Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)

Quem sou eu / Who am I

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terça-feira, 1 de março de 2016

Senti a tua presença / I felt your presence

Senti a tua presença
Mas não te consegui ver
Respirei o teu cheiro
Por puro prazer.

A saudade me visitou
Na busca do teu ser
Como te poderei amar?
Se não te deixas conhecer.

Recordações de momentos
De contactos acidentais
Dos meus tormentos
E desejos carnais.

Se a coragem me abandonou
E as feridas fiquei a lamber
O meu impulso te escorraçou
Quase sem eu me aperceber.

Sentada na minha cama
no dia 20 de janeiro de 2016,
escrito à mão
20h57



I felt your presence
But can’t see you
I breathed your smell
For pure pleasure.

The longing visited me
In search of your being
How can I love you?
If you do not let me you know.

Memories of moments
Accidental contacts
My torment
And carnal desires.

The courage abandoned me
And the wounds I got to lick
My impulse banished you
Almost without me realizing it.

Sitting on my bed
on January 20, 2016,
handwritten

8:57 p.m

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

De mim para mim / From me to myself

De mim para mim
Há um sentido perdão
Um adeus ao arrependimento
Um apaziguar do coração.

Há um desculpar
De um desobedecer da razão
À luz do tempo
Há uma maior compreensão.

De mim para mim
Há espaço à recordação
Há um sorver da vida
Com maior emoção.

Sentada na minha cama
no dia 20 de janeiro de 2016,
escrito à mão
20h50



From me to myself
There is a sense of forgiveness
A farewell to repentance
A appease of the heart.

There is an excuse
For disobeying reason
In light of the time
There is a greater understanding.

From me to myself
There is room to recall
There is a sip of life
With greater emotion.

Sitting on my bed
on January 20, 2016,
handwritten

8:50 p.m

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Haiku, Haikai , 俳句

A intensidade da luz do sol
Encadeia o olhar.
Está um frio de rachar

16 de fevereiro de 2016,
Agualva
escrito à mão
17h00



The intensity of the sunlight
Interlink the gaze
It is very cold

February 16, 2016,
Agualva
handwritten

5:00 p.m

sábado, 27 de fevereiro de 2016

A revolta / The revolt

Dentro de mim
Se instala a convulsão
Uma enorme revolta
Sobre a minha condição.

Esforços e mais esforços
Lutas sem retorno
Uma reação natural
Sentir algum transtorno.

Um vazio no peito
Uma enorme vontade de chorar
É preciso arranjar um jeito
Uma outra forma de lutar.

Sentada à secretária Agualva
no dia 19 de janeiro de 2016,
escrito à mão
14h38



Inside of me
Settles the convulsion
A huge revolt
About my condition.

Efforts and more efforts
Fights with no return
A natural reaction
Feel some disorder.

An empty chest
An urge to cry
It is necessary to find a way
Another way to fight.

Sitting at desk Agualva
on January 19, 2016,
handwritten

14h38

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Sem ti / Without you

Sem ti sinto-me incompleta
Porque tu me fazes falta
Fico irrequieta
A tua presença me exalta.

A tua personalidade me alegra
Deixa-me feliz
O meu espirito levita
A tua aura comigo condiz.

Sem ti o tempo não passa
Sinto a tua ausência
A saudade me magoa
Perco a paciência.

A tua presença é por mim desejada
És o que sempre quis
Sei o que por ti sinto
Só não sei como se diz.

Sentada à secretária Agualva
no dia 12 de janeiro de 2016,
escrito à mão
12h34

Without you I feel incomplete
Because I miss you
I get restless
Your presence exalts me.

Your personality makes me glad
Makes me happy
My spirit levity
Your aura matches with me.

Without you time does not pass
I feel your absence
Nostalgia hurts me
I lose my temper.

Your presence is desired by me
You are what I always wanted
I know what I feel for you
Just do not know how to say it.

Sitting at desk  Agualva
on January 12, 2016,
handwritten

12:34 p.m

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

O nosso amor poderia ter nascido / Our love could have been born


Terá sido impressão minha

O que senti no teu olhar

Deves-te ter arrependido

Porque te senti recuar.


Terei confundido as coisas

Ou tiveste medo de arriscar

Também eu me assustei

Pois tenho medo de amar.


Podias ter tentado

Feito algo para nos aproximar

Eu teria gostado

E tudo faria para te respeitar.


Algo podia ter nascido

Entre nós dois

Sem arrependimentos

Sem agora, nem depois.


Podias ter vindo ter comigo

Repetido aquele gestos com amor

O nosso amor poderia ter nascido

Eu teria retribuído com calor.


Sentada à secretária no meu quarto

no dia 6 de dezembro de 2015,

escrito à mão

21h56




Was it just me

What I felt in your eyes

You must have repented

Because I felt you go back.


Shall I have confused things

Or you had fear of risk

I also got scared

Because I'm afraid to love.


You could have tried

Done something to bring us closer

I would have liked

And all would do to respect you.


Something could have been born

Between us

No regrets

Not now, not later.


You could have come to me

Repeated that gesture with love

Our love could have been born

I would have reciprocated with heat.


Sitting at the desk in my room

on December 6, 2015,

handwritten

9:56 p.m

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

A importância de um gesto / The importance of a gesture


A importância de um gesto

A troca de um olhar

Tem uma profundeza extrema

Que a palavra não consegue ultrapassar.


Um sorriso nervoso

Toques atrevidos

São impulsos sinceros

Que não podem ser arrependidos.


São revelações involuntárias

Do que não se quer mostrar

São palavras não ditas

São o coração a se revelar.


A importância de um gesto

A troca de um olhar

Um momento honesto

Como se hoje o mundo fosse acabar.


Sentada à secretária no meu quarto

no dia 6 de dezembro de 2015,

escrito à mão

21h33

 
The importance of a gesture

The exchange of a look

It has an extreme depth

That the word can’t overcome.


A nervous smile

cheeky touches

Are sincere impulses

That can’t be sorry.


Are involuntary revelations

What does not want to show

Are words unspoken

They are the heart to unfold.


The importance of a gesture

The exchange of a look

An honest moment

As if today the world would end.


Sitting at the desk in my room

on December 6, 2015,

handwritten

21h33

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