Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)

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domingo, 18 de setembro de 2016

Haiku, Haikai , 俳句

Mar em tons de azul
Um vasto areal bege.
O sol está branco.

14 de agosto de 2016,
Sentada na praia de Cascais
escrito à mão
14h18



Sea in shades of blue
A vast sandy beige.
The sun is white.
August 14, 2016,
Sitting on the beach in Cascais
handwritten

2:18 p.m.

sábado, 17 de setembro de 2016

Até breve em vez de adeus / See you soon instead of goodbye

Até breve em vez de adeus
Pois não sabemos quando nos voltamos a ver
Amanhã talvez venhamos a nos encontrar
Se o destino assim quiser.

Até já, até amanhã e até breve
Adeus só se diz a quem não vamos rever
Na vida podemos nos voltar a cruzar
Sempre que nos apetecer.

A vida é feita de encontros e desencontros
Nem sempre fáceis de prever
Um até breve é uma porta aberta
Sempre pronta a receber.

Sentada no comboio da linha de Sintra
Escrito à mão
6 de setembro de 2016
8h36


See you soon instead of goodbye
We do not know when we turn to see
Tomorrow perhaps we will meet
If the destination so wishes.

Until now, until tomorrow and see you soon
Goodbye can only be said to who we will not review
In life we can turn to cross
Whenever we feel like it.

Life is made of meetings and disagreements
Not always easy to predict
A see you soon it is an open door
Always ready to receive.

Sitting in the Sintra line train
Handwritten
September 6, 2016

8:36 a.m.

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

O Karma deu-me tréguas / Karma gave me truce

O Karma deu-me tréguas
Aos poucos tudo se começou a compor
Mudança de pensamento
Trouxe à vida um novo sabor.

Depois de alguns anos para esquecer
Me despeço do azar
Tinha algumas lições para aprender
Para me conseguir libertar.

A vida começou-me a sorrir
O meu espaço tenho vindo a conquistar
Não temo o que está para vir
O melhor faço por alcançar.

A vida trocou-me as voltas
Não me deixei vencer
Juntei todas as pontas soltas
Nada mais tenho a temer.

Sentada na praia do Tamariz (Estoril)
Escrito à mão
3 de setembro de 2016
18h12



Karma gave me truce
Gradually everything began composing
Shift in thinking
Brought to life a new flavor.

After a few years to forget
I take leave of chance
I had some lessons to learn
To get me free.

Life got me to smile
My space I have been gaining
I do not fear what is to come
The best I do to reach.

Life changed me turns
I did not let me win
I gathered all the loose ends
I have nothing more to fear.

Sitting on the beach of Tamariz (Estoril)
Handwritten
September 3, 2016

6:12 p.m.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Já quase não há espaço na praia / Already there is almost no space on the beach

Já quase não há espaço na praia
O mar roubo-o à areia
O calor está intenso
A situação está longe de ficar feia.

A maré está cheia
É alta a ondulação
O mar expande-se
O calor corta a respiração.

As pessoas se amontoam
No areal que ainda resta
Poder passar tempo na praia
É uma sensação de festa.

A mente relaxa
O corpo descansa
O bom tempo ajuda
O espirito alegra-se e dança.

Sentada na praia do Tamariz (Estoril)
Escrito à mão
3 de setembro de 2016
17h29



Almost no room on the beach
The sea theft it to the sand
The heat is intense
The situation is far from being ugly.

The tide is high
It is high the ripple
The sea expands
The heat cuts the breath.

People huddle together
In the sand that remains
Able to spend time on the beach
It is a sense of celebration.

The mind relaxes
The body rests
Good weather helps
The spirit rejoices and dances.

Sitting on the beach of Tamariz (Estoril)
Handwritten
September 3, 2016

5:29 p.m.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Aprender a esperar / Learning to wait

Tudo chega no devido tempo
Assim como a renovação das estações
A paciência deve prevalecer
Para refrear as emoções.

A persistência é fundamental
É proibido desistir
A resiliência ajuda
Não nos deixa ruir.

Por vezes o tempo parece rápido
Outras parece não passar
Mas por fim tudo chega
É preciso aprender a esperar.

Sentada na praia do Tamariz (Estoril)
Escrito à mão
3 de setembro de 2016
17h23



Everything comes in due time
As well as the renewal of the seasons
Patience must prevail
For bridle the emotions.

Persistence is fundamental
It is forbidden to give up
Resilience helps
Do not let us fall.

Sometimes time seems fast
Other does not seem to pass
But finally everything comes
We must learn to wait.

Sitting on the beach of Tamariz (Estoril)
Handwritten
September 3, 2016

5:23 p.m.

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Sete horas de no sense / Seven hours of any sense

Sete horas de no sense
Em troca de dezassete horas com todo o sentido
Tempo difícil de passar
E que não pode ser compreendido.

Ordens sem fundamento
Uma enorme desorganização
Pessoas descontentes
Em constante competição.

O prazer em ajudar
Para manter a motivação
A alma só consegue sossegar
Quando o corpo passa o portão.

Todas as semanas o mesmo se repete
O fim-de-semana é uma compensação
São sete horas dificeis
Sem que para isso haja razão.

Sentada na praia do Tamariz (Estoril)
Escrito à mão
3 de setembro de 2016
17h03



Seven hours of any sense
In exchange for seventeen hours with all sense
Hard time of passing
And that can’t be understood.

Baseless orders
A huge clutter
Malcontents
In constant competition.

The pleasure in helping
To maintain motivation
The soul can only settle down
When the body goes through the gate.

Every week the same is repeated
The weekend is a compensation
It's seven o'clock of difficulty
Without for this there be a reason.

Sitting on the beach of Tamariz (Estoril)
Handwritten
September 3, 2016

5:03 p.m.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Finalmente o silêncio / Finally the silence

Finalmente o silêncio
Paz e tranquilidade
O cérebro respira
Uma sensação de liberdade.

O dia de trabalho terminou
A azafama e a desorganização
O fim-de-semana à porta
Serve de inspiração.

Finalmente o silêncio
Fecho os olhos e respiro fundo
Ouço música a meu gosto
O meu espaço é o mundo.

Equipo-me a rigor
Saio para caminhar
Organizo o pensamento
E encontro o meu lugar.

Sentada no comboio da linha de Sintra (Mercês)
Escrito à mão
2 de setembro de 2016
17h17


Finally the silence
Peace and tranquility
The brain breathes
A sense of freedom.

The working day ended
The bustle and disorganization
The weekend at the door
Serves as inspiration.

Finally the silence
I close my eyes and take a deep breath
I listen to music to my taste
My space is the world.

I dress rigorously
I go out to walk
I organize thoughts
And I find my place.

Sitting on the train from Sintra line (Mercês)
Handwritten
September 2, 2016

5:17 p.m.

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