Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô
(Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)
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domingo, 13 de março de 2016
sábado, 12 de março de 2016
Abre-me as portas do mundo / Open to me the gates of the world
Abre-me as portas do mundo
Leva-me a viajar
Podemos ir até ao fundo
Sei que não nos vamos afogar.
Leva-me contigo
Quero te acompanhar
Tu serás o meu abrigo
Eu só a ti vou amar.
Abre as tuas asas de pássaro
Eu abro as minhas de borboleta
Tu serás o meu amparo
Eu serei a tua poeta.
Leva-me a conhecer o universo
Há muito para descobrir
Torna realidade este verso
E juntos podemos sorrir.
Sentada no carro do meu pai a caminho do Laranjeiro
no dia 20 de
fevereiro de 2016,
escrito à mão
12h00
Open to me the gates
of the world
Lead me to travel
We can go to the
bottom
I know that we will
not drown.
Take me with you
I want to follow you
You will be my shelter
I only you will love.
Open your bird wings
I open mine of
butterfly
You will be my support
I will be your poet.
Lead me to know the
universe
There is much to
discover
Become reality this
verse
And together we can
smile.
Sitting in my dad's
car on the way to Laranjeiro (Distrito de Setúbal, Portugal)
on February 20, 2016,
handwritten
12h00
sexta-feira, 11 de março de 2016
Estava destinado / It was meant to be
Estava destinado
Previa-se que ia acontecer
Era inevitável
De qualquer forma eu ia te perder.
Uma outra história
Nos esperava para ser vivida
Resta a memória
E uma bela adormecida.
A nossa evolução
Pressupunha outras aprendizagens
Os nossos carmas
Ditavam outras viagens.
Fico feliz por ti
Porque sei que estás bem
Eu estou aqui
No sentido evolutivo também.
Sentada na mesa da cozinha
no dia 18 defevereiro
de 2016,
escrito à mão
7h57
It was meant to be
It is anticipated that
would happen
It was inevitable
Anyway I would lose
you.
Another story
Was waiting to be
lived
There remains the
memory
And a sleeping beauty.
Our evolution
Presupposed other
learning
Our karmas
They are dictating
other trips.
I'm happy for you
Because I know you're
all right
I am here
In the evolutionary
sense too.
Sitting at the kitchen
table
on February 18, 2016
handwritten
7:57 a.m.
quinta-feira, 10 de março de 2016
Há conversas a evitar / There are talks to avoid
Há conversas a evitar
Há assuntos que não interessam mexer
Há palavras que não precisam ser ditas
Para que se consigam perceber.
Não é preciso magoar
Nem tão pouco ofender
Há pensamentos a desviar
Há ideias a reter.
O passado tem o seu peso a pesar
O presente é para viver
É necessário parar para pensar
Evitando assim deitar tudo a perder.
Agualva
no dia 28 de
janeiro de 2016,
escrito à mão
17h34
There are talks to
avoid
There are matters that
do not concern mess
There are words that
do not need to be said
In order to be able to
realize.
No need to hurt
Nor offend
There are thoughts to
divert
There are ideas to
retain.
The past has its
weight to weigh
The present is to live
You must stop to think
Avoiding ruin
everything.
Agualva (Council of
Sintra, Lisbon District, Portugal)
on January 28, 2016,
handwritten
5:34
p.m
quarta-feira, 9 de março de 2016
Sou uma borboleta que voou / I am a butterfly that has flown
Deixa-me em paz
Liberta-me para partir
Desperdiças-te o teu tempo
Sem dele usufruir.
Liberta-me de vez
Eu já há muito sai
De lá para cá
Um novo mundo descobri.
As vidas cruzam-se
Há uma troca de aprendizagem
Tudo é efemero
A vida é uma passagem.
Procura ser feliz
Eu à minha maneira já sou
Encontra-te a ti
Eu sou apenas uma borboleta que voou.
Sentada no meu quarto
no dia 2 de
janeiro de 2016,
escrito à mão
22h51
Leave me alone
Free me to leave
You wasted your time
Without taking his
advantage.
Deliver me as once
I have long leaved
From there to here
A new world I discovered.
Lives intersect
There is an exchange
of learning
Everything is
ephemeral
Life is a passage.
Try to be happy
I'm already on my way
Finds thee
I'm just a butterfly that
has flown.
Sitting in my room
on January 2, 2016,
handwritten
10:51 p.m.
terça-feira, 8 de março de 2016
Sou um caixeiro viajante / I am a traveling salesman
Sou um caixeiro viajante
Ando sempre em viagem
Este é o meu modo de vida
A minha curta passagem.
Ando sempre em movimento
De um lado para o outro
Sou livre de pensamento
E nem sempre te encontro.
Ando sempre com a casa atrás
Que acompanha a minha mudança
Tornando a carga cada vez mais leve
Ganhando uma maior confiança.
Sou um lobo solitário
A deambular pelo mundo
Vejo tudo ao contrário
Com um sentimento profundo.
Sentada no comboio da linha de Sintra (Reboleira)
no dia 19 de
dezembro de 2015,
escrito à mão
9h15
I am a traveling
salesman
I'm always on travel
This is my way of life
On my short passage.
I'm always on the move
On one side to the
other
I am free of thinking
And I do not always
find you.
I’m always walking
with the house behind
Accompanying my change
Becoming increasingly
light load
Gaining greater
confidence.
I am a lonely wolf
Wandering around the
world
I see everything
backwards
With a deep sense.
Sitting on the train
from Sintra line (Reboleira)
on December 19, 2015,
handwritten
9:15 a.m.
segunda-feira, 7 de março de 2016
Tic-tac, Tic-tac / Tick-tock, Tick-tock
Tic-tac, Tic-tac
O ritmo dos segundos
Marca a passagem do tempo
A cadência é constante
Uma melodia
Simultaneamente agradavel
E ensurdecedora
Ao fim de 60 tic-tac, tic-tac
Passou 1 minuto
O ritmo continua
O tempo está a passar
Entretanto chega o comboio
E outro som desvia o meu olhar.
Sentada na Estação de Comboios do Monte-Abrão
no dia 19 de
dezembro de 2015,
escrito à mão
9h09
Tick-tock, Tick-tock
The pace of the second
Marks the passage of
time
Cadence is constant
a melody
simultaneously
pleasant
And deafening
After 60 tick-tock,
tick-tock
Passed one minute
The pace continues
Time is passing
Meanwhile the train
arrives
And another sound
distracts my gaze.
Sitting in
Monte-Abram's Train Station
on December 19, 2015,
handwritten
9:09 a.m.
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