train line Sintra (Benfica)
Handwritten poem,
May 2, 2018,
1:38 p.m.

domingo, 6 de maio de 2018

Haiku, Haikai, 俳句


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caracoleta no muro
com as antenas de fora.
Não para de chover

Comboio da linha de Sintra (Entrecampos)
Manuscrito,
30 de abril de 2018
14h08



caracas on the wall
with antennas outside.
It does not stop raining

Train line Sintra (Entrecampos)
Manuscript,
April 30, 2018
2:08 p.m.



sábado, 5 de maio de 2018

Quadras/ Quatrains: Canta-me um poema / Sing me a poem

Sing me a poem

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Canta-me um poema
Para me animar
Declama-me uma canção
Só para eu te escutar.

Minha casa, Mem-Martins, Sintra, Portugal,
Poema manuscrito,
2 de maio de 2018
16h58


Sing me a poem
To cheer me up
Tell me a song
Just so I can hear you.

My house, Mem-Martins, Sintra, Portugal,
Handwritten poem,
May 2, 2018
4:15 p.m.


sexta-feira, 4 de maio de 2018

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - Rebobinar / Rewind

Rewind

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Volto sempre aos mesmos lugares
Mesmo que lá não procure ir
Espaços há muito distantes
Que a mente deixou ruir.

Acidentalmente regresso
Não consigo evitar
Como obrigação do destino
Que me continua a empurrar.

Algo devia ter aprendido,
Mas isso não aconteceu
Regresso a lugares específicos
Porque à vida lhe apeteceu.

Como uma cassete de VHS
Com a fita a andar para trás
Rebobino no tempo
Para uma história que se refaz.

Sentada no comboio da linha de Sintra (Mem-Martins)
Poema manuscrito,
30 de abril de 2018,
14h40

I always go back to the same places
Even though I do not seek to go
Spaces long distant
That the mind let it down.

Accidentally I return
I can’t avoid
As obligation of destiny
That keeps me pushing.

Something must have been learned,
But this did not happen
I return to specific places
Because life felt like it.

Like a VHS tape
With the tape to go backwards
I rewind in time
For a story that remakes itself.

Sitting on the Sintra line train (Mem-Martins)
Handwritten poem,
April 30, 2018,
2:40 p.m.

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - A tristeza toldou-me o sorriso / Sadness clouded my smile

Sadness clouded my smile

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A tristeza toldou-me o sorriso
Não me apetece falar
Faço aquilo que é preciso,
Mas não me consigo animar.




Tento ver de outro prisma
A realidade envolvente
Sei que emano carisma
Mesmo não estando contente.

O desânimo instalou-se
Procurando uma saída
O coração apertou-se
Num percurso de ida.

As lágrimas não caem
A alma não consigo libertar
Mesmo caminhando em frente
Não saio do mesmo lugar.

Sentada no comboio da linha de Sintra (Cacém)
Poema manuscrito,
30 de abril de 2018,
14h32

Sadness clouded my smile.
I do not feel like talking
I do what it takes,
But I can not cheer myself up.

I try to see from another prism
The surrounding reality
I know that I emanate charisma
Even though I'm not happy.

Discouragement settled
Looking for a way out
The heart squeezed
On a one way journey.

The tears do not fall
I can not release the soul
Even walking forward
I'm not leaving the same place.

Sitting on the train line Sintra (Cacém)
Handwritten poem,
April 30, 2018,
2:32 p.m.

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - Com as mesmas mãos / With the same hands

With the same hands

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Com as mesmas mãos que crio
Posso destruir.
Tudo aquilo que construo
Pode deixar de existir.

As mãos são poderosas
Têm muito poder
Manufaturam o bem
Ou deitam tudo a perder.

Mãos que costuram e cosem,
Cozinham e unem.
Mãos que asfixiam
E podem até matar.

Com elas fazem-se sinais
Podem ser dizer nãos
Este poema serve para te levar a pensar
No uso que podes fazer com as tuas mãos.

Sentada no comboio da linha de Sintra (Monte Abraão)
Poema manuscrito,
30 de abril de 2018,
14h25

With the same hands I create
I can destroy.
Everything I build
It may cease to exist.

The hands are powerful
Have a lot of power
They manufacture well
Or they throw everything to waste.

Hands that sew and sew,
Cook and unite.
Choking hands
And they can even kill.

With them signs are made
Can be said no
This poem is to make you think
In the use you can make with your hands.

Sitting on the train line of Sintra (Monte Abraão)
Handwritten poem,
April 30, 2018,
2:25 p.m.

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