Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)

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sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Solta as amarras / Loose the bonds

Solta as amarras
Deixa o navio partir
Pega no leme
E montada na popa deixa-te ir.

Liberta-te de tudo,
Abre os braços para o mundo
Fecha os olhos
Inspira bem fundo.

O medo já não te prende
Avança destemida
Há tanto por descobrir
Durante toda a vida.

Iça a ancora
Agarra uma ferradura
Segue os teus instintos
Esta é a tua cura.

Sentada na minha secretária no meu quarto em casa dos meus pais
Escrito à mão
30 de outubro de 2016
19h23

Loose the bonds
Let the ship leave
Take the helm
And mounted on the stern let go.

Free yourself of everything,
Opens your arms to the world
Close your eyes
Inspire deep.

Fear no longer holds you
Advance fearless
There is so much to discover
Throughout life.

Hoist the anchor
Grab a horseshoe
Follow your instincts
This is your cure.

I am sitting on my desk in my room in my parents' house
Handwritten
October 30, 2016

7:23 p.m.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Beleza superficial / Superficial beauty

Beleza superficial
Refletida no espelho
É curta tem prazo
Um sábio conselho.

Uma cuidada imagem
Bonita de se ver
Pode ser mantida
Até quando poder ser.

A beleza da juventude
Com o tempo se vai
Fica a beleza do ser
Que permanece e não sai.

Beleza retocada
Por cirurgia ou maquiagem
Não brota de dentro
É apenas imagem.

Sentada na mesa da cozinha em casa dos meus pais
Escrito à mão
26 de outubro de 2016
7h57

Superficial beauty
Reflected in the mirror
It has short term
A wise counsel.

Careful image
Beautiful to see
It can be maintained
How long it can be.

The beauty of youth
With time will
It is the beauty of being
What remains and not comes out.

Retouched beauty
By surgery or makeup
Does not spring from within
It's just image.

Sitting at the kitchen table in my parents' house
Handwritten
October 26, 2016

7:57 a.m.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Podia ter nascido angolana / I could have been born Angolan

Podia ter nascido angolana
Mas nasci em Portugal
Outro continente seria o meu berço
Após a Guerra Colonial.

Vim ao mundo no Verão quente
Em período de convulsão política
De nove meses e meio
Olhos abertos e magnífica.

Único bebé do género feminino
Que naquele dia nasceu naquel hospital
Não há sombra para dúvidas
Nasci para ser especial.

Sentada na mesa da cozinha em casa dos meus pais
Escrito à mão
26 de outubro de 2016
7h52

I could have been born Angolan
But I was born in Portugal
Another continent would be my crib
After the Colonial War.

I came into the the world in the hot summer
In political turmoil period
Of nine and a half months
eyes open and magnificent.

The only female gender baby
Who was born on that day in that hospital
No shadow for doubt
I was born to be special.

Sitting at the kitchen table in my parents' house
Handwritten
October 26, 2016

7:52 a.m.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Quero me libertar deste sentimento / I want to free myself of this feeling

Quero me libertar deste sentimento
Magoa, não me serve
Não se enquadra nos meus valores.
Peço ajuda ao tempo
Que de dentro de mim te leve
Evitando maiores dissabores.
Tudo começou num momento
Intenso e breve
Mas não se partilham amores.
Tens namorada e fumas
E ainda por cima adoras futebol
Não estamos destinados por estes fatores.

Sentada no comboio da linha de Sintra
Escrito à mão
26 de outubro de 2016
8h36

I want to free myself from this feeling
It hurts, does not suit me
Does not fit in my values.
I ask for help to time
That take you within
Avoiding major disappointment.
It all started in a moment
Intense and brief
But love is not shared.
You have a girlfriend and you smoke
And on top you love football
We are not intended by these factors.

Sitting in the Sintra railway line
Handwritten
October 26, 2016

8:36 a.m.

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Cobarde / Coward

Lança uma pedra
E começa a fugir
Não enfrenta os seus atos
Tem medo de se assumir.

Esconde-se atrás
De quem e do que pode
Timido e inseguro
Fraco e ninguém acode.

Há no mundo
Muita gente assim
Escondem-se atrás de máscaras
Só não os quero perto de mim.

Sentada no comboio da linha de Sintra (Mercês)
Escrito à mão
24 de outubro de 2016
8h32

Throws a stone
And begins to flee
Do not face their acts
Afraid to assume.

Hiding behind
Who and what can
Shy and insecure
Weak and not helps.

In the world
Many people like
They hide behind masks
Just do not want them near me.

Sitting on the train from Sintra line (Mercês)
Handwritten
October 24, 2016

8:32 a.m.

domingo, 6 de novembro de 2016

Haiku, Haikai , 俳句

Bons prenúncios vêm a caminho
Os ventos de prosperidade sopram.
A chuva de outono cai.

Sentada na minha secretária em casa dos meus pais
escrito àmão
15 de outubro de 2016,
22h41


Good omens come their way
The winds of prosperity blow.
The fall rain falls.

Sitting on my desk in my parents' house
handwritten
October 15, 2016,

10:41 p.m.

sábado, 5 de novembro de 2016

Um copo de vinho / A cup of wine

Um copo de vinho
Uma música ambiente
O corpo relaxa
Imediatamente.

Fecho os olhos
Aprecio o momento
Bebo mais um gole
Ganho mais alento

Relaxo o corpo
Faço o balanço do dia
A mente se tranquiliza
Como por magia.

Copo meio vazio
E também meio cheio
Envolvo-me em pensamentos
O futuro semeio.

Sentada na minha secretária no meu quarto em casa dos meus pais
Escrito à mão
21 de outubro de 2016
22h40

A cup of wine
Ambient music
The body relaxes
Immediately.

I close my eyes
I appreciate the time
I drink another sip
I gain more leeway

Relax the body
I make the balance of the day
The mind reassures
As if by magic.

Glass half empty
And also half full
I wrap myself in thoughts
The future I am sowing.

Sitting on my desk in my room in my parents' house
Handwritten
October 21, 2016

10:40 p.m.

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