PT: Olá! Sou poetisa eclética e impressionista, autora de 6 livros individuais e participante em 60 obras coletivas. Este espaço é o palco da minha criatividade. Aqui, Poemas, Quadras, Haikus e Contos ganham vida. Dou voz aos meus versos em eventos e rádios, enquanto construo uma comunidade de Amigos da Nonô. Sou júri em concursos e adoro contar-te 'estórias'. Junta-te a mim e sente a escrita em detalhe.
Hello! I am an eclectic and impressionistic poetess, author of 6 individual books and contributor to 60 collective works. This space is the stage for my creativity. Here, Poems, Quatrains, Haikus, and Short Stories come alive. I give voice to my verses at events and on the radio, while building a community of Nonô's Friends. I serve as a contest judge and love telling you 'stories'. Join me and feel the writing in detail.

domingo, 31 de maio de 2015

Amores Platónicos / Platonic Loves - Seguir o rumo do meu coração / Follow the path of my heart

Seguir o rumo do meu coração
Não chores mais por mim,
Nem mais uma lágrima,
Não gosto de te ver assim
Numa autêntica lástima.

Já não quero conversar
Sobre tudo o que se passou.
No amor não consigo acreditar,
Pois, foi um sentimento que me abandonou.

É triste chegar ao fim
Difícil tomar uma decisão
Tenho de passar a ser fiel a mim
E seguir o rumo do meu coração.

No autocarro rumo a Boticas, Poema manuscrito,
26 de maio de 2015, 8h33
In Costa, M.ª Leonor. Amores Platónicos. Vol. I
Nonô Poetry
Follow the path of my heart
Weep no more for me,
Not another tear,
I don’t like to see you so
In a real shame.

I, no longer want to talk
About everything that happened.
On love, I can’t believe
Because it is a feeling that left me.

It is sad to reach the end
Difficult to take a decision
I have to move to be true to me

And follow the path of my heart.
On the bus towards Boticas, Handwritten poem,
on May 26, 2015, 8:33 a.m.
In Costa, M.ª Leonor. Platonic Loves. Vol. I
Nonô Poetry

sábado, 30 de maio de 2015

Catarse das Palavras: "Recompor um coração desfeito" / Catharsis of Words: "To Put a Broken Heart Back Together"

PT: Recompor um coração desfeito

 

Já não te posso dar esperanças

porque em ti não consigo acreditar.

Foi longo o percurso,

já não te sei amar.

 

Foram muitos desencontros,

muitas lágrimas deitadas em vão.

Ficou a tristeza

e um enorme vazio no coração.

 

É tempo de seguir em frente,

de desfazer um erro feito,

de lamber as fundas feridas

e recompor um coração desfeito.

 

Poema manuscrito: No autocarro rumo a Boticas,

26 de maio de 2015, 8h26

In Costa, M.ª Leonor. Catarse das Palavras. Vol. I
Catharsis of Words

EN: To Put a Broken Heart Back Together

 

I can no longer give you hope

because I can't believe in you.

The path was long;

I no longer know how to love you.

 

There were many misunderstandings,

many tears shed in vain.

Sadness remained

and a huge emptiness in my heart.

 

It is time to move forward,

to undo a mistake that was made,

to lick the deep wounds

and put a broken heart back together.

 

Handwritten poem: On the bus to Boticas, May 26, 2015, 8:26 a.m.

In Costa, M.ª Leonor. Catharsis of Words. Vol. I
Nonô Poetry


Nota: Este artigo foi revisto e atualizado no dia 09/10/2025.

Note: This article was revised and updated on October 9, 2025.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Catarse das Palavras: "Agora estou a sofrer" / Catharsis of Words: "Now I Am Hurting"

PT: Agora estou a sofrer

 

Já não sei porque vim parar aqui;

sinto que tinha uma missão.

Os deuses brincaram comigo,

fizeram-me seguir a intuição.

 

Agora o tempo terminou,

a missão foi cumprida.

O mundo avançou,

e preciso seguir a minha vida.

 

Uma decisão enorme,

difícil de tomar.

Pensei que o futuro seria aqui,

e agora estou-me a mudar.

 

Não fui correspondida

nem me fiz entender.

Fui forte e destemida,

mas agora estou a sofrer.

 

Poema manuscrito: No autocarro rumo a Boticas,

26 de maio de 2015, 8h52

In Costa, M.ª Leonor. Catarse das Palavras. Vol. I
Catharsis of Words

EN: Now I Am Hurting

 

I don't know why I ended up here;

I feel like I had a mission.

The gods played a trick on me;

they made me follow my intuition.

 

Now the time has run out;

the mission has been accomplished.

The world has moved on,

and I need to get on with my life.

 

A huge decision,

difficult to make.

I thought my future would be here,

and now I'm leaving.

 

I wasn't loved in return,

nor could I make myself understood.

I was strong and fearless,

but now I am hurting.

 

Handwritten poem: On the bus to Boticas, May 26, 2015, 8:52 a.m.

In Costa, M.ª Leonor. Catharsis of Words. Vol. I
 Nonô Poetry

Nota: Este artigo foi revisto e atualizado no dia 09/10/2025.

Note: This article was revised and updated on October 9, 2025.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Catarse das Palavras: "O coração ficou adormecido" / Catharsis of Words: "The Heart Fell Asleep"

PT: O coração ficou adormecido

 

Sinto um enorme cansaço;

há dois meses que não durmo em condições.

Tenho uma pesada tristeza

e no peito muitas desilusões.

 

Mais um capítulo assim termina

na minha já longa vida,

com a alma doente e entorpecida

e uma profunda ferida.

 

Chegando quase aos 40

e perante uma encruzilhada,

vi-me forçada a decidir

entre agir e não fazer nada.

 

Arrisco novamente,

parto em busca do desconhecido.

Aqui ninguém sai triunfante,

e o meu coração ficou adormecido.

 

Poema manuscrito: No autocarro rumo a Boticas,

26 de maio de 2015, 8h43

In Costa, M.ª Leonor. Catarse das Palavras. Vol. I
Catharsis of Words

EN: The Heart Fell Asleep

 

I feel an enormous weariness;

I haven't been sleeping well for two months.

I have a heavy sadness

and many disappointments in my chest.

 

Another chapter ends like this

in my already long life,

with a soul that is sick and numb

and a deep wound.

 

Approaching 40

and faced with a crossroads,

I was forced to decide

between acting and doing nothing.

 

I'll take a chance again;

I'll leave in search of the unknown.

No one comes out triumphant here,

and my heart fell asleep.

 

Handwritten poem: On the bus to Boticas, May 26, 2015, 8:43 a.m.

In Costa, M.ª Leonor. Catharsis of Words. Vol. I
Nonô Poetry



Nota: Este artigo foi revisto e atualizado no dia 09/10/2025.

Note: This article was revised and updated on October 9, 2025.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Catarse das Palavras: "Apanhei o buquê da noiva" / Catharsis of Words: "I Caught the Bride's Bouquet"

PT: Apanhei o buquê da noiva

 

Apanhei o buquê da noiva;

deve ter sido um acidente.

Ela atirou-o para trás das costas,

e eu agarrei-o de repente.

 

Para mim, foi uma brincadeira,

pois nunca quis casar.

Efeito do azar ou da sorte,

agora estou-me a separar.

 

Era um buquê moderno,

simples e singelo.

Tinha rosas brancas;

tornou-se agora símbolo de um flagelo.

 

No próximo casamento a que eu assistir,

já sei o que devo evitar.

Não volto a recolher o buquê,

nem a sério, nem a brincar.

 

Poema manuscrito: Sentada na minha cama, no quarto cor-de-rosa, da minha casa em Chaves, 22 de maio de 2015, 6h18

In Costa, M.ª Leonor. Catarse das Palavras. Vol. I
Catharsis of Words

EN: I Caught the Bride's Bouquet

 

I caught the bride's bouquet;

it must have been an accident.

She threw it over her shoulder,

and I grabbed it all of a sudden.

 

To me, it was a joke,

since I never wanted to get married.

A result of bad luck or good luck,

now I'm separating.

 

It was a modern bouquet,

simple and unadorned.

It had white roses;

it has now become a symbol of a curse.

 

At the next wedding I attend,

I already know what I should avoid.

I won't catch the bouquet again,

not seriously, not even as a joke.

 

Handwritten poem: Sitting on my bed, the pink-colored bedroom of my house in Chaves, May 22, 2015, 6:18 a.m.

In Costa, M.ª Leonor. Catharsis of Words. Vol. I
Nonô Poetry



Nota: Este artigo foi revisto e atualizado no dia 09/10/2025.

Note: This article was revised and updated on October 9, 2025.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - As mães são eternas / Mothers are eternal

As mães são eternas 

Nenhum filho está preparado

Para perder a sua mãe,

Um ser humano doce

Insubstituível por ninguém.

 

As mães são imortais

Continuam vivas nos nossos corações

Seres humanos emocionais

São elas, a base das nossas educações.

 

Elas nunca morrem

Não podem morrer

A perda de uma mãe

Faz o seu filho sofrer.

 

Para cada um de nós

Elas são meigas e ternas

Elas são fundamentais

As nossas mães são eternas.

Poema manuscrito: Sentada na minha cama, no quarto cor-de-rosa, da minha casa em Chaves, 22 de maio de 2015, 5h58
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I
Worldly Poetry
Mothers are eternal

No son is prepared

To lose his mother,

A sweet human being

Irreplaceable by anyone.

 

Mothers are immortal

Still alive in our hearts

Emotional human beings

They are the basis of our educations.

 

They never die

They can't die

The loss of a mother

Makes her child suffer.

 

For each one of us

They are gentle and tender

They are fundamental

Our mothers are eternal.

Handwritten poem: Sitting on my bed, the color pink bedroom of my house in Chaves, on May 22, 2015, 5:58 a.m.
In Costa, M.ª Leonor, Worldly Poetry. Vol. I
Nonô Poetry

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - Espírito livre / Free spirit

Espírito livre

Sou um espírito livre

Com muita vontade de voar.

Mal sinto as asas presas,

Tenho necessidade de me libertar.

 

À minha passagem deixo marcas

Os outros eu gosto de ajudar.

Aquilo que colho na partida

Predispus-me a semear.

 

Não preciso de agradecimentos

Tudo o que faço é do coração

Dou, de mim, sem querer, em troca,

Apenas desejo compreensão.

 

Tenta não me prender

Não gosto dessa sensação

Respeita a minha liberdade

Dela colho inspiração.

 

A vida é desprendida

E assim deve continuar a ser

Está na hora da despedida

Mesmo que não consigas compreender.

Poema escrito no computador: Sentada à secretária em Boticas
21 de maio de 2015, 11h00
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I
Worldly Poetry
Free spirit

I am a free spirit

With a great desire to fly.

I barely feel my wings stuck,

I need to break loose.

 

In my passage I leave a mark

Others I like to help.

What I reap in departure

I predispose myself to sow.

 

I need no thanks

Everything I do is from the heart

I give, of myself, without wanting, in return,

I only wish for understanding.

 

Try not to hold me

I don't like this feeling

Respect my freedom

From it I draw inspiration.

 

Life is detached

And so, it should remain

It's time to say goodbye

Even if you can't understand.

Poem written on the computer: Sitting at a desk in Boticas,
on May 21, 2015, 11:00 am
In Costa, M.ª Leonor, Worldly poetry. Vol. I
Nonô Poetry