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Volto
sempre aos mesmos lugares
Mesmo que
lá não procure ir
Espaços há
muito distantes
Que a
mente deixou ruir.
Acidentalmente
regresso
Não consigo
evitar
Como obrigação
do destino
Que me
continua a empurrar.
Algo devia
ter aprendido,
Mas isso
não aconteceu
Regresso a
lugares específicos
Porque à
vida lhe apeteceu.
Como uma
cassete de VHS
Com a fita
a andar para trás
Rebobino no
tempo
Para uma história
que se refaz.
Sentada no comboio da linha de Sintra (Mem-Martins)
Poema manuscrito,
30 de abril
de 2018,
14h40
I always go back to
the same places
Even though I do not seek
to go
Spaces long distant
That the mind let it
down.
Accidentally I return
I can’t avoid
As obligation of
destiny
That keeps me pushing.
Something must have
been learned,
But this did not
happen
I return to specific
places
Because life felt like
it.
Like a VHS tape
With the tape to go
backwards
I rewind in time
For a story that
remakes itself.
Sitting on the Sintra line train (Mem-Martins)
Handwritten poem,
April 30, 2018,
2:40 p.m.
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