Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)

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quarta-feira, 27 de abril de 2016

Se as pessoas fossem mais honestas / If people were more honest

Se as pessoas fossem mais honestas

Tudo isto era mais divertido

A vida seria mais fácil

Tudo faria mais sentido.

 

Se não houvessem tantas mentiras

Invejas, enganos e falsidades

A nossa existência

Seria inundada de verdades

 

Se a utopia fosse real

Uma fantasia tornada verdadeira

O sonho deixaria de ser ilusão

Eu deixaria de me sentir prisioneira.

 

Esta é a minha humilde visão

O mundo poderia ser diferente

Se houvesse mais coração.

 

Sentada na secretária no meu quarto

no dia 9 de abril de 2016,

escrito à mão

20h12


If people were more honest

All this was more fun

Life would be easier

It would make more sense.

 

If there weren’t so many lies

Jealousies, deceptions and falsehoods

Our existence

It would be flooded with truths

 

If the utopia was real

A fantasy made real

The dream would be illusion

I no longer feel captive.

 

This is my humble view

The world could be different

If there were more heart.

 

Sitting at the desk in my room

on April 9, 2016,

handwritten

8:12 p.m.

terça-feira, 26 de abril de 2016

Já passaste os 25 anos? / Have you spent 25 years?


Já passaste os 25 anos?

Pergunta a minha sobrinha

O teu corpo assim o diz

Mas atua mente não vai nessa ladainha.

 

Os anos passaram

Vividos intensamente

Não te apercebeste da sua passagem

Porque se deu rapidamente.

 

O espelho te iludo

Não te dá uma imagem real

Sabes o que sentes por dentro

Mas que idade tens afinal?

 

A idade não importa

É apenas uma soma de aniversários

O que conta é o que há por dentro

Para nos sentirmos lendários.

 

Sentada numa cadeira do meu quarto, poema escrito com a colaboração da minha sobrinha (Filipa)

no dia 9 de abril de 2016,

escrito à mão

19h36



Have you spent 25 years?

Asks my niece

Your body says so

But acts will not mind this litany.

 

Years passed

lived intensely

Not notice you your ticket

Because if given quickly.

 

The mirror delude you

Does not give you a true picture

You know how you feel inside

But that old are you anyway?

 

Age does not matter

It's just a sum of birthdays

What counts is what's inside

For feel legendary.

 

I am sitting in a chair in my room, poem written in collaboration with my niece (Philippa)

on April 9, 2016,

handwritten

7:36 p.m
 

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Hoje não consigo estar feliz / Today I can not be happy


Hoje não consigo estar feliz

Porque na realidade assim não me sinto

O dia foi difícil de passar

E se dissesse que me apetece chorar não minto.

 

A tristeza apodera-se de mim

Tudo à minha volta me afetou

Nem todos os dias são assim

Mas o de hoje me derrubou.

 

Tudo me parece difícil

Impossível de alcançar

O meu corpo ressente-se

Preciso mesmo de descansar.

 

O meu rosto não consegue esconder

A tristeza que brota de dentro

Só me apetece chorar

Senão sei que eu arrebento.

 

Sentada na sala de âmbito Cultural no 7º piso do El Corte Inglês

no dia 5 de abril de 2016,

escrito à mão

19h02

 


Today I can’t be happy

Because in reality so I do not feel

The day was hard to pass

And if I said I feel like crying I do not lie.

 

The sadness seizes me

Everything around me affected me

Not all days are so

But today knocked me down.

 

Everything seems difficult

Impossible to achieve

My body was resents

I really need to rest.

 

My face can’t hide

The sorrow that springs from within

I just want to cry

But I know that I'll break.

 

Sitting in the Cultural context of room on the 7th floor of El Corte Ingles

on April 5, 2016,

handwritten

7:02 p.m


 
 

domingo, 24 de abril de 2016

Haiku, Haikai , 俳句

A primavera atrasou-se

As andorinhas esconderam-se.

O calor não apertou.


29 de março de 2016,

El Corte Inglês, sala de âmbito cultural

escrito à mão

18h50




The spring was delayed

Swallows went into hiding.

The heat did not press.


March 29, 2016,

El Corte Ingles, cultural context room

Handwritten

6:50 p.m

sábado, 23 de abril de 2016

Um jardim inundado de flores / A garden floded by flowers

Um jardim inundado de flores

Um céu apoderado por pássaros

Um arco-íris de mil cores.

 

Uma melodia da natureza

Com todos os seus tons

Uma pacífica certeza

Uma música com seus belos sons.

 

Um despertar tranquilo

Um respirar profundo

A abertura de uma janela

Com os olhos abertos para o mundo

 

Sentada na secretária no meu quarto

no dia 9 de abril de 2016,

escrito à mão

20h23

 


A garden floded by flowers

A sky seized by birds

A rainbow of a thousand colors.

 

A melody of nature

With all its shades

A peaceful sure

Music with their beautiful sounds.

 

A quiet awakening

A deep breath

Opening a window

With open eyes to the world

 

Sitting at the desk in my room

on April 9, 2016,

handwritten

8:23 p.m.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Estou perdido / I'm lost

Estou perdido
Não consigo encontrar o meu caminho
As minhas opiniões dividem-se
Entristeço-me e aninho.

Pensamentos e reflexões
Dúvidas e desalinho
Insegurança e medos
Estou tristonho e sozinho.

Receio o futuro
E tudo aquilo que não adivinho
Invade-me a tristeza
Preciso de um ursinho.

Sou pequeno e frágil
Ternurento como um anjinho
Pestanejo levemente os meus olhos
E faço um meigo beicinho.

Sentada na secretária no meu quarto
no dia 27 de março de 2016,
escrito à mão
19h56


I'm lost
I can’t find my way
My opinions are divided
I sad and I nest.

Thoughts and reflections
Questions and shabbiness
Insecurity and fear
I'm sad and alone.

I fear the future
And all that no soothsayer
Sorrow invades me
I need a bear.

I am small and fragile
I’m tender like a little angel
I blink my eyes slightly
And I make a sweet pout.

Sitting at the desk in my room
on March 27, 2016,
handwritten

7:56 p.m.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

O dia começou / The day started

O dia começou
Encho os pulmões de ar
Respiro bem fundo
E saio para trabalhar.

Supero desafios
Conseguindo me superar
Esforço-me por fazer o melhor
Sem ter medo de falhar.

O dia começou
Está longe de terminar
Visto-me a rigor
E encho o peito de ar.


Sentada na mesa da cozinha
no dia 24 de março de 2016,
escrito à mão
8h15


The day started
I fill my lungs with air
I breathe deep
And I go out to work.

I surpass challenges
Managing to overcome me
I strive to make the best
Without being afraid to fail.

The day started
It is far from over
I dress strictly
And I fill the chest of air.

Sitting at the kitchen table
on March 24, 2016,
handwritten

8:15 a.m.

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