Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô
(Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)
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domingo, 17 de abril de 2016
sábado, 16 de abril de 2016
As andorinhas regressaram / The swallows returned
As andorinhas regressaram
Ao ninho que para elas está reservado
Não retornam todos os anos
Devem rumar para outro lado.
Este ano elas estão de volta
Sinal de bom agoiro
Vão por ovos e criar uma ninhada
Até o sol ficar bem loiro.
No outono tornam a partir
Sem sabermos quando regressam
Quando o frio chegar
Elas se apressam.
Entretanto nascem andorinhas
Passa a primavera e o verão
Elas voltam a partir
E um dia destes elas regressarão.
Inicio no comboio da linha de Sintra rumo a Lisboa, terminado no Piso
7 do El Corte Inglês, sala de âmbito cultural
no dia 22
de março de 2016,
escrito à
mão
18h58
The swallows
returned
To the nest
for them reserved
They do not
return every year
They should head
to another side.
This year
they are back
Good omen
sign
They go for
eggs and create a litter
Until the sun
gets pretty blonde.
In the fall
they go away
Without us
knowing when they return
When the cold
reach
They rush.
Meanwhile born
swallows
The spring
and summer pass
They return
to go away
And one day
they will return.
Started in
Sintra line train towards Lisbon, finished in 7th floor of El Corte Ingles,
cultural scope room
on March 22,
2016,
handwritten
6:58 p.m.
sexta-feira, 15 de abril de 2016
Raposa do Ártico / Arctic fox
Fotografia
de mim manipulada com / Photograph of me manipulated with http://funny.pho.to/pt/falling-snow/result/
|
Raposa do Ártico
Toda vestida de branco
Animal selvagem
Com o seu puro manto.
Ser indomável
De temperamento irreverente
Curiosa e divertida
E de sorriso estridente.
Adaptada ao seu habitat
Com as cores da estação
Caçadora astuta
Por mera vocação.
Ser ágil e peludo
De pequenas dimensões
Camuflada para viver
Em todas as estações.
Sentada no comboio da linha de Sintra com destino a Lisboa
no dia 22
de março de 2016,
escrito à
mão
18h12
Arctic fox
All dressed
in white
Wild animal
With its pure
mantle.
Indomitable
being
Irreverently
temperament
Curious and
fun
And with shrill
smile.
Adapted to
their habitat
With the
colors of the season
huntress
artfully
By mere
vocation.
Being agile
and hairy
Small footprint
Camouflaged
to live
In all
seasons.
Sitting on
the train from Sintra line on the way to Lisbon
on March 22,
2016,
handwritten
6:12 p.m.
quinta-feira, 14 de abril de 2016
Ando mascarada todo o ano / I’m masked all year
Ando mascarada todo o ano
Para fazer à face à dureza da vida
Tem dias que sou Minnie
Outras Bela Adormecida.
Por vezes imiscuo-me na multidão
Outras dela me destaco
Julgam-me pela aparência
Desconhecendo quem sou de facto.
Vivo um intenso carnaval
Neste curto espaço de tempo
Com toda a intensidade
E sem arrependimento.
Para viver em sociedade
Todos vestimos vários papéis
Tendo ou não consciência disso
As nossas máscaras são inumeráveis.
Iniciado no meu quarto terminado na mesa da cozinha
no dia 18
de março de 2016,
escrito à
mão
7h47
I’m masked
all year
To make face to
the harshness of life
Some days I'm
Minnie
Others the
Sleeping Beauty.
Sometimes I
mix in the crowd
Others the
highlight it’s me
They judge me
by appearance
Unaware of
who I am indeed.
I live an
intense carnival
In this short
time
With all the
intensity
And without
repentance.
To live in
society
All wear
several roles
Whether or
not aware of it
Our masks are
innumerable.
Started in my
room finished on the kitchen table
on March 18,
2016,
handwritten
7:47 a.m.
quarta-feira, 13 de abril de 2016
Este corpo que possuo / This body that I possess
Este corpo que possuo
Na realidade não é meu
É a materialização do meu espirito
Que esta reencarnação me deu.
Tenho o dever de cuidar dele
De o amar e respeita
Na juventude e na velhice
Ele é o meu lar.
Este corpo que possuo
É meu nesta curta passagem
Devo mantê-lo toda a vida
Durante esta viagem.
Sala Âmbito Cultural, 7º piso El Corte Inglês
no dia 17
de março de 2016,
escrito à
mão
19h
This body
that I possess
In reality it is not my
It is the embodiment of my spirit
This reincarnation gave me.
I have to take care of him
With love and respect
In youth and in old age
It is my home.
This body that I possess
It is mine in this short passage
I keep it all life
During this trip.
Cultural Scope room, 7th floor El Corte
Ingles
on March 17, 2016,
handwritten
7 p.m
terça-feira, 12 de abril de 2016
Para onde vais agora? / Where are you going now?
Para onde vais agora?
Já que não sabes onde ir
Andas à deriva neste mundo
E tens tanto para descobrir.
Perdeste-te no caminho
Já não sabes o teu percurso
Sentes-te como um marinheiro
O vento é o teu curso.
À deriva neste mar
Calmo ou picado
Nesta vida a navegar
Um poeta apaixonado.
Sentada no comboio da linha de Sintra (Rio de Mouro)
no dia 15
de março de 2016,
escrito à
mão
22h18
Where are you going now?
Since you do not know where to go
You walk adrift in this world
And you have so much to discover.
You lost yourself in the way
You no longer know your route
Do you feel like a sailor
The wind is your course.
Adrift in this sea
Quiet or chopped
In this life surfing
A passionate poet.
Sitting on the train from Sintra line (Rio
de Mouro)
on March 15, 2016,
handwritten
10:18 p.m.
segunda-feira, 11 de abril de 2016
O livro que não li / The book I haven’t read
O livro que não li
The book I haven’t read
As lágrimas que não chorei
O romance que não vivi
Mas que na minha mente criei.
A história que não escrevi
O sonho que sonhei
O tempo que esperei por ti
E não te encontrei.
Tudo aquilo que vivi
E num papel não despejei
O que por dentro senti
E não planeei.
As páginas que não vi
Nem tão pouco folheei
Os cheiros do que não li
Mas que por instantes imaginei.
Sentada no comboio da linha de Sintra (Barcarena)
no dia 15
de março de 2016,
escrito à
mão
22h11
The tears I did not cry
The novel that I have not lived
But in my mind I created.
The story I did not write
The dream I dreamed
The time I waited for you
And I didn’t found you.
All that I lived
And in a paper not dumped
What inside I felt
And not planned.
The pages that I haven’t seen
Nor leafed
The smells of what I haven’t read
But for a moment I imagined.
Sitting on the train from Sintra line (Barcarena)
on March 15, 2016,
handwritten
10:11 p.m.
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