Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)

Quem sou eu / Who am I

Traduzir / Translate

Pesquisar neste blogue

domingo, 17 de março de 2019

Haiku, Haikai, 俳句

Imagem retirada da Internet e manipulada com/ Image taken from the Internet and manipulated with: https://photomania.net/editor

selva de pedra
com pouca vegetação.
Céu nublado

Comboio (St.ª Cruz Damaia)
Haiku manuscrito,
4 de fevereiro de 2019
17h21

stone jungle
with little vegetation.
Cloudy sky

Train (St. ª Cruz Damaia)
Haiku manuscript,
February 4, 2019
5:21 p.m.


sábado, 16 de março de 2019

Quadras/ Quatrains: Nuvens laranja / Orange clouds

Imagem retirada da Internet e manipulada com/ Image taken from the Internet and manipulated with: https://photomania.net/editor

Nuvens laranja
No céu ao amanhecer
Novo dia, nova oportunidade
Para fazer acontecer.

Comboio (Monte Abraão),
Quadra manuscrita,
5 de fevereiro de 2019,
7h31

Orange clouds
In the sky at dawn
New day, new opportunity
To make it happen.

Train (Monte Abraão),
Manuscript quatrain,
February 5, 2019,
7:31 a.m.


sexta-feira, 15 de março de 2019

Diálogo entre poemas / Dialogue between poems: De Tarde / In the afternoon – Cesário Verde

Cesário Verde
Imagem retirada da Internet / Image taken from the Internet


À tarde (Nonô)

Sentados na esplanada
A saborear o momento
Sem fazer nada
Ganhando algum alento.

Observando quem passa
Para cima e para baixo
Sem fazer pirraça
Ao som do contrabaixo.

Bebidas frescas na mesa
Uns pratinhos de caracóis
Tempo passado com leveza
Para recordar depois.

Turistas vagueiam
Descontraidamente no chiado
Petiscos que se saboreiam
Com delicadeza e cuidado.

Comboio (Queluz)
Poema manuscrito,
4 de março de 2019
17h18
***
De Tarde (Cesário Verde – 1855-1886)

Naquele «pic-nic» de burguesas,
Houve uma coisa simplesmente bela,
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.

Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzoal azul de grão-de-bico
Um ramalhete rubro de papoulas.

Pouco depois, em cima duns penhascos,
Nós acampámos, inda o sol se via;
E houve talhadas de melão, damascos,
E pão de ló molhado em malvasia.

Mas, todo púrpuro, a sair da renda
Dos teus dois seios como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro das papoulas.

***

In the afternoon (Nonô)

Seated on the terrace
To savor the moment
Nothing to do
Gaining some breath.

Observing who passes
Up and down
Without making prank
To the sound of the double bass.

Fresh drinks on the table
Some snail plates
Time spent lightly
To remember later.

Tourists roam
Chillingly relaxed
Snacks that taste
Gently and carefully.

Train (Queluz)
Handwritten poem,
March 4, 2019
5:18 p.m.

***

Afternoon (Green Cesario - 1855-1886)

In that "picnic" of bourgeois,
There was something simply beautiful,
And that, without having history or greatness,
In any case, It would give a watercolor.

It was when you, descending from the donkey,
You were spoonful, without foolish pretensions,
To a blue granzoal of chickpeas
A red bouquet of poppies.

A little later, on top of some cliffs,
We camped, but the sun did not look;
And there were carvings of melon, apricots,
And wet bread in malvasia.

But, all purple, out of income
From thy two breasts like two turtledoves,
It was the supreme charm of the meal
The red bouquet of poppies.

quinta-feira, 14 de março de 2019

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - Dado adquirido / Given acquired

Imagem retirada da Internet e manipulada com/ Image taken from the Internet and manipulated with: https://photomania.net/editor

Dado adquirido
Sem luta nem esforço,
Tomado como garantido,

De certezas embrulhado,
Ignorado e esquecido
Muitas vezes abandonado.

Frequentemente arrependido
Envolto no seu triste fado
De outrora apetecido.

Destroçado e cansado
Decide mudar
Deixa de ser encontrado
Por quem pensava que o iria encontrar.

Subitamente deixa de comparecer
Segue um outro rumo
O tempo tudo faz esquecer
Diluindo tudo a fumo…

Comboio (St.ª Cruz Damaia)
Poema manuscrito,
14 de fevereiro de 2019
7h41

Given acquired
Without struggle or effort,
Taken for granted,

Of certainties wrapped,
Ignored and forgotten
Often abandoned.

Often sorry
Wrapped in your sad fate
Once upon a time.

Shattered and tired
Decide to change
No longer found
By whom thought that would find.

Suddenly stops appearing
Follow another direction
Time makes everything forget
Diluting everything to smoke ...

Train (St.ª Cruz Damaia)
Handwritten poem,
February 14, 2019
7:41 a.m.


quarta-feira, 13 de março de 2019

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - Vida madrasta / Stepmother life

Imagem retirada da Internet / Image taken from the Internet

Vida madrasta
com duros maus tratos
reprime e desgasta.

Com requintes de malvadez
facilmente destrói
tudo aquilo que se fez.

Empurra e desconstrói,
transforma, modifica,
por vezes dói e corrói.

Cinicamente dá-nos alento
incentiva o caminho em frente
buracos esperam o mais desatento.

Insensível e cruel
faz-nos endurecer e crescer.
Velha azeda com muito fel.

Filhos de outra mãe
De um tempo esquecido.
Sentes isto também?

Comboio (Barcarena)
Poema manuscrito,
14 de fevereiro de 2019
7h29

Stepmother life
with severe ill-treatment
represses and wears.

With exquisiteness of wickedness
easily destroys
everything that has been done.

It pushes and deconstructs,
transforms, modifies,
sometimes it hurts and corrodes.

Cynically gives us breath
encourages the way forward
holes await the most inattentive.

Insensitive and cruel
makes us stiffen and grow.
Old sour with lots of gall.

Children of another mother
Of a forgotten time.
Do you feel this too?

Train (Barcarena)
Handwritten poem,
February 14, 2019
7:29 a.m.


terça-feira, 12 de março de 2019

Poesias Mundanas / Worldly poetry - Olha ali ao fundo / Look there in the background

Imagem retirada da Internet e manipulada com/ Image taken from the Internet and manipulated with: https://photomania.net/editor


Olha ali ao fundo
O sol já espreita
Boas energias
Que o corpo bem aceita.

Olha mais á frente
Para a linha do horizonte
Não te deixes dispersar
Estabelece a tua ponte.

Olha, define bem a tua visão
Caminha sem medos
Alcança o inalcançável
Com o teu corpo e dedos.

Não te deixes deter
Por todos os que desacreditam
Vai até ao fundo
Não permitas que te mintam.

Comboio (Túnel do Rossio)
Poema manuscrito,
12 de fevereiro de 2019
7h51

Look there in the background
The sun is already lurking
Good energies
That the body accepts well.

Look ahead
For the horizon line
Do not let yourself be dispersed
Establish your bridge.

Look, define your vision well.
Walk without fears
Reaches unreachable
With your body and fingers.

Do not let yourself be deterred
For all who discredit
Go to the bottom
Do not let them lie to you.

Train (Rossio Tunnel)
Handwritten poem,
February 12, 2019
7:51 a.m.


segunda-feira, 11 de março de 2019

Poesias Mundanas / Worldly poetry - Separando as águas / Separating the waters

Imagem retirada da Internet e manipulada com/ Image taken from the Internet and manipulated with: https://photomania.net/editor


Separando as águas
Estabelecendo os limites
Áreas da vida segmentadas
Sem te preocupares com o que transmites.

Relaxa, confia…
Desliga se precisares
Os dias passam a correr
Trazem novos ares.

Outros projetos
Outras metas
Oportunidades sempre à espreita
Onde não te comprometas.

Segue firme
Na ribalta, ou nos beirais
Cada personagem que assumes
Tornam experiências reais.

Comboio (Campolide)
Poema manuscrito,
12 de fevereiro de 2019
7h44

Separating the waters
Setting the limits
Segmented areas of life
Without worrying about what you transmit.

Relax, trust ...
Turn it off if you need
The days start to run
They bring new air.

Other projects
Other goals
Opportunities always lurking
Where you do not compromise.

Stay firm
In the limelight, or in the eaves
Each character you assume
They make real experiences.

Train (Campolide)
Handwritten poem,
February 12, 2019
7:44 a.m.


Contactar com a Nonô / Get in touch with Nonô

Nome

Email *

Mensagem *

Anchor Spotify

Arquivo Do Blogue / Blog Archive