Fútil
Milhões de pessoas a morrer
Outras tantas a viver em parcas condições
Há quem nem água tenha para beber
E há quem sofra tremendas provações.
E tu choras porque perdeste o amor?
Não queres comer a refeição
Porque não te deram o último computador
Porque sentes que te dói o coração.
Para de ser fútil
Observa o mundo à tua volta
Torna-te útil
Assim a tua postura me revolta.
Sentada na gare dos comboios de Mem-Martins, escrito à mão,
22 de outubro de 2015, 8h36
In Costa, M.ª Leonor. Catarse das
Palavras. Vol. I
Futile
Millions of people
dying
Many others living in
scarce conditions
Some people don't even
have water to drink
And there are those
who suffer tremendous trials.
And you cry because
you lost love?
You don't want to eat
the meal
Because they didn't
give you the last computer
Because you feel your
heart hurts.
Stop being futile
Observe the world
around you
Make yourself useful
So your posture
revolts me.
Sitting at the station
of Mem-Martins trains, Handwritten,
on October 22, 2015, 8:36
a.m.
In Costa, M.ª Leonor. Catharsis of
Words. Vol. I