Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)

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quarta-feira, 8 de junho de 2016

Se tiver de chover / If it has to rain


Se tiver de chover que chova agora

Depois quero ir caminhar

Quero ir lá para fora

E não me quero molhar.

 

A chuva faz falta

E o tempo vai mudar

Para ficarmos em alta

A chuva terá de passar.

 

Não tarda sente-se

O cheiro da terra molhada a pairar no ar

Ai que grande chuvada

Não sei quando irá parar.

 

Sentada na minha cama

28 de maio de 2016

escrito à mão

6h31

 


If it has to rain, that rains now

Then I want to go hiking

I want to go out

And I do not want to get wet.

 

The rain is lacking

And time will change

To stay in high

The rain will have to pass.

 

Not long it feels the smell of wet earth

Hovering in the air

Oh what a great downpour

I do not know when it will stop.

 

Sitting on my bed

May 28, 2016

handwritten

6:31 a.m.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Lá fora pode chover / Outside it may rain


Lá fora a chuva cai

Há trovões e clarões brancos no céu.

Ainda está escuro

Usufruo de um momento só meu.

 

De sentidos despertos

Tomo consciência do mundo à minha volta.

Sinto-me tranquila

Neste momento nada me revolta.

 

Acordei, sentei-me na cama

E comecei a escrever

Cá dentro faz sol

Lá fora pode chover.

 

Sentada na minha cama

28 de maio de 2016

escrito à mão

6h18

 
Outside the rain falls

There are white thunder and flashes in the sky.

It's still dark

I enjoy a moment of my own.

 

Of senses awake

I take consciousness of the world around me.

I feel peaceful

At this point nothing revolt’s me.

 

I woke up, I sat in bed

And I started writing

In here the sun shines

Outside it may rain.

 

Sitting on my bed

May 28, 2016

handwritten

6:18 a.m.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Estou de braços abertos para o mundo / I'm of open arms to the world


Estou de braços abertos para o mundo

De coração aberto para o amor.

O meu passado ficou arrumado

Já não guardo nenhum rancor.

 

Abraço novamente a vida

Sem receio dos desafios

Aproveito todos os momentos para ser feliz

Até sentir calafrios.

 

As oportunidades me surgem

Acolho-as e usufruo delas

Quero aproveitar o hoje

E todas as coisas belas.

 

Uma nova vida comecei

De independência e autonomia

Sou um espirito livre

Levo a vida com alegria.

 

Sentada na minha cama

23 de maio de 2016

escrito à mão

22h22

 


I'm of open arms to the world

With open heart for love.

My past was tidy

I already bear no grudge.

 

Again I embrace life

With no afraid of challenges

I take every moment to be happy

Until I feel chills.

 

Opportunities arise to me

I welcome them and enjoy them

I want to appreciate today

And all beautiful things.

 

A new life began

Independence and autonomy

I'm a free spirit

I lived my life with joy.

 

Sitting on my bed

May 23, 2016

handwritten

10:22 p.m.

domingo, 5 de junho de 2016

Haiku, Haikai , 俳句

As andorinhas regressaram

O sol no céu já se apresenta.

O calor esqueceu-se de vir


19 de maio de 2016,

Agualva

escrito à mão

11h43




The swallows return

The sun in the sky is already present.

The heat forgot to come


May 19, 2016,

Agualva

handwritten

11:43 a.m

sábado, 4 de junho de 2016

Botão da rosa / Rose Bud

Botão de rosa

Prestes a abrir

A tornar-se flor

Para florir.


Nascido da roseira

Do caule espinho

Num belo jardim

Cuidado com carinho.

Botão de rosa

Prestes a desabrochar

Na tua bela roseira

Tu irás morar.


Sentada no comboio da linha se Sintra com destino a Lisboa

17 de maio de 2016

escrito à mão

8h32
 

Rosebud

About to open

To become a flower

To bloom.

 

Born from the rosebush

Of thorns and stem

In a beautiful garden

Care with affection.

 

Rosebud

About to bloom

In your beautiful rosebush

You shall live.

 

Sitting on the line train to Sintra to Lisbon

May 17, 2016

handwritten

8:32 a.m.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Por mais que doa / As much it hurts


Por mais que doa

Não mudava nada no meu passado

Pois é ele que me fez ser quem sou

Por isso nada deve ser mudado.

 

Dele retiro tudo aquilo que me é útil

E inúmeras lições

Os arrependimentos não têm mais espaço

Embora tenha perdido algumas ilusões.

 

Graças a ele hoje muito sei

Sinto-me mais madura

Ganhei imensas defesas

Embora por vezes a vida se torne dura.

 

Recordo-me dele

Apenas para me conduzir

Ele é como uma estrela cadente

Não me adianta fugir.

 

 

Sentada na mesa da cozinha

18 de maio de 2016

escrito à mão

19h53

 


As much it hurts

I do not change anything in my past

It is he who made me who I am

So nothing should be changed.

 

I take Of him all that is useful to me

And many lessons

Regrets have no more space

Although I lost some illusions.

 

Thanks to him today I really know

I feel more mature

I gained immense defenses

Although sometimes life becomes hard.

 

I remember him

Just to drive me

It is like a shooting star

It is no use to me escape.

 

Sitting at the kitchen table

May 18, 2016

handwritten

7:53 p.m.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Inspira, expira / Inspires, expires

Inspira, expira

Deixa o ar sair e entrar

Vocaliza se necessário

Está na hora de meditar.

 

Inspira, expira

Não vale a pena stressar

Respira bem fundo

Deixa a crise passar.

 

Deixa circular o ar nos pulmões

Para melhor conseguires superar

Inspira, expira

Deixa o corpo relaxar.

 

Agualva

18 de maio de 2016

escrito à mão

15h25

 


Inspires expires

Let the air come and go

If necessary vocalize

It's time to meditate.

 

Inspires expires

It is not worth stressing

and take a deep breath

Lets go crisis.

 

Let circulate the air in the lungs

To better manage to overcome

Inspires expires

Let the body relax.

 

Agualva

May 18, 2016

handwritten

15:25 p.m.

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