Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)

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quinta-feira, 21 de março de 2019

Poesias Mundanas / Worldly poetry - Depois do intenso apito / After the intense whistle

Imagem retirada da Internet e manipulada com/ Image taken from the Internet and manipulated with: https://photomania.net/editor
Depois do intenso apito
A porta se fechou
Pouco importa
Quem saiu ou ficou.

A cada paragem
O comboio se esvazia ou enche
Pessoas em movimento
Que o percurso preenche.

Vai e vem constante
A qualquer hora do dia
É permanente a azafama
Desta correria.

Várias carruagens
Cheias de gente
Quando se ouve o apito
As portas fecham-se de repente

Comboio (Túnel do Rossio),
Poema manuscrito,
20 de fevereiro de 2019,
7h51

After the intense whistle
The door closed
It does not matter
Who left or stayed.

Every stop
The train empties or fills up
People on the move
That the course fills.

It comes and goes constant
Anytime of day
It is permanent the hustle and bustle
Of this rush.

Several coaches
Full of people
When you hear the whistle
The doors suddenly close.

Train (Rossio Tunnel),
Handwritten poem,
February 20, 2019,
7:51 a.m.

quarta-feira, 20 de março de 2019

Poesias Mundanas / Worldly poetry - Hoje o céu está diferente / The sky is different today

Imagem retirada da Internet e manipulada com/ Image taken from the Internet and manipulated with: https://photomania.net/editor




 Hoje o céu está diferente
Um aglomerado de nuvens
Juntaram-se frente a frente.

Está prestes a chover
Reúnem-se para combinar
Qual delas irá verter
Para nos conseguirem molhar.

Céu em tons de cinza
Com mistura de azul
Estamos no pico do frio intenso
De Norte a sul.

Ao fundo o sol espreita
Algumas tonalidades de laranja
Quer chova, quer faça sol
Cá em baixo a gente se arranja

Comboio (Campolide),
Poema manuscrito,
19 de fevereiro de 2019,
7h45

The sky is different today
A clump of clouds
They met face to face.

It's about to rain
They meet to combine
Which one will pour
To get us wet.

Sky in shades of gray
With blue blend
We are at the peak of the intense cold
From North to south.

In the background the sun lurks
Some shades of orange
Come rain or shine
Below we can find a way

Train (Campolide),
Handwritten poem,
February 19, 2019,
7:45 a.m.


terça-feira, 19 de março de 2019

Poesias Mundanas / Worldly poetry - A vida é pautada por escolhas / Life is based on choices

Life is based on choices
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A vida é pautada por escolhas
Algumas certas, outras erradas
Notas ascendentes e decrescentes
Melodias alternadas.

O ritmo ora abranda ou acelera
Alegre ou assustador
Dando lugar ao silêncio
Triste ou libertador.

Há momentos em que tudo flui
É linda a harmonia
Segue-se uma perda de compasso
Dessintonizada sinfonia.

Algumas escolhas certas
Subitamente dão errado
Outras erradas
São afinal o caminho encontrado.

Esta é afinal a harmonia
Desenhada numa pauta musical
Uma estranha melodia
Do início das nossas histórias até ao final.

Comboio (Monte Abraão),
Poema manuscrito,
19 de fevereiro de 2019, 7h30
Worldly poetry

Life is based on choices
Some right, some wrong
Up and down notes
Alternate melodies.

The pace now slows or accelerates
Cheerful or scary
Giving place to silence
Sad or liberating.

There are times when everything flows
The harmony is beautiful.
There follows a time loss
Without tuned symphony.

Some right choices
They suddenly go wrong
Other Wrong
They are at last the path found.

This is after all the harmony
Drawn on a musical agenda
A strange melody
From the beginning of our stories to the end.

Train (Monte Abraão),
Handwritten poem,
February 19, 2019, 7:30 a.m.

Nonô Poems

segunda-feira, 18 de março de 2019

Poesias Mundanas / Worldly poetry - Frio gelado toca no rosto / Icy cold touches the face

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Frio gelado toca no rosto
Os olhos tendem a fechar
Lacrimejo…
Respiro este ar.

Ainda não amanheceu
Madrugada escura
Silêncio matinal
Que pouco dura.

O comboio não tarda
O dia vai acordar
A azafama recomeça
Vamos todos trabalhar.

A semana quase no fim
O tempo rapidamente passa
Neste constante frenesim
A rotina sempre a tocar.

Comboio (Benfica),
Poema manuscrito,
16 de fevereiro de 2019,
7h46

Icy cold touches the face
The eyes tend to close
I tear up ...
I breathe in this air.

Not yet dawn
Dark dawn
Morning Silence
How little hard.

The train will not delay
The day will wake up.
The hustle and bustle resumes
Let's all work.

The week almost at the end
Time quickly passes
In this constant frenzy
The routine is always playing.

Train (Benfica)
Handwritten poem,
February 16, 2019
7:46 a.m.


domingo, 17 de março de 2019

Haiku, Haikai, 俳句

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selva de pedra
com pouca vegetação.
Céu nublado

Comboio (St.ª Cruz Damaia)
Haiku manuscrito,
4 de fevereiro de 2019
17h21

stone jungle
with little vegetation.
Cloudy sky

Train (St. ª Cruz Damaia)
Haiku manuscript,
February 4, 2019
5:21 p.m.


sábado, 16 de março de 2019

Quadras/ Quatrains: Nuvens laranja / Orange clouds

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Nuvens laranja
No céu ao amanhecer
Novo dia, nova oportunidade
Para fazer acontecer.

Comboio (Monte Abraão),
Quadra manuscrita,
5 de fevereiro de 2019,
7h31

Orange clouds
In the sky at dawn
New day, new opportunity
To make it happen.

Train (Monte Abraão),
Manuscript quatrain,
February 5, 2019,
7:31 a.m.


sexta-feira, 15 de março de 2019

Diálogo entre poemas / Dialogue between poems: De Tarde / In the afternoon – Cesário Verde

Cesário Verde
Imagem retirada da Internet / Image taken from the Internet


À tarde (Nonô)

Sentados na esplanada
A saborear o momento
Sem fazer nada
Ganhando algum alento.

Observando quem passa
Para cima e para baixo
Sem fazer pirraça
Ao som do contrabaixo.

Bebidas frescas na mesa
Uns pratinhos de caracóis
Tempo passado com leveza
Para recordar depois.

Turistas vagueiam
Descontraidamente no chiado
Petiscos que se saboreiam
Com delicadeza e cuidado.

Comboio (Queluz)
Poema manuscrito,
4 de março de 2019
17h18
***
De Tarde (Cesário Verde – 1855-1886)

Naquele «pic-nic» de burguesas,
Houve uma coisa simplesmente bela,
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.

Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzoal azul de grão-de-bico
Um ramalhete rubro de papoulas.

Pouco depois, em cima duns penhascos,
Nós acampámos, inda o sol se via;
E houve talhadas de melão, damascos,
E pão de ló molhado em malvasia.

Mas, todo púrpuro, a sair da renda
Dos teus dois seios como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro das papoulas.

***

In the afternoon (Nonô)

Seated on the terrace
To savor the moment
Nothing to do
Gaining some breath.

Observing who passes
Up and down
Without making prank
To the sound of the double bass.

Fresh drinks on the table
Some snail plates
Time spent lightly
To remember later.

Tourists roam
Chillingly relaxed
Snacks that taste
Gently and carefully.

Train (Queluz)
Handwritten poem,
March 4, 2019
5:18 p.m.

***

Afternoon (Green Cesario - 1855-1886)

In that "picnic" of bourgeois,
There was something simply beautiful,
And that, without having history or greatness,
In any case, It would give a watercolor.

It was when you, descending from the donkey,
You were spoonful, without foolish pretensions,
To a blue granzoal of chickpeas
A red bouquet of poppies.

A little later, on top of some cliffs,
We camped, but the sun did not look;
And there were carvings of melon, apricots,
And wet bread in malvasia.

But, all purple, out of income
From thy two breasts like two turtledoves,
It was the supreme charm of the meal
The red bouquet of poppies.

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