Uma luz ao fundo do túnel
Procuro vislumbrar
Nos dias escuros e cinzentos
Torna-se difícil imaginar.
Uma esperança longínqua
Impossível de alcançar
Um sinal divino
De que tudo pode melhorar.
A dádiva de um sonho
Pelo qual queremos lutar
Os percalços e desilusões
Que surgem no seu lugar.
A fé em alguma coisa
Nem sempre fácil de acreditar
O desconforto e desalento
Quando tudo parece falhar.
Uma luz bem lá no fundo
A qualquer momento pode surgir
A fé tem de ser cega
Para não se sucumbir.
Estação de Comboios da linha de Sintra (Sentido Lisboa)
no dia 21 de abril de 2016,
escrito à
mão
8h36
A light at the end of the tunnel
I try to envision
In the dark and gray days
It is hard to imagine.
A distant hope
Impossible to achieve
A divine sign
That everything can improve.
The gift of a dream
By which we fight
Mishaps and disappointments
That arise in its place.
Faith in something
Not always easy to believe
The discomfort and despondency
When everything seems to fail.
A light deep inside
At any time may come
Faith must be blind
In order not to succumb.
Train station of Sintra line (direction Lisbon)
on April 21, 2016,
handwritten
8:36 a.m.