Escolhi
acreditar
Nas mentiras
que me contavas
Pediste
uma tábua de salvação
Enquanto me
empurravas.
Fizeste a
mim
Aquilo que
me pediste para não fazer contigo.
Afinal em
que ficamos
Onde anda
o tal amigo?
Vives de
aparências
O que tens
para me dizer que eu já não saiba
Manipulas o
teu mundo
Finges com
quem nele caiba.
Seja como
for
Hoje já
não sou tua namorada
Numa sociedade
cada vez mais dividida
Hoje somos
tudo, amanhã não somos nada.
Sentada no comboio da linha de Sintra (Entrecampos)
Poema manuscrito,
25 de outubro
de 2018
8h44
I chose to believe
In the lies you told me
You asked for a lifeline.
While you were pushing me.
You made me
What you asked me not to do with you.
After all in which we stayed
Where's the friend?
You live by appearances
What do you have to tell me that I do not already know
You manipulate your world
You pretend with whom it may fit.
Anyway
I'm not your girlfriend today
In an increasingly divided society
Today we are everything, tomorrow we are nothing.
Sitting on the train
line Sintra (Entrecampos)
Handwritten poem,
October 25, 2018
8:24 a.m.