Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô
(Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)
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domingo, 27 de março de 2016
sábado, 26 de março de 2016
Boneca de Porcelana / Porcelain Doll
Boneca de porcelana
Com os cabelos aos canudos
Rosto pálido e sereno
De sorrisos miudos.
Princesa incompreendida
Fora da tua realidade
Vives fora do teu tempo
Nesta contemporaneidade.
Menina singela
De vida mundana
Com um sorriso profundo
Nesse teu rosto de porcelana.
Estação de comboios do Cacém
no dia 8
de março de 2016,
escrito à
mão
17h55
China doll
With the hair to
straws
pale and serene face
with a kid smile.
Misunderstood Princess
Out of your reality
You live out of your
time
In this contemporary
world.
Simple girl
Worldly life
With a deep smile
on your porcelain
face.
Cacém train station
on March 8, 2016,
handwritten
5:55 p.m.
sexta-feira, 25 de março de 2016
Eu confesso / I confess
Por vezes fui estúpida
Não soube reagir
Fui pateta e insegura
Só me apeteceu fugir.
Fui infantil e ingénua
Não consegui agir
Desiludi-me a mim e aos outros
Por não saber ouvir.
Nem sempre fiz as melhores escolhas
Mas fiz o possível para conseguir
Confesso que não sou perfeita
Mas procuro evoluir.
Sentada no comboio da linha de Sintra (Rio de Mouro)
no dia 8
de março de 2016,
escrito à
mão
8h27
Sometimes I was stupid
I did not know how to
react
I was goofy and
insecure
Just felt like to
flee.
I was childish and
naive
I could not act
I disappointed me and
others
By not listening.
I not always made the
best choices
But I did my best in order
to get it
I admit I'm not
perfect
But I try to evolve.
Sitting on the train
from Sintra line (Rio de Mouro)
on March 8, 2016,
handwritten
8:27 a.m.
quinta-feira, 24 de março de 2016
Já não corro / I no longer run
Já não corro pela vida
Nem para te apanhar
O meu ritmo é outro
Tenho de o respeitar.
Já não corro para um comboio
Nem para agarrar um lugar
Sigo a minha cadência
Prefiro caminhar.
Percorro muitas léguas
Consigo não me cansar
Vivo intensamente e sem tréguas
No meu devido lugar.
Sou a tartaruga da fábula
Deixo a lebre me ultrapassar
Acabo por ao meu ritmo
Chegar em primeiro lugar.
Sentada no comboio da linha de Sintra (Amadora)
no dia 8
de março de 2016,
escrito à
mão
18h15
I no longer run for
life
Not to catch you
My pace is another
I have to respect it.
I no longer run for a
train
Or to grab a place
I follow my cadence
I prefer to walk.
I walk many leagues
I can’t get tired
I live intensely and
relentlessly
In my place.
I am the fabled turtle
I let the hare
overcome me
I end up at my own
pace
Arriving in first.
Sitting on the train
from Sintra line (Amadora)
on March 8, 2016,
handwritten
6:15 p.m.
quarta-feira, 23 de março de 2016
As nuvens correm no céu / The clouds run in the sky
As nuvens correm no céu
Fogem da ira dos Deuses
O vento lhes sopra
Correm desalmadamente
Nada as pára,começa a chover
Fogem e correm à minha frente.
A natureza assim se revela
Da sua forma mais sombria
Os tons de cinzento se fundem
O ambiente escurece
As nuvens correm no céu
Fogem da ira dos Deuses.
Sentada no El Corte Inglês, Sala de âmbito cultural piso 7
no dia 8
de março de 2016,
escrito à
mão
19h10
The clouds run in the
sky
They flee from the
wrath of the Gods
The wind blows them
They run quickly
Nothing stops them,
starts to rain
They flee and run in
front of me.
The nature thus
discloses
In its darkest form
The gray tones merge
The dark environment
The clouds run in the
sky
They flee from the
wrath of the Gods.
Sitting on El Corte
Ingles, cultural scope Room 7th floor
on March 8, 2016,
handwritten
7:10 p.m.
terça-feira, 22 de março de 2016
Sou eclética / I am eclectic
Sou eclética
Uma mistura de várias vidas
Uma boa vivã
Que adora coisas divertidas.
Sou uma fusão
Um mix de realidades
Uma junção entre o coração e a razão
E com algumas fragilidades.
Sou diferente
Simplesmente por assim nasci
Sou a minha história e o meu adn
Não tenho a certeza se cresci.
Sou única
Não conheço ninguém semelhante
Uma ave rara
Uma borboleta viajante.
Sentada no comboio da linha de Sintra (Queluz-Belas)
no dia 3
de março de 2016,
escrito à
mão
18h08
I am eclectic
A mixture of several
lives
A good living
Who loves fun stuff.
I'm a merger
A realities mix
A junction between the
heart and reason
And with some
weaknesses.
I'm different
Just as I was born
I am my story and my
dna
I'm not sure if I grew
up.
I'm the only one
I do not know anyone
like me
A rare bird
A traveler butterfly.
Sitting on the train
from Sintra line (Queluz-Belas)
on March 3, 2016,
handwritten
6:08 p.m.
segunda-feira, 21 de março de 2016
Com os erros / With the errors
Com os erros se aprende
E se muda o que há a mudar
Muito se arrepende
Do que já não é possível evitar.
Com os erros se cresce
Um adulto consegue se moldar
O amadurencimento acontece
Tudo pode ocupar um outro lugar.
Com os erros se erra
Numa margem difícil de calcular
A dificuldade que o medo encerra
É o receio de errar.
Com os erros se amadurece
Nos conseguimos melhorar
O coração se enternece
Aprendemos a aceitar.
Iniciado na gare de Comboios do Cacém, terminado no interior do
comboio com destino a Lisboa.
no dia 3
de março de 2016,
escrito à
mão
18h02
With the mistakes we
learn
And changes what is to
change
Very we repent
What you can no longer
avoid.
With the errors we grow
An adult can be molded
Maturing happens
All may take another
place.
With the errors we error
In a difficult margin
to calculate
The difficulty that
fear closes
It is the fear of
making mistakes.
With the errors
matures
We are able to improve
The heart melts
We learn to accept.
Started in train gare of
Cacém, finished inside the train to Lisbon.
on March 3, 2016,
handwritten
6:02 p.m.
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