Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)

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terça-feira, 28 de junho de 2016

Canta uma melodia qualquer / Sings any tune

Canta uma melodia qualquer
Desde que seja animada
Entoa o teu próprio cântico
Quando a barra ficar pesada.

Ouve apenas o importante
O resto a música ajuda a disfarçar
Deixa o outro deitar para fora
Ele precisa falar.

Baixa o volume dentro de ti
Se não o consegues fazer por fora
Cria o teu próprio som
Ele te ajuda a passar a hora.

Agualva,
16 de junho de 2016
escrito à mão
12h31


Sings any tune
Since it is lively
Intones your own song
When the bar getting heavy.

Hear only the important
The rest of the music helps disguise
Let the other lay down out
He needs to talk.

Lower the volume inside you
If not you can do it out
Create your own sound
It helps you pass the time.

Agualva,
June 16, 2016
handwritten

12:31 p.m.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

A vida é um circo / Life is a circus

A  vida  é um circo
Nela sou uma palhaço
Faço rir a audiência
Mesmo sentido em mim o fracasso.

O mundo é o meu palco
Dele faço a minha tenda
Ironizo e brinco com a vida
Sem abrir nela uma fenda.

Ponho o nariz vermelho
Pinto-me de forma hilariante
Uso roupas de cores vivas
Sou muito espampanante.

Sou o bobo da festa
Larecheiro e divertido
A alegria é o meu lema
não consigo ser contido.

Sentada na mesa da cozinha da casa dos meus pais,
15 de junho de 2016
escrito à mão
7h53


Life is a circus
I'm a clown
I make the audience laugh
Even feeling in me the failure.

The world is my stage
I it I make my tent
I ironize and play with life
Without opening in it a crack.

I put the red nose
I paint me in a hilarious way
I use brightly colored clothes
I am very flashy.

I am the party silly
Playful and fun
Joy is my motto
I can’t be contained.

Sitting at the kitchen table of my parents' house,
June 15, 2016
handwritten

7:53 a.m.

domingo, 26 de junho de 2016

Haiku, Haikai , 俳句

Fecho os meus olhos
Respiro bem fundo.
A onda me molhou.
10 de junho de 2016,
Sentada na secretária no meu quarto
escrito à mão
21h47


I close my eyes
I breathe very deep.
The wave wet me.

June 10, 2016,
Siting on the desk in my room
handwritten

9:47 p.m.

sábado, 25 de junho de 2016

Não há desculpa / There is no excuse

Não há desculpa
Para a agressividade
Nem para o insulto gratuito
Muito menos para a maldade.

Fazer mal de propósito
Não tem qualquer perdão
Aquele que é ruim
Tem um mau coração.

Aquele que não sente arrependimento
Não tem absolvição
Aquilo que é propositado
Não tem lamentação.

Sem rodeios afirmo
Que não pode haver clemência
Para tamanha pequenez
Não há sequer indulgência.

Sentada à secretária no meu quarto,
14 de junho de 2016
escrito à mão
22h41

There is no excuse
To aggressiveness
Not for the gratuitous insult
Much less evil.

Making purpose of evil
Has no forgiveness
That one which is bad
It has a bad heart.

One who feels no regret
Has no absolution
What is purposeful
It has no regrets.

Put bluntly I say
There can be no mercy
For such smallness
There is not indulgence.

Sitting at the desk in my room,
June 14, 2016
handwritten

10:41 p.m.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Que se lixe / What the hell

Que se lixe
A inveja de muitos
A pequenez alheia
Os danos gratuitos.

Que se lixe
A vaidade dos egos
A competição por nada
A inércia dos cegos.

Que se lixe
Tudo o que vem por mal
As conversas sem fundamento
Tudo aquilo que é banal.

Que se lixe e dane
Toda e qualquer mesquinhez
Toda a violência gratuita
Neste reino de estupidez.

Sentada à secretária no meu quarto,
13 de junho de 2016
escrito à mão
23h05


What the hell
The envy of many
The others smallness
The free damage.

What the hell
The vanity of egos
The competition for nothing
The inertia of the blind.

What the hell
Everything that comes from ill
Conversations baseless
All that is banal.

What the hell and damn
Any stinginess
All gratuitous violence
In this stupidity kingdom.

Sitting at the desk in my room,
June 13, 2016
handwritten

11:05 p.m.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Um anjo da guarda / A guardian angel

Um anjo da guarda me advertiu
Esperam-me boas novas
Algo bom me está reservado
Não preciso de mais provas.

Tenho bom fundo
Exteriormente isto se nota
Superei no meu mundo
Sem fazer batota.

Atravessei muitas provações
Tornei-me melhor
Lambi todas as minhas feridas
Venci com muito suor.

Sendo vantajoso para mim
Ouvi-o com toda a atenção
As suas doces palavras
Iluminaram o meu coração.

Sentada à secretária no meu quarto,
10 de junho de 2016
escrito à mão
22h13


A guardian angel warned me
Expect me good news
Something good is booked for me
I do not need more proves.

I have good background
Outwardly this is noted
I overcame in my world
Without cheating.

I went through many trials
I became better
I licked all my wounds
I won with a lot of sweat.

It was advantageous for me
I heard him with all attention
His sweet words
Lightened my heart.

Sitting at the desk in my room,
June 10, 2016
handwritten

10:13 p.m

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Até esta vida acabar / Until this life is over

Entrei no outono da vida
O verão e a primavera ficaram para trás
Agora já sou crescida
Sei bem como se faz.

O inverno ainda está distante
Mas o tempo passa a correr
Tenho de aproveitar
Como bem me apetecer.

Em todas as estações
Há uma nova forma de estar
Cada etapa uma descoberta
Até esta vida acabar.

Agualva,
8 de junho de 2016
escrito à mão
16h55



I entered at the autumn of life
Summer and spring are left behind
Now I am grown
I know how to do it.

Winter is still far
But time goes on the run
I have to take advantage
How well I please.

In all seasons
There is a new way of being
Each step a discovery
Until this life is over.

                                                                                                Agualva,
June 8, 2016
handwritten

4:55 p.m

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