Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)

Quem sou eu / Who am I

Traduzir / Translate

Pesquisar neste blogue

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - À luz do tempo / In light of time

À luz do tempo
À luz do tempo
Tudo se torna mais claro
Os horizontes se alargam
Com o erro me deparo.

As ideias se aclaram
Tudo se torna óbvio
Vidas que se cruzaram
Se descruzam com um pequeno desvio.

Aprendizagens necessárias
Para que tudo faça sentido
Escolhas várias
Tudo agora se torna tão nítido.

À luz do tempo
E de tudo aquilo que aconteceu
Não foi um passatempo
Foi uma missão do céu.

Sentada na secretária no meu quarto em Mem-Martins, escrito à mão,
22 de outubro de 2015, 22h58
In Costa, M.ª Leonor. Catarse das Palavras. Vol. I
Catharsis of Words

In light of time
In light of time
Everything becomes clearer
The horizons widen
With the mistake I come across.

The ideas are clarified
Everything becomes obvious
Lives that intersected
They fail to come across with a little detour.

Necessary learning
So that everything makes sense
Various choices
Now everything becomes so clear.

In light of time
And all that happened
It was not a hobby
It was a mission from heaven.

Sitting at the desk in my room Mem-Martins, Handwritten,
on October 22, 2015, 10:58 p.m.
In Costa, M.ª Leonor. Catharsis of Words. Vol. I
Nonô Poetry

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - Sair da zona de conforto / Get out of the comfort zone

Sair da zona de conforto
Fazer todos os dias o mesmo caminho,
As mesmas tarefas e ações,
Pode ser um percurso alinhadinho,
Mas com poucas emoções.

Ousar fazer diferente
Conseguir mudar
Uma atitude irreverente
De quem não tem medo de arriscar.

Sair da zona de conforto
Agarrando qualquer janela de oportunidade
Traz à vida um novo gosto
Assim é que é viver de verdade.

Sentada na gare dos comboios de Mem-Martins, escrito à mão,
22 de outubro de 2015, 8h41
In Costa, M.ª Leonor. Catarse das Palavras. Vol. I
Catharsis of Words
Get out of the comfort zone
Do the same way every day,
The same tasks and actions,
It can be a straight path,
But with few emotions.

Dare to do it differently
Getting change
An irreverent attitude
Of those who are not afraid to take chances.

Get out of the comfort zone
Grabbing any window of opportunity
Brings a new taste to life
That's what it's like to live for real.

Sitting at the station of Mem-Martins trains, Handwritten,
on October 22, 2015, 8:41 a.m.
In Costa, M.ª Leonor. Catharsis of Words. Vol. I
Nonô Poetry

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - Na linha da frente / On the frontline

Na linha da frente
Na linha da frente
Com a caneta em punho
És na escrita irreverente
Tens o teu próprio cunho.

Escreves as tuas ideias
E os teus pensamentos.
Encadeias palavras como teias
Falas de conquistas e desalentos.

As tuas reflexões são assim expostas
São momentos, ideias e valores
Na escrita apostas
Sem medos, nem pudores.

Na linha da frente
Escreves o teu viver
O teu interpretar e o teu entender
Com uma visão de futuro expões o teu modo de ver.

Sentada na mesa da cozinha, escrito à mão,
22 de outubro de 2015, 8h14
In Costa, M.ª Leonor. Catarse das Palavras. Vol. I
Catharsis of Words
On the frontline
On the frontline
With pen in hand
You are in irreverent writing
You have your own stamp.

You write your ideas
And your thoughts.
Chaining words like webs
You speak of conquests and discouragements.

Your reflections are thus exposed
They are moments, ideas, and values
In writing you bet
Without fears or modesty.

On the front line
You write your life
Your interpret and your understanding
With a vision of the future, you expose your way of seeing.

Sitting at the kitchen table, Handwritten,
on October 22, 2015, 8:14 a.m.,
In Costa, M.ª Leonor. Catharsis of Words. Vol. I
Nonô Poetry

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - Fútil / Futile

Fútil
Milhões de pessoas a morrer
Outras tantas a viver em parcas condições
Há quem nem água tenha para beber
E há quem sofra tremendas provações.

E tu choras porque perdeste o amor?
Não queres comer a refeição
Porque não te deram o último computador
Porque sentes que te dói o coração.

Para de ser fútil
Observa o mundo à tua volta
Torna-te útil
Assim a tua postura me revolta.

Sentada na gare dos comboios de Mem-Martins, escrito à mão,
22 de outubro de 2015, 8h36
In Costa, M.ª Leonor. Catarse das Palavras. Vol. I
Catharsis of Words
Futile
Millions of people dying
Many others living in scarce conditions
Some people don't even have water to drink
And there are those who suffer tremendous trials.

And you cry because you lost love?
You don't want to eat the meal
Because they didn't give you the last computer
Because you feel your heart hurts.

Stop being futile
Observe the world around you
Make yourself useful
So your posture revolts me.

Sitting at the station of Mem-Martins trains, Handwritten,
on October 22, 2015, 8:36 a.m.
In Costa, M.ª Leonor. Catharsis of Words. Vol. I
Nonô Poetry

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - Não precisa de me falar assim / No need to talk to me like that

Não precisa de me falar assim
Não precisa de me falar assim
Eu mereço o seu respeito
Sou um ser humano
Também sinto dores no peito.

Estou aqui para ajudar
Só quero o seu melhor
Não precisa de me culpar
Pelo que lhe correu pior.

Agressividade gera agressividade
Não soluciona nenhum problema
Eu utilizo a assertividade
E ajudar é o meu lema.

Repense as suas atitudes
Eu vou procurar desculpar
Por favor, não seja rude
E ponha-se no meu lugar.

Sentada no comboio da linha de Sintra (Rio de Mouro), escrito à mão,
21 de outubro de 2015, 8h45
In Costa, M.ª Leonor. Catarse das Palavras. Vol. I
Catharsis of Words
No need to talk to me like that
No need to talk to me like that
I deserve your respect
I am a human being
I also feel chest pain.

I'm here to help
I just want your best
No need to blame me
For what ran you worse.

Aggressiveness generates aggressiveness
Does not solve any problems
I use assertiveness
And help is my motto.

Rethink your attitudes
I will seek to excuse
Please do not be rude
And put yourself in my place.

Sitting on the train from Sintra line (Rio de Mouro), Handwritten,
on October 21, 2015, 8:45 a.m.
In Costa, M.ª Leonor. Catharsis of Words. Vol. I
Nonô Poetry

domingo, 15 de novembro de 2015

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - Sem "stress" / Without stress

Sem "stress"

Sem stress

Com muita calma

A um ritmo suave e lento

Tranquilizando a alma.

 

Sem rebuliços

Correrias e turbilhões

A um ritmo próprio

Evitando agitações.

 

Respeitando os nossos limites

Cumprindo as obrigações

Sem ter de mandar um grito

Para despertar multidões.

 

Mantendo a paz

Sem perturbações

Sem ir atrás dos outros

E das suas convulsões.

Escrito à mão: Sentada na gare dos comboios em Mem-Martins,
21 de outubro de 2015, 8h38
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I
Worldly Poetry
Without stress

Without stress

Very calmly

At a gentle, slow pace

Reassuring the soul.

 

Without tumults

Rushes and whirls

At a proper rhythm

Avoiding agitation.

 

Respecting our limits

Fulfilling the obligations

Without having to send a shout

To awaken crowds.

 

Keeping the peace

Undisturbed

Without going after others

And their upheavals.
Handwritten: Sitting on the train platform in Mem-Martins,
 on October 21, 2015, 8:38 a.m.
In Costa, M.ª Leonor, Worldly Poetry. Vol I
Nonô Poetry

sábado, 14 de novembro de 2015

Autopsicografia / Autopsychography

Para que não haja más interpretações sobre os meus poemas e sobre aquilo que escrevo, cito hoje um poema de um conterrâneo meu Fernando Pessoa. Ambos nascemos na freguesia de Mártires, em Lisboa, mas em épocas diferentes e frequentemente revejo a minha criação poética neste seu poema.

To avoid misinterpretations about my poems and about what I write today I quote a poem of my countryman Fernando Pessoa. We both were born in the parish of Mártires (Martyrs) in Lisbon, but at different times and often I review my poetic creation in this his poem.

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Fernando Pessoa

A minha tradução livre / My free translation:

The poet is a pretender.
Pretends so completely
That reaches to pretend it's pain
The pain that he really feels.
And those who read what he writes,
In reading pain feel good,
Not the two he had,
But that which they have not.
And so the wheel rails
Rotate, to entertain the reason,
This rope train
Called heart.
 Nonô Poetry

Contactar com a Nonô / Get in touch with Nonô

Nome

Email *

Mensagem *

Anchor Spotify

Arquivo Do Blogue / Blog Archive