Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)

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domingo, 3 de julho de 2016

Haiku, Haikai , 俳句

Minuto demasiado longo.
Hora demasiado curta.
O relógio avariou.
10 de junho de 2016,
Senta da na secretária no meu quarto
escrito à mão
21h49


Too long minute.
Time too short.
A broken clock.

June 10, 2016,
Siting  on the desk in my room
handwritten

9:47 p.m.

sábado, 2 de julho de 2016

A cor da tua aura / The color of your aura

A cor da tua aura
Muda frequentemente
Uns dias está fria
Noutros está quente.

O teu semblante altera-se
Para fora sai o que está dentro
Não consegues esconder
O teu coração é o centro.

O teu olhar fala
Torna o verdadeiro realidade
Exteriorizas sem querer
Aquela que é a tua verdade.

A cor da tua aura
Encontra-se na roupa que escolhes usar
Tem dias que está escura
Outras não paras de brilhar.

Sentada na minha cama em casa dos meus pais;
19 de junho de 2016
escrito à mão
08h03


The color of your aura
Changes frequently
Some days is cold
In other is hot.

Your countenance changes
Getting out what's inside
You can’t hide
Your heart is the center.

Your look talks
Makes the true reality
You externalize unintentionally
That is your truth.

The color of your aura
It lies in the clothes you choose to use
Some days it is dark
Other you dont stop shining.

Sitting on my bed in my parents' house;
June 19, 2016
handwritten
8:03 a.m.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Um coração magoado / A broken heart

Quero mais
Mereço melhor
A distância e indiferença não me chegam
Preciso de mais calor.

Aperto no peito
Amor não correspondido
A dúvida paira no ar
Deve se ter arrependido.

Pensei que eras o tal
Deixaste-me criar expetativa
Vi em ti uma alma gêmea
Agora sinto-me interrogativa?

Deixas passar o tempo
Sinto-me desanimar
Andava entusiasmada
Será que andas a brincar?

Não te aproximes
Se não queres ser meu namorado
Procura ser compreensivo
Não se brinca com um coração magoado.

Sentada na minha cama em casa dos meus pais;
19 de junho de 2016
escrito à mão
01h06


I want more
I deserve better
The distance and indifference do not get me
I need more heat.

Chest tightness
Unrequited love
The question hangs in the air
You should be sorry.

I thought you were the one
You let me create expectation
I saw in you a kindred spirit
Now I feel interrogative?

You let spend time
I feel discouraged
I walked excited
Did you walk to play?

Come not nigh
If you do not want to be my boyfriend
Try to be understanding
Do not play with a broken heart.

Sitting on my bed in my parents' house;
June 19, 2016
handwritten

1:06 a.m.

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Diálogo Interior / Interior dialogue

Aqui  não há espaço para angústias
Nem para o arrependimento
O tempo passou
Dando espaço ao esquecimento.

Vou procurando ser feliz com pouco
Com aquilo que me rodeia
Tudo me faz sentir contente
Até uma simples ideia.

Procuro pensar positivo
Mesmo com a minha pouca sorte
Agarro-me à resiliência
Para me manter forte.

Sou feliz a ajudar
Todo aquele que de mim precisa
Disponibilizo o meu conhecimento
Sou aquele que sempre avisa.


Sentada na minha cama em casa dos meus pais;
19 de junho de 2016
escrito à mão
00h57


Here there is no room for troubles
Not for repentance
The time has passed
Giving way to oblivion.

I seek to be happy with little
With what surrounds me
It makes me feel happy
Even a simple idea.

I try to think positive
even with my bad luck
I hold to resilience
To keep me strong.

I am happy to help
Everyone who needs me
I offer my knowledge
I am one who always warns.


Sitting on my bed in my parents' house;
June 19, 2016
handwritten

00:57 a.m.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

O peso do preconceito / The weight of prejudice

 A diferença entre o que é dito
E o que é interpretado
É falta de comunicação
Entre o que fala e o que é interpelado.

Falar alto não adianta
O ouvinte não quer ouvir melhor
Vai parecer que o locutor está a gritar
No ouvido causa dor.

Julgar pela aparência
Sem parar para conhecer
Cria mal entendidos
Dificeis de desfazer.

O outro não é o nosso espelho
E muito menos perfeito
É impossível adivinhar o que ele pensa
Para lá do peso do preconceito.

Sentada na minha cama em casa dos meus pais;
19 de junho de 2016
escrito à mão
0h49


The difference between what is said
And what is interpreted
It is lack of communication
Between that who speech and the one is questioned.

Loud talking does not help
The listener does not want to hear better
It will appear that the speaker is shouting
Causes pain in the ear.

Judging by appearance
Without stopping to know
Creates misunderstandings
Difficult to undo.

The other is not our mirror
And much less perfect
It is impossible to guess what he thinks
Beyond the weight of prejudice.

Sitting on my bed in my parents' house;
June 19, 2016
handwritten

00:49 a.m.

terça-feira, 28 de junho de 2016

Canta uma melodia qualquer / Sings any tune

Canta uma melodia qualquer
Desde que seja animada
Entoa o teu próprio cântico
Quando a barra ficar pesada.

Ouve apenas o importante
O resto a música ajuda a disfarçar
Deixa o outro deitar para fora
Ele precisa falar.

Baixa o volume dentro de ti
Se não o consegues fazer por fora
Cria o teu próprio som
Ele te ajuda a passar a hora.

Agualva,
16 de junho de 2016
escrito à mão
12h31


Sings any tune
Since it is lively
Intones your own song
When the bar getting heavy.

Hear only the important
The rest of the music helps disguise
Let the other lay down out
He needs to talk.

Lower the volume inside you
If not you can do it out
Create your own sound
It helps you pass the time.

Agualva,
June 16, 2016
handwritten

12:31 p.m.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

A vida é um circo / Life is a circus

A  vida  é um circo
Nela sou uma palhaço
Faço rir a audiência
Mesmo sentido em mim o fracasso.

O mundo é o meu palco
Dele faço a minha tenda
Ironizo e brinco com a vida
Sem abrir nela uma fenda.

Ponho o nariz vermelho
Pinto-me de forma hilariante
Uso roupas de cores vivas
Sou muito espampanante.

Sou o bobo da festa
Larecheiro e divertido
A alegria é o meu lema
não consigo ser contido.

Sentada na mesa da cozinha da casa dos meus pais,
15 de junho de 2016
escrito à mão
7h53


Life is a circus
I'm a clown
I make the audience laugh
Even feeling in me the failure.

The world is my stage
I it I make my tent
I ironize and play with life
Without opening in it a crack.

I put the red nose
I paint me in a hilarious way
I use brightly colored clothes
I am very flashy.

I am the party silly
Playful and fun
Joy is my motto
I can’t be contained.

Sitting at the kitchen table of my parents' house,
June 15, 2016
handwritten

7:53 a.m.

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