Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)

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quinta-feira, 24 de março de 2016

Já não corro / I no longer run

Já não corro pela vida
Nem para te apanhar
O meu ritmo é outro
Tenho de o respeitar.

Já não corro para um comboio
Nem para agarrar um lugar
Sigo a minha cadência
Prefiro caminhar.

Percorro muitas léguas
Consigo não me cansar
Vivo intensamente e sem tréguas
No meu devido lugar.

Sou a tartaruga da fábula
Deixo a lebre me ultrapassar
Acabo por ao meu ritmo
Chegar em primeiro lugar.

Sentada no comboio da linha de Sintra (Amadora)
no dia 8 de março de 2016,
escrito à mão
18h15


I no longer run for life
Not to catch you
My pace is another
I have to respect it.

I no longer run for a train
Or to grab a place
I follow my cadence
I prefer to walk.

I walk many leagues
I can’t get tired
I live intensely and relentlessly
In my place.

I am the fabled turtle
I let the hare overcome me
I end up at my own pace
Arriving in first.

Sitting on the train from Sintra line (Amadora)
on March 8, 2016,
handwritten

6:15 p.m.

quarta-feira, 23 de março de 2016

As nuvens correm no céu / The clouds run in the sky

As nuvens correm no céu
Fogem da ira dos Deuses
O vento lhes sopra
Correm desalmadamente
Nada as pára,começa a chover
Fogem e correm à minha frente.
A natureza assim se revela
Da sua forma mais sombria
Os tons de cinzento se fundem
O ambiente escurece
As nuvens correm no céu
Fogem da ira dos Deuses.

Sentada no El Corte Inglês, Sala de âmbito cultural piso 7
no dia 8 de março de 2016,
escrito à mão
19h10



The clouds run in the sky
They flee from the wrath of the Gods
The wind blows them
They run quickly
Nothing stops them, starts to rain
They flee and run in front of me.
The nature thus discloses
In its darkest form
The gray tones merge
The dark environment
The clouds run in the sky
They flee from the wrath of the Gods.

Sitting on El Corte Ingles, cultural scope Room 7th floor
on March 8, 2016,
handwritten

7:10 p.m.

terça-feira, 22 de março de 2016

Sou eclética / I am eclectic

Sou eclética
Uma mistura de várias vidas
Uma boa vivã
Que adora coisas divertidas.

Sou uma fusão
Um mix de realidades
Uma junção entre o coração e a razão
E com algumas fragilidades.

Sou diferente
Simplesmente por assim nasci
Sou a minha história e o meu adn
Não tenho a certeza se cresci.

Sou única
Não conheço ninguém semelhante
Uma ave rara
Uma borboleta viajante.

Sentada no comboio da linha de Sintra (Queluz-Belas)
no dia 3 de março de 2016,
escrito à mão
18h08


I am eclectic
A mixture of several lives
A good living
Who loves fun stuff.

I'm a merger
A realities mix
A junction between the heart and reason
And with some weaknesses.

I'm different
Just as I was born
I am my story and my dna
I'm not sure if I grew up.

I'm the only one
I do not know anyone like me
A rare bird
A traveler butterfly.

Sitting on the train from Sintra line (Queluz-Belas)
on March 3, 2016,
handwritten

6:08 p.m.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Com os erros / With the errors

Com os erros se aprende
E se muda o que há a mudar
Muito se arrepende
Do que já não é possível evitar.

Com os erros se cresce
Um adulto consegue se moldar
O amadurencimento acontece
Tudo pode ocupar um outro lugar.

Com os erros se erra
Numa margem difícil de calcular
A dificuldade que o medo encerra
É o receio de errar.

Com os erros se amadurece
Nos conseguimos melhorar
O coração se enternece
Aprendemos a aceitar.

Iniciado na gare de Comboios do Cacém, terminado no interior do comboio com destino a Lisboa.
no dia 3 de março de 2016,
escrito à mão
18h02


With the mistakes we learn
And changes what is to change
Very we repent
What you can no longer avoid.

With the errors we grow
An adult can be molded
Maturing happens
All may take another place.

With the errors we error
In a difficult margin to calculate
The difficulty that fear closes
It is the fear of making mistakes.

With the errors matures
We are able to improve
The heart melts
We learn to accept.

Started in train gare of Cacém, finished inside the train to Lisbon.
on March 3, 2016,
handwritten

6:02 p.m.

domingo, 20 de março de 2016

Haiku, Haikai , 俳句

Pássaros saltitantes
Flores atrevidas.
Ainda não chegou a primavera.

25 de fevereiro de 2016,
Sentada na mesa da cozinha
escrito à mão
8h03



Birds bouncy
Daring flowers.
It did not reach the spring yet.

February 25, 2016,
Sitting at the kitchen table
handwritten

8:03 a.m.

sábado, 19 de março de 2016

Se o tempo não passar / If time does not pass

Se o tempo não passar
A vida não se irá resolver
Se o momento se desperdiçar
Muito se irá perder.

Se o passado te sufocar
Não conseguirás viver.
Se o agora passar
Faz tudo para o absorver.

Se a saudade apertar
Recorda-a com prazer
Se o mundo mudar
Não te deixes perder.

Se o relógio se avariar
Encontra outras formas de o compreender.
Deixa fluir e andar
Usufruir como te apetecer.

Sentada no comboio da linha de Sintra
no dia 2 de março de 2016,
escrito à mão
18h28


If time does not pass
Life is not going to be solved
If time you waste
Much will be lose.

If the past choke you
You can’t live.
If the now move
Do everything to absorb.

If the longing tighten
Recalled with pleasure
If the world change
Do not be lost.

If the clock is broken
Find other ways of understanding.
Let it flow and walk
Enjoy as you fancy.

Sitting in the Sintra line train
on March 2, 2016,
handwritten

6:28 p.m

sexta-feira, 18 de março de 2016

Prezo a minha liberdade / I cherish my freedom

Prezo a minha liberdade
Mesmo sabendo que é condicionada
Vivo segundo a minha verdade
Sem me sentir limitada.

Defendo a minha independência
E a minha autonomia
Ofereço a minha influência
A quem comigo tiver sintonia.

Gosto de usufruir do meu espaço
Dou liberdade para teres o teu
Sei bem o que faço
E como tudo aconteceu.

Luto por ser determinada
E consciente do meu valor
Não me prendo por nada
E o meu nome é Leonor.

Sentada no auditório 2, Faculdade de Psicologia (Lisboa)
no dia 26 de fevereiro de 2016,
escrito à mão
14h31


I cherish my freedom
Even knowing it is conditional
I live according to my truth
Without feeling limited.

I defend my independence
And my autonomy
I offer my influence
To whom has with me tune.

I like to enjoy my space
I give freedom for you to have yours
I know what I do
And how it all happened.

I fight to be determined
And aware of my value
I don’t hold me for nothing
And my name is Eleanor.

Sitting in the auditorium 2, Faculty of Psychology (Lisbon)
on February 26, 2016,
handwritten

2:31 p.m

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