Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô
(Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)
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domingo, 31 de julho de 2016
sábado, 30 de julho de 2016
Leio nas entrelinhas / I read between the lines
Leio nas
entrelinhas
Aquilo que
não queres dizer
Vejo no
teu corpo e olhos
Mais do
que queres dar a perceber.
Apanho
tudo no ar
Não
consigo ficar indiferente
É me
impossível evitar
O que a
minha razão sente.
Às vezes
preferia não ver
Nem sempre
gosto de captar
Certas coisas
me magoam
Não consigo
disfarçar.
Demasiado
perspicaz
Para um
mundo sempre em convulsão
Prefiro procurar
a paz
Tranquilizar
o meu coração.
Sentada no comboio da linha de Sintra
6 de julho de 2016
escrito à
mão
17h25
I read between the lines
What you do not want to say
I see in your body and eyes
More than you want to give notice.
I catch it in the air
I can’t remain indifferent
It is impossible for me to avoid
What my reason feels.
Sometimes I rather not see
Not always I like to capture
Certain things hurt me
I can’t disguise.
Too much insightful
For a world always convulsing
I prefer to seek peace
Reassure my heart.
Sitting in the Sintra line train
July 6, 2016
handwritten
5:25 p.m.
sexta-feira, 29 de julho de 2016
Espero que não fiques ofendido / I hope you do not be offended
Sou uma
brincalhona
Ai como
adoro brincar
Alegre e
bem disposta
O ambiente
adoro animar.
Não faço
por ferir susceptibilidades
Não gozo
com ninguém
Só gosto
de rir
E fazer
rir também.
Gosto de brincar
e rir
Com as
pessoas e na sua companhia
Não me
atrevo a gozar com ninguém
Acho isso
uma cobardia.
O meu
sentido de humor
Nem sempre
é bem entendido
Mas contínuo
sempre a brincar
Só espero
que não fiques ofendido.
Sentada no comboio da linha de Sintra
6 de julho de 2016
escrito à
mão
8h45
I'm a playful
Oh how I love to play
Cheerful and willing
The environment I love to animate.
I do not for hurting susceptibilities
No joy with anyone
I just like to laugh
And make laugh too.
I like to joke and laugh
With people and their company
I dare not poke fun at anyone
I think this is cowardice.
My sense of humor
It is not always well understood
But I still always playing
I hope you do not be offended.
Sitting in the Sintra line train
July 6, 2016
handwritten
8:45 a.m.
quinta-feira, 28 de julho de 2016
Sou uma ostra fechada / I'm a closed oyster
Sou uma ostra
fechada
Com uma
pérola escondida no meio
Quem me
conseguirá abrir?
Quem se
atreve a ser o primeiro?
Sou um
tesouro
Difícil de
descobrir
Há uma
mapa para me encontrar
As suas
pistas tens de seguir.
Sou um
diamante em bruto
À espera
de quem me conseguir burilar
Uma pedra
preciosa
Rara de
encontrar.
Sou um
sonho
Tornado realidade
Só conseguirei
ser
De quem me
amar de verdade.
Sentada na gare dos comboios de Mem-Martins
6 de julho de 2016
escrito à
mão
8h39
I'm a closed oyster
With a hidden pearl in the middle
Who will get me open?
Who dares to be the first?
I am a treasure
Hard to find
There is a map to find me
Its lanes you must follow.
I am a diamond in the rough
Waiting for those who get me hone
A precious stone
Rare to find.
I am a dream
come true
I only will be able to be
Of whom love me really.
Sitting in the station of Mem-Martins trains
July 6, 2016
handwritten
8:39 a.m.
quarta-feira, 27 de julho de 2016
Sou uma borboleta / I'm a butterfly
Sou uma
borboleta
Não é da
minha natureza ficar
Nem permanecer
muito tempo
No mesmo
lugar.
A vida é
curta
Eu gosto
de aproveitar
Adoro ler
e aprender
Sonho em
viajar.
O meu
poiso
É em
qualquer lugar
Voo muito facilmente
Sem me
cansar.
Por favor
te peço
Não tentes
me agarrar
Dá-me
liberdade
Preciso
dela para voar.
Sentada no comboio da linha de Sintra
5 de julho de 2016
escrito à
mão
17h47
I'm a butterfly
It's not my nature to stay
Not long remain
In the same place.
Life is short
I like to enjoy it
I love to read and learn
I dream of traveling.
My resting place
It is anywhere
I fly very easily
Without fail me.
Please I ask you
Do not try to grab me
Give me freedom
I need it to fly.
Sitting in the Sintra line train
July 5, 2016
handwritten
5:47 p.m.
terça-feira, 26 de julho de 2016
Para um poeta escrever / For a poet writing
Para um
poeta escrever
Tem de
primeiro viver
Parar para
conhecer
O mundo à
volta precisa de absorver.
Tem de ver
mais além
Falar do
que não lembra a ninguém
Sentir que
é alguém
Não ficar
aquem.
Um poeta
tem de observar
Utilizar as
palavras para dialogar
Saber refletir
e pensar
Ser amado
e amar.
Sentada no comboio da linha de Sintra
4 de julho de 2016
escrito à
mão
8h36
For a poet write
He must first live
Stop to know
The world around he needs to absorb.
He must see beyond
Talking about what does not remember anyone
Feel that he is someone
Do not fall short.
A poet has to observe
Use the words to talk
Knowing to reflect and think
To be loved and to love.
Sitting in the Sintra line train
July 4, 2016
handwritten
8:36 a.m.
segunda-feira, 25 de julho de 2016
O milagre dos nascimento / The miracle of birth
O milagre
do nascimento
E a
inevitabilidade da morte
São a
condição humana
Jogando a
sua sorte.
Todos
nascemos
E por
algum tempo cá andamos
Sem data
prevista para partirmos
Esta terra
abandonamos.
Não somos
eternos
Mesmo a
duvidar
Somos efêmeros
Neste estranho
lugar.
Nascidos
de um milagre
Deixados à
nossa sorte
Temos um
caminho
Mantendo nos
forte.
Sentada na praia em Cascais
3 de julho de 2016
escrito à
mão
15h37
The miracle of birth
And the inevitability of death
They are the human condition
Playing is luck.
We all born
And for some time we walk here
No date for leave
This land to abandon.
We are not eternal
Even we doubt
We are ephemeral
In this strange place.
Born of a miracle
Left to our fate
We have in a way
Keeping us strong.
Sitting on the beach in Cascais
July 3, 2016
handwritten
3:37 p.m.
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