Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)

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quarta-feira, 10 de maio de 2017

Pai, hoje é o seu dia / Dad today is your day

Pai, hoje é o seu dia
Vamos soprar 65 velas
Com toda a alegria.
Novamente vamos nos reunir
Um convívio em família
Um bolo de aniversário
E toda a nossa boa energia.
Esta data não podemos deixar de assinalar
Com champanhe, um brinde... sorria.
Hoje é hoje
Em 1952 o pai nascia
Juntos vamos cantar
Parabéns!!! este é o seu dia.

Sentada à secretária, no meu quarto, em casa dos meus pais
Escrito a computador
4 de maio de 2017
21h45


Dad today is your day.
Let's blow 65 candles
With all the joy.
Again we will meet
A family reunion
A birthday cake
And all our good energy.
This date we can not fail to point out
With champagne, a toast ... smile.
Today is today
In 1952 the father was born
Let's sing together
Congratulations!!! This is your day.

Sitting at my desk in my room at my parents' house.
Written to computer
May 4, 2017

9:45 p.m.

terça-feira, 9 de maio de 2017

Negação / Denial

Negação

Isto não pode estar a acontecer comigo!

Muito menos nesta fase da minha vida.

Noutra altura não magoaria tanto,

Agora fico muito aborrecida.

 

Poderá ser um engano.

Será que era evitável?

Pensamentos de revolta

Que não mudam o inevitável.

 

Como poderia ter sido diferente?

A minha vida ficou em suspensão.

Numa primeira fase em vez de aceitar,

Muitos entram em negação.

 

Sentada à secretária, no meu quarto, em casa dos meus pais

Escrito a computador

4 de maio de 2017, 19h41

Catharsis of Words

Denial

This can't be happening to me!

Much less at this stage of my life.

In another time it wouldn't hurt so much,

Now I'm terribly upset.

 

It could be a mistake.

Could it be avoidable?

Thoughts of revolt

That don't change the inevitable.

 

How could it have been different?

My life was put on hold.

In the first phase instead of accepting,

Many go into denial.

 

Sitting at my desk in my room at my parents' house.

Written to computer

May 4, 2017, 7:41p.m.

Nonô Poetry

segunda-feira, 8 de maio de 2017

No fundo do meu coração / From the bottom of my heart

No fundo do meu coração
Procuro respostas
Ouço toda e qualquer emoção
Surgem me ideias sobrepostas.

Num momento de provação
Entre angustias e dúvidas
Tudo é uma interrogação
Talvez questões reprimidas.

Hábitos saudáveis ou não
Mudanças profundas necessárias
No silêncio procuro bênção
Há lutas intrinsecamente solitárias.

Sentada à secretária, no meu quarto, em casa dos meus pais
Escrito a computador
4 de maio de 2017
19h18



From the bottom of my heart
I'm looking for answers
I hear every emotion
My ideas are superimposed.

At a time of ordeal
Between anxieties and doubts
Everything is a question mark
Maybe repressed issues.

Healthy or unhealthy habits
Deep changes needed
In silence I seek blessing
There are intrinsically solitary struggles.

Sitting at my desk in my room at my parents' house.
Written to computer
May 4, 2017

7:18 p.m.

domingo, 7 de maio de 2017

Haiku, Haikai , 俳句

sem possível substituição
ser supremo da natureza.
Mãe é eterna

Sentada à secretária, no meu quarto, em casa dos meus pais
escrito à mão
4 de maio de 2017,
18h34



without possible replacement
Supreme being of nature.
Mother is eternal

Sitting at my desk in my room at my parents' house.
handwritten
May 4, 2017,

6.34 p.m.

sábado, 6 de maio de 2017

Quadras/ Quatrains: Chuvas de Maio / May rains

Chuvas de Maio
Chuvas de maio
Pétalas que caem
Frutas que brotam
Pólenes atraem.

Sentada à secretária, no meu quarto, em casa dos meus pais
Escrito a computador
4 de maio de 2017, 18h17


Quatrains
May rains
May rains
Falling petals
Sprouting fruits
Pollens attract.

Sitting at my desk in my room at my parents' house.
Written to computer
May 4, 2017, 6:17 p.m.
Nonô Poetry

sexta-feira, 5 de maio de 2017

A culpa é sempre do tempo / The blame is always of the time

Porque o corpo dói
A alma não sara
É gradual a sua passagem
O tempo não para.

Porque não volta atrás
não apaga o arrependimento
dura o que dura
dele queremos tirar rendimento.

Dele nos queremos aproveitar
Fazer da nossa passagem um exemplo
Não adianta negar
A culpa é sempre do tempo.

Sentada à secretária, no meu quarto, em casa dos meus pais
Escrito a computador
4 de maio de 2017
18h04



Because the body hurts
The soul will not heal
It is gradual its passage
Time does not stop.

Because it does not go back
Does not erase regret
Lasts what lasts
Of it we want to earn income.

Of it we want to enjoy
Make our passage an example
It's no use denying
The blame is always on time.

Sitting at my desk in my room at my parents' house.
Written to computer
May 4, 2017

6.04 p.m.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

O amolador / The grinder

O amolador passa na rua
Com certeza vai chover
Ele toca a flauta
Da sua passagem todos ficam a saber.

Afia facas e tesouras
A quem dos seus serviços precisar.
É um vendedor ambulante
Cada vez mais raro de encontrar.

Ainda hoje ele passa na minha rua
Lembrando-me um som de criança
Uma música característica
Um som que nunca cansa.

Sentada à secretária, no meu quarto, em casa dos meus pais
Escrito a computador
26 de abril de 2017
20h55


The grinder passes on the street
surely it will rain
He plays the flute.
From his passage everyone knows.

He sharpens knives and scissors
For whom his services need.
He's a street vendor.
Increasingly rare to find.

Even today he passes on my street
Remembering a childlike sound
A characteristic music
A sound that never tires.

Sitting at my desk in my room at my parents' house.
Written to computer
April 26, 2017

8:55 p.m.

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