Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)

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domingo, 6 de março de 2016

Haiku, Haikai , 俳句

Timidamente uma flor
Floresceu no meio dos prédios.
Um atrevimento atroz.

16 de fevereiro de 2016,
Agualva
escrito à mão
17h03



Timidly a flower
It flourished in the middle of the buildings.
An atrocious impudence.

February 16, 2016,
Agualva
handwritten

5:03 p.m

sábado, 5 de março de 2016

Tanta gente bonita / So many beautiful people

Tanta gente bonita
Passeando de fato domingueiro
Apesar de hoje não ser domingo
Porque o sábado vem primeiro.

O sol esteve a brilhar
Mas agora se escondeu
As nuvens estão escuras e cinzentas
Mas ainda não choveu.

Já esteve calor
Agora está mais frio
Esta foi uma tarde soalheira
Na companhia do rio.

Sentada no jardim em Belem
no dia 12 de dezembro de 2015,
escrito à mão
14h54



So many beautiful people
Wandering with Sunday clothes
Although today is not a Sunday
Because Sabbath comes first.

The sun was shining
But now he hid himself
The clouds are dark and gray
But still it did not rain.

It has been heat
Now is colder
This was a late sunny
In the company of the river.

Sitting in the garden in Belem
on December 12, 2015,
handwritten

2:54 p.m

sexta-feira, 4 de março de 2016

Será que há finais felizes? / There are happy endings?

Depois de alguns dissabores
De não conseguir compreender a dor
De superar perdas
De duvidar do verdadeiro amor.
Uma questão em mim se levantou,
Será que há finais felizes?
É possível confiar?
Encontrar confiança no outro,
Voltar a acreditar?
Será que há para sempre?
Um projeto a dois.
Haverá mais do que um agora
É possível existir um depois?
A dúvida impera,
Será para toda a vida?
Ou apenas uma aventura
Que passa despercebida.

Sentada à secretária no meu quarto
no dia 5 de dezembro de 2015,
escrito à mão
21h32



After some unpleasantness
Failing to understand the pain
To overcome losses
Doubting of the true love.
A question I got up,
Are there happy endings?
You can trust?
Find confidence in the other,
Back to believe?
Are there forever?
A project for two.
There will be far more than a now
It can be an after?
Doubt reigns,
It will be for life?
Or just an adventure
That goes unnoticed.

Sitting at the desk in my room
on December 5, 2015,
handwritten

9:32 p.m

quinta-feira, 3 de março de 2016

Adiar a vida / Postpone life


Adiar a vida

Com medo do que está para acontecer

É sentir arrependida

E com medo de viver.

 

Esperar pelo amanhã

Para tudo o que tem de ser agora

É uma atitude vã

Uma flor que não desflora.

 

Adiar o inadiável

Por receio ou insegurança

É inimaginável

Reprimir a esperança.

 

Esperar e desesperar

É uma atitude pouco ativa

Mesmo indo devagar

É preciso seguir a vida.

 

Sentada no comboio da linha de Sintra

no dia 29 de janeiro de 2016,

escrito à mão

18h26

 

 
Postpone life

Afraid of what is about to happen

It is feeling sorry

And afraid to live.

 

Wait for tomorrow

For all that has to be now

It is a vain attitude

A flower that not blooms.

 

Postpone the unavoidable

For fear or insecurity

It is unimaginable

Repress hope.

 

Wait and despair

It's a little active attitude

Even going slowly

You have to follow life.

 

Sitting on the Sintra line train

on January 29, 2016,

handwritten

6:26 p.m

quarta-feira, 2 de março de 2016

Quadras/ Quartains: Ainda a Primavera / Still the spring


Ainda a Primavera

Tarda a renascer

Já a borboleta

Põe as asas a mexer.


Sentada o comboio da linha de Sintra

no dia 29 de janeiro de 2016,

escrito à mão

18h15




Still the spring

Slow to be reborn

Already the butterfly

Puts her wings to move.


Sitting the train from Sintra line

on January 29, 2016,

handwritten

6:15 p.m

terça-feira, 1 de março de 2016

Senti a tua presença / I felt your presence

Senti a tua presença
Mas não te consegui ver
Respirei o teu cheiro
Por puro prazer.

A saudade me visitou
Na busca do teu ser
Como te poderei amar?
Se não te deixas conhecer.

Recordações de momentos
De contactos acidentais
Dos meus tormentos
E desejos carnais.

Se a coragem me abandonou
E as feridas fiquei a lamber
O meu impulso te escorraçou
Quase sem eu me aperceber.

Sentada na minha cama
no dia 20 de janeiro de 2016,
escrito à mão
20h57



I felt your presence
But can’t see you
I breathed your smell
For pure pleasure.

The longing visited me
In search of your being
How can I love you?
If you do not let me you know.

Memories of moments
Accidental contacts
My torment
And carnal desires.

The courage abandoned me
And the wounds I got to lick
My impulse banished you
Almost without me realizing it.

Sitting on my bed
on January 20, 2016,
handwritten

8:57 p.m

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

De mim para mim / From me to myself

De mim para mim
Há um sentido perdão
Um adeus ao arrependimento
Um apaziguar do coração.

Há um desculpar
De um desobedecer da razão
À luz do tempo
Há uma maior compreensão.

De mim para mim
Há espaço à recordação
Há um sorver da vida
Com maior emoção.

Sentada na minha cama
no dia 20 de janeiro de 2016,
escrito à mão
20h50



From me to myself
There is a sense of forgiveness
A farewell to repentance
A appease of the heart.

There is an excuse
For disobeying reason
In light of the time
There is a greater understanding.

From me to myself
There is room to recall
There is a sip of life
With greater emotion.

Sitting on my bed
on January 20, 2016,
handwritten

8:50 p.m

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