Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)

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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - A amizade do século XXI / XXI Century friendship

XXI Century friendship


A amizade do século XXI 
Cada vez mais efémera
Por falta de disponibilidade
É hoje, e amanhã já era
Aquilo a que se chama amizade.

Já quase não se pode contar
Tudo é uma troca de favores
É difícil acreditar
Naquilo que traz tantos dissabores.

Cada vez mais à distância
E num ambiente virtual
Aquilo que outrora tinha importância
Hoje já não é habitual.

Elos difíceis de criar
E mais ainda de manter
No século XXI a amizade não tem lugar
Mesmo que a muitos custe a crer.

Paragem de Serviços de Penacova (IP3), na mesa de café do “A Lampreia”,
Poema manuscrito,
19 de fevereiro de 2015, 12h 14
In Costa, M.ª Leonor. Catarse das Palavras. Vol. I

Catharsis of Words

XXI Century friendship
Increasingly ephemeral
For lack of availability
It is today, and tomorrow was already
What has been called friendship.

We almost can’t count
Everything is an exchange of favours
Hard to believe
In what brings so many disappointments.

Increasingly at a distance
And in a virtual environment
What once mattered
Today it is not usual.

Difficult to create links
Further still maintaining
In the twenty-first century friendship has no place
Even though many costs to believe.

Penacova services stop (IP3), on the coffee table of "The Lamprey",
Handwritten poem,
on February 19, 2015, 12 h 14
In Costa, M.ª Leonor. Catharsis of Words. Vol. I
Nonô Poetry


terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - É preciso ter calma / You need to take it easy

You need to take it easy

É preciso ter calma 

É preciso ter calma

Levar a vida com muita fé

Tranquilizar a alma

Como quem toma um simples café.

 

Há dias de muito azar

E outros de muita sorte

É preciso acreditar

É necessário ser se forte.

 

A vida é um jogo

Que é preciso aprender a jogar

Há momentos de fogo

E, outros em que, os dados, temos de lançar.

 

Há dias em que tudo corre bem

Outros em que tudo corre mal.

Respirando a quietude vem

Assim se leva a vida afinal.

Poema manuscrito: Sentada no autocarro de Boticas com destino a Chaves, 18 de fevereiro de 2015, 16h52
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I
Worldly Poetry
You need to take it easy

It is necessary to take it easy

Live life with a lot of faith

Tranquilize the soul

Like drinking a simple cup of coffee.

 

Some days are very unlucky

And others incredibly lucky

It's necessary to believe

You must be strong.

 

Life is a game

That one must learn to play

There are moments of fire

And others when you have to throw the dice.

 

There are days when everything goes well

Other when everything goes wrong

Breathing stillness comes

This is how life is led after all.


Handwritten poem: Sitting in the bus of Boticas destined to Chaves,
February 18, 2015, 4:52 p.m.
In Costa, M.ª Leonor, Worldly Poetry. Vol. I
Nonô Poetry

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - A luinha / The small moon

The small moon

A luinha 

Ontem não foi um dia bom para semear

A luinha não deixou o agricultor trabalhar

Pior do que a lua nova

Ela não permite as sementes de germinar.

 

Tradição antiga

Que também se aplica às matanças

É preciso ter atenção à lua

É o que dizem aqueles que andam nestas andanças.

 

Um bom ano agrícola

Passa também por um conhecimento empírico.

Não se aprende de um dia para o outro

Mas sabê-lo é verdadeiramente magnífico. 

Poema manuscrito: Sentada no autocarro de Chaves com destino a Boticas, 18 de fevereiro de 2015, 8h52
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I
Worldly Poetry
The small moon

Yesterday was not a good day for sowing

The small moon didn't let the farmer work

Worse than the new moon

It does not allow the seeds to germinate.

 

Ancient tradition

Which also applies to killing

You need to pay attention to the moon

So, they say, those who walk in these wanderings.

 

A good agricultural year

Passes also by an empirical knowledge.

You can't learn it overnight

But knowing it is truly magnificent.


Handwritten poem: Sitting on the bus of Chaves destination to Boticas,
On February 18, 2015, 8 :52 a.m.
In Costa, M.ª Leonor, Worldly Poetry. Vol. I
Nonô Poetry

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - Vestígios do tempo / Traces of time

Traces of time


Vestígios do tempo

No local onde moro

Vive também a história

Aqui há marcas do tempo

E também da sua memória.

 

Obtêm-se recordações de outros povos

Celtas, Romanos e outros Cristãos

Aqui moram os flavienses

Transmontanos valentes cidadãos.

 

Encontram-se também vestígios pré-históricos

Há minas de ouro exploradas noutras épocas

Há castros e paisagens sem igual

E a própria natureza.

 

Encontra-se também a memória oral

Que passa de boca em boca

Uma tradição sem igual

Que se transmite como fofoca!

 

Por aqui também passou a Revolução Francesa

E outros episódios mais recentes

Ficaram os vestígios da história

Que na paisagem estão ainda presentes!


Poema manuscrito: Sentada no autocarro de Chaves com destino a Boticas, 18 de fevereiro de 2015, 8h46
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I
Worldly Poetry
Traces of time

In the place where I live

History also lives

Here there are marks of time

And also, of its memory.

 

You get memories of other peoples

Celts, Romans, and other Christians

Here live the Flavienses

Transmontanes brave citizens.

 

You can also find prehistoric vestiges

There are gold mines exploited in other times

There are castros and unique landscapes

And nature itself.

 

One can also find the oral memory

That passes from mouth to mouth

A tradition without equal

Which is transmitted like gossip!

 

The French Revolution also passed through here

And other more recent episodes

The traces of history remain

Which are still present in the landscape!

Handwritten: Sitting on the bus of Chaves destination to Boticas,
On February 18, 2015, 8 : 46 a.m.
In Costa, M.ª Leonor, Worldly Poetry. Vol. I
Nonô Poetry 

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - Árvore verdinha / Greening tree

Greenish tree
Árvore verdinha

Árvore verdinha

Quem te viu nascer?

Com esses longos rebentos

Onde lindas folhas vão caber.

 

Dás folha e flor na primavera

De ti brota fruta no verão

No inverno ficas nua

Mas é no outono que começa a tua depilação.

 

A paisagem embelezas

Com todo o teu esplendor

És sinónimo de vida

É excelente o teu odor.

 

O teu corpo é firme

O teu cabelo é denso

Albergas pássaros nos teus braços,

Mesmo quando o seu chilrear se torna intenso.

 

Tens um corpo feminino

Nu e sem pudor

És um dom da natureza

Mereces o nosso respeito e amor. 

Poema manuscrito: Sentada no autocarro de Chaves com destino a Boticas, 18 de fevereiro de 2015, 8h33
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I
Worldly Poetry

Greening tree

Greening tree

Who saw you born?

With those long shoots

Where beautiful leaves will fit.

 

You give leaf and flower in spring

Of thee sprouts fruit in summer

In the winter, you stay naked

But it is in autumn that your waxing begins.

 

You beautify the landscape

With all your splendour

You are synonymous of life

Your scent is excellent.

 

Your body is firm

Your hair is dense

You hold birds in your arms,

Even when their chirping becomes intense.

 

You have a feminine body

Naked and unashamed

You are nature's gift

You deserve our respect and love.


Handwritten poem: Sitting on the bus of Chaves destination to Boticas,
on February 18, 20158 : 33 a.m.
In Costa, M.ª Leonor, Worldly Poetry. Vol. I
Nonô Poetry

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