Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)
Convido-te a subescrever o Blogue e a deixar os teus comentários para ficares a par das atualizações. / I invite you to subscribe to the blog and leave your comments to keep up to date.

Quem sou eu / Who am I

Grata pelo teu apoio / Grateful for your the support

Traduzir / Translate

Pesquisar neste blogue

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Leituras Poéticas Mulherio das Letras Portugal

No dia 28 de novembro de 2020, dois poemas da Nonô foram lidos, durante as Leituras Poéticas Mulherio das Letras Portugal com Adriana Mayrinck e Inêz Oludé da Silva.

O título dos dois poemas são “Nem te atrevas a chamar-me linda” e “A vida começa ao 40” (ver imagens em baixo).

Aconselho que vejam o vídeo todo. Para quem quiser ouvir os poemas da Nonô foram lidos por volta dos 16 minutos do vídeo.

Preparei um post especial para agradecer, assinalar este evento e para divulgar este livro que se encontra disponível aqui.

In-finita

Poemas da Nonô
Poemas da Nonô
Nonô
Nonô

Nonô (M.ª Leonor Costa)

This poem is not mine - Christmas day – Luísa Ducla Soares & Dialogue between Poems - What is Christmas in reality? – Nonô

Luísa Ducla Soares

This poem is not mine

Christmas day Luísa Ducla Soares

(Lisbon, July 20, 1939)


Today is Christmas Day

But the Baby Jesus

It does not even have a bed,

Sleep in the straw where I put him.

 

I received five toys

Another long coat.

Poor Baby Jesus,

It's been years and he's naked.

 

I ate cod and cakes,

Turkey, pine nuts and pudding.

Only he didn't eat anything

What they gave me.

 

Kings from afar bring him

Treasure, incense, and myrrh.

If you gave me such gifts,

I had a tantrum here.

 

Hidden from everyone

I'll take him by the hand

And sit him on my lap

To watch television.


Dialogue between Poems


What is Christmas in reality? Nonô

(Lisbon, 15 August 1975)


Here is a holiday

My mother the crib did not

Unhappy with reality

I didn't notice that nakedness.

 

I was graced with many messages

Adults receive few gifts

It's the children's joy

That makes us all happy.

 

I also ate cod with olive oil

Dried fruits and chocolate mousse

My mother's mousse

No other recipe matches.

 

These days

Little is said about this boy

Other values reign

But you can still hear the bell ring.

 

Your gesture is noble

Demonstrates charity

It raises a question for me:

- What is Christmas in reality?

Mem-Martins, Thursday, 26 November 2020, 8:15 am

Nonô (M.ª Leonor Costa)

Este poema não é meu - Dia de Natal – Luísa Ducla Soares e Diálogo entre Poemas - O que é o Natal na realidade? - Nonô

Luísa Ducla Soares

Este poema não é meu

Dia de NatalLuísa Ducla Soares

(Lisboa, 20 de julho de 1939)

Hoje é dia de Natal

Mas o Menino Jesus

Nem sequer tem uma cama,

Dorme na palha onde o pus.

 

Recebi cinco brinquedos

Mais um casaco comprido.

Pobre Menino Jesus,

Faz anos e está despido.

 

Comi bacalhau e bolos,

Peru, pinhões e pudim.

Só ele não comeu nada

Do que me deram a mim.

 

Os reis de longe lhe trazem

Tesouro, incenso e mirra.

Se me dessem tais presentes,

Eu cá fazia uma birra.

 

Às escondidas de todos

Vou pegar-lhe pela mão

E sentá-lo no meu colo

Para ver televisão.

Diálogo entre Poemas


O que é o Natal na realidade? - Nonô

(Lisboa, 15 de agosto de 1975)

Por aqui é feriado

A minha mãe o presépio não fez

Descontente com a realidade

Não reparei nessa nudez.

 

Fui agraciada com muitas mensagens

Os adultos recebem poucos presentes

É a alegria das crianças

Que nos deixa a todos contentes.

 

Também comi bacalhau com azeite

Frutos secos e mousse de chocolate

A mousse da minha mãe

Nenhuma outra receita bate.

 

Nos dias que correm

Pouco se fala desse menino

Reinam outros valores

Mas ainda se ouve tocar o sino.

 

Esse teu gesto é nobre

Demonstra caridade

A mim, levanta uma questão:


- O que é o Natal na realidade?

Mem-Martins, quinta-feira, 26 de novembro de 2020, 8h15

Nonô (M.ª Leonor Costa)

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Catharsis of Words - A Pandemic Christmas

Catharsis of Words

A Pandemic Christmas

 Forcibly confined

For our protection.

Reality shatters

It is beyond reason.

 

Between calamities

And emergencies

We are getting homesick

And countless absences.

 

In constant state of alert

Before an invisible enemy

A discomfort that baffles

Any sensitive soul.

 

A different month of December

At least controversial

This year of 2020 is present

A pandemic Christmas.

 


in Catharsis of Words, Mem-Martins (my secretary), Thursday, November 26, 2020, 7:00 am

Nonô (M.ª Leonor Costa)

Catarse das Palavras - Um Natal Pandémico

Catarse das Palavras

 Um Natal Pandémico

 Confinados à força

Para a nossa proteção.

A realidade destroça

Está para lá da razão.

 

Entre calamidades

E emergências

Vão ficando saudades

E incontáveis ausências.

 

Em constante estado de alerta

Perante um inimigo invisível

Um desconforto que desconcerta

Qualquer alma sensível.

 

Um mês de dezembro diferente

No mínimo polémico

Neste ano de 2020 está presente

Um Natal pandémico.

 


in Catarse das Palavras, Mem-Martins (minha secretária), quinta-feira, 26 de novembro de 2020, 7h00

Nonô (M.ª Leonor Costa)

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Worldly Poetry - Christmas carols at the window

Worldly Poetry

Christmas carols at the window

Leaning on the parapet

With a tuned voice

Filling the chest with air

Enchanted melody.


Sound echoes in space

Of old canteens

Tone on tone

One voice only.


Filling the void

The silence breaking

The body is no longer cold

Remains on low heat.


Chin up

Sweet and simple voice

Qualified the ear

Christmas carols at the window.

in Worldly Poetry, Mem-Martins (my secretary), Thursday, November 26, 2020, 6:19 am

Nonô (M.ª Leonor Costa)

Poesias Mundanas - Canções de Natal à Janela

Poesias Mundanas

Canções de Natal à Janela

Inclinada no parapeito

Com a voz afinada

Enchendo de ar o peito

Melodia encantada.

 

No espaço ecoa o som

De antigas cantilenas

Tom sobre tom

Uma voz apenas.

 

Preenchendo o vazio

O silêncio quebrando

O corpo já não está frio

Permanece em lume brando.

 

De queixo erguido

Voz doce e singela

Apurado o ouvido

Canções de Natal à janela.


in Poesias mundanas, Mem-Martins (minha secretária), quinta-feira, 26 de novembro de 2020, 6h19

Nonô (M.ª Leonor Costa)

Contactar com a Nonô / Get in touch with Nonô

Nome

Email *

Mensagem *

Anchor Spotify

Arquivo Do Blogue / Blog Archive