Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)

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terça-feira, 4 de junho de 2019

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - Superficiais e vazios / Surface and voids

Surface and voids
Imagem retirada da Internet e manipulada com/ Image taken from the Internet and manipulated with: https://photomania.net/editor e https://www.fotojet.com/pt/apps/?entry=collage

Superficiais e vazios

Demasiado preocupados com a aparência
Ocos e limitados
Do pensamento total ausência.

Pouco crescimento
Valorizando demais o exterior
Ignorando a existência
A que dão pouco valor.

Vivendo da imagem
Sem parar para pensar
Durante a viagem
Nada conseguem captar.

Pouca importância dão ao próximo
as trocas e aprendizagens
Representam o tempo inteiro
São urbanos selvagens.

Comboio (Stª Cruz Damaia)
Poema manuscrito,
10 de abril de 2019,
7h41

Surface and voids
Too preoccupied with appearance
Hollow and limited
Of total thought absence.

Little growth
Valuing too much the exterior
Ignoring the existence
The ones that give little value.

Living of image
Without stopping to think
During the trip
Nothing they can catch.

Little importance is given to the next
the exchanges and learning
They represent the whole time
They are urban wild.

Train (Stª Cruz Damaia)
Handwritten poem,
April 10, 2019,
7:41 a.m.


segunda-feira, 3 de junho de 2019

Aventuras da Nonô / Adventures of Nonô - Micro Estórias / Micro Stories: Um presente de mim para mim / A gift from me to me

Fotografia tirada por mim / Photograph taken by me

Passava constantemente numa loja de produtos para o corpo e olhava para a montra onde estava exposta uma bandolete branca com um laço vermelho as bolinhas brancas. Não sei por quê motivo, não entrei logo para a comprar. Sei lá, talvez não tivesse ainda chegado o momento.
Um dia olhei para a montra, mas a bandolete já lá não estava. Alguém se tinha antecipado. Pensei, se já lá não está, é porque não era para mim.
Verdade seja dita, a ideia da bandolete não me saia da ideia.
Algum tempo mais tarde, passo novamente pela loja e vejo na montra a bandolete, como uma criança pequena, os meus olhos brilharam.
Mas, sei lá bem porquê, nunca passava na loja quando estava aberta. Ou esquecia-me de ir saber da bandolete, nos dias em que eventualmente poderia ser que este estabelecimento comercial estivesse aberto.
Nem era pelo preço, até porque estava exposto na montra e era mesmo irrisório.
Procrastinei…
Até que um dia, tomei a decisão, se a bandolete estiver lá hoje, com certeza que a vou comprar.
Entrei na loja, dirigi-me ao balcão, e disse à empregada da loja que queria aquela bandolete as bolinhas que estava na montra.
A empregada foi a um saco ver se tinha lá outra bandolete igual, mostrou-me outras, mas eu queria aquela. Assim sendo, dirigiu-se à montra e retirou a bandolete para mim e perguntou-me: É para oferecer? Ao que eu respondo, prontamente, é. A empregada pergunta então é para uma criança? Respondo afirmativamente e ainda escolho o laço do embrulho.
Pago a bandolete, recebo o embrulho na minha mão e com um belo sorriso saio da loja. Não só comprei a bandolete, como também presenteei a criança que vive dentro de mim.

Minha casa em Mem-Martins
Escrito a computador
03/05/2019
16h20

Fotografia tirada por mim / Photograph taken by me

I would go to a store of body products constantly and look at the window where there was a white band with a red bow and the white balls. I do not know why, I did not go in and buy it. I do not know, perhaps the moment had not yet come.
One day I looked at the storefront, but the band was gone. Someone had anticipated. I thought, if it's not already there, it's because it was not for me.
Truth be told, the idea of ​​the band I did not leave the idea.
Some time later, I pass by the store again and see the small band in the showcase, as a small child, my eyes glittered.
But, I do not know why, I never went to the store when it was open. Or I forgot to know about the band, in the days when it might happen that this commercial establishment was open.
Nor was it for the price, even because it was exposed in the storefront and was even derisory.
I procrastinated ...
Until one day, I made the decision, if the band is there today, I'm sure I'll buy it.
I went into the store, went to the counter, and told the store clerk that I wanted that little ball of the polka dots that was in the storefront.
The maid went to the sack to see if she had another suitcase there, showed me others, but I wanted that one. So she went to the storefront and took the buggy for me and asked me, "Is it to offer?" To which I respond, readily, it is. The maid asks then is it for a child? I answer affirmatively and still choose the tie of the package.
I pay the bandolete, I receive the package in my hand and with a beautiful smile I leave the store. Not only did I buy the band, but I also gave the child who lives inside me.
My house in Mem-Martins
Written to computer
03/05/2019
4:20 p.m.


domingo, 2 de junho de 2019

Haiku, Haikai, 俳句

Imagem retirada da Internet e manipulada com/ Image taken from the Internet and manipulated with: https://photomania.net/editor
ondas de espuma branca
enrolam na areia.
Jogando à bola

Praia Cascais
Haiku manuscrito,
26 de maio de 2019
17h00
 白い泡の波
砂を転がします。
ボールを弾く

ビーチカスカイス
俳句原稿、
2019526
午後5

waves of white foam
roll in the sand.
Playing ball

Beach Cascais
Haiku manuscript,
May 26, 2019
5:00 p.m.


sábado, 1 de junho de 2019

Quadras/ Quatrains: Caracóis e Cervejas / Snails and Beers

Imagem retirada da Internet e manipulada com/ Image taken from the Internet and manipulated with: https://photomania.net/editor

Caracóis e cervejas

Tremoços e Imperiais
Pequenos prazeres para que vejas
Facilmente se tornam reais.

Gare de comboios de Mem-Martins,
Quadra manuscrita,
3 de maio de 2019,
7h15

Snails and beers
Lupines and Imperials
Little pleasures for you to see
Easily become real.

Train Gare of Mem-Martins,
Quadra manuscript,
May 3, 2019,
7:15 p.m.


quinta-feira, 30 de maio de 2019

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - Instalada a dúvida / Installed the doubt

Installed the doubt
Imagem retirada da Internet e manipulada com/ Image taken from the Internet and manipulated with: https://photomania.net/editor e https://www.fotojet.com/pt/apps/?entry=collage


Instalada a dúvida
Ganha espaço o medo
A mente inventa
Cria um estranho enredo.

Desenha cenários
Dignos de filmes de terror
Teme a ação
E tudo em seu redor.

O receio e a mentira
Juntam-se num mesmo espaço
Ficando o corpo imóvel
Sem dar nem mais um passo.

Dentes a tremer
Unhas a roer
Olhos a lacrimejar
De tanto imaginar.

Comboio (Reboleira)
Poema manuscrito,
1 de abril de 2019,
17h04
 Installed the doubt
Fear Gains Space
The mind invents
It creates a strange plot.

Draws scenarios
Worthy of horror movies
Fear the action
And everything around you.

Fear and lies
Join in one space
Getting the body still
Without taking another step.

Teeth shaking
Nail biting
Eyes watering
From so much imagining.

Train (Reboleira)
Handwritten poem,
April 1, 2019,
5:40 p.m.




quarta-feira, 29 de maio de 2019

Infância Renascida / Childhood Reborn - Childhood Reborn / Infância Renascida - A carochinha / The beetle

Imagem retirada da Internet e manipulada com/ Image taken from the Internet and manipulated with: https://photomania.net/editor e https://www.fotojet.com/pt/apps/?entry=collage
A carochinha
Não encontra o João Ratão
Nem quando ela se põe à janela
Sempre bem vestidinha
Tem um bom coração
Para além de ser muito bela.

Não tem tido sorte ao amor
Contudo é feliz na mesma
Sozinha ou acompanhada
Sobrevive bem à dor
Para além da quaresma
Sempre bem arranjada.

Por ela muitos passam
E param para olhar
Pois ela não se esconde
A ela não interessam
Não se deixa ofuscar
Só o João Ratão é o seu conde.

Comboio (Benfica)
Poema manuscrito,
1 de abril de 2019,
16h58
 The beetle
Can not find John the big rat
Not even when she stands at the window
Always well dressed
Has a good heart
Apart from being very beautiful.

She has not been lucky for love.
Yet she is happy in the same
Alone or accompanied
Survive well in pain
Beyond Lent
Always well arranged.

For her many pass
And stop to look
Because she does not hide
It does not matter
Do not let yourself be overshadowed
Only John the Great Rat is her count.
Train (Benfica)
Handwritten poem,
April 1, 2019,
4:15 p.m.


terça-feira, 28 de maio de 2019

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - Será que não te enxergas? / Do you not see yourself?

Imagem retirada da Internet e manipulada com/ Image taken from the Internet and manipulated with: https://photomania.net/editor e https://www.fotojet.com/pt/apps/?entry=collage
 Será que não te enxergas?

Não te consegues mancar?
Abrir bem os olhos
Ver o mundo a girar.

Sei que não queres ouvir
Muito menos escutar
Nem tão pouco sentir
Que o mundo está a mudar.

Fazes ouvidos moucos
Finges não perceber
Fechas-te no teu mundo
Lá dentro consegues-te esconder.

Para!...
Deixa de fingir
Há uma vida lá fora
Prestes a eclodir.

Comboio (Monte Abraão)
Poema manuscrito,
27 de março de 2019,
8h30

Will be that you do not see?
Can you not play?
Open your eyes wide
See the world spinning.

I know you do not want to hear
Much less listen
Not even feel
That the world is changing.

You play small ears
You pretend not to notice
You dine in your world
Inside you can hide.

Stop! ...
Stop pretending
There's a life out there
About to hatch.

Train (Monte Abraão)
Handwritten poem,
March 27, 2019,
8:30 a.m.


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