Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)

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quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - Árvores Despidas / Naked Trees

Imagem retirada da Internet e manipulada com/ Image taken from the Internet and manipulated with: https://photomania.net/editor


Árvores despidas
galhos partidos
inverno da vida
sonhos interrompidos.

Grandes mistérios
criatividade e sabedoria
um mundo as avessas
como que por magia.

Sorte maldita
numa noite escura
forte arrependimento
que ainda perdura.

Comboio (Mercês)
Poema manuscrito,
15 de janeiro de 2019
18h44

Naked trees
split branches
winter of life
dreams interrupted.

Great mysteries
creativity and wisdom
a reverse world
as if by magic.

Damn lucky
on a dark night
strong regret
which still lingers.

Train (Mercês)
Handwritten poem,
January 15, 2019
6:44 p.m.


terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Poesias Mundanas / Worldly poetry - Música na rua / Music on the street


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Música na rua
para quem a quiser ouvir
Acordes de uma guitarra
que todos podemos curtir.

O som ecoa nas fachadas
como fumo espalhado
acompanhado por uma voz
afinada com agrado.

Animação de fim de tarde
espontânea e indigente
saber que consigo escutar
sem dúvida me deixa contente.

Comboio (Amadora)
Poema manuscrito,
15 de janeiro de 2019
18h27

Music on the street
for anyone who wants to hear it
Chords of a guitar
that we can all enjoy.

Sound echoes on the facades
as smoke spread
accompanied by a voice
tuned with pleasure.

Late afternoon animation
spontaneous and indigent
to know that I can listen
no doubt makes me happy.

Train (Amadora)
Handwritten poem,
January 15, 2019
6:27 p.m.


segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - Hoje não estou para ninguém / Today I'm not for anyone


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Hoje não estou para ninguém
fechei a porta ao mundo
não atendo telefone, nem campainha
mergulho num sono profundo.

Dispo a roupa que trago no corpo
Liberto traumas e mágoas
no silêncio me afundo
Ao som das correntes águas.

Faço ouvidos moucos
fecho-me no meu interior
Peço que não me interrompam
permaneçam no exterior.

Preciso de um tempo só meu
refugiar-me no meu ser
Amanhã estarei disponível
Irei novamente resplandecer.


Comboio (Túnel do Rossio)
Poema manuscrito,
15 de janeiro de 2019
18h12

Today I'm not for anyone
I closed the door to the world
I'm not answering telephone or bell
dive into a deep sleep.

I undress the clothes I bring in the body
Releasing traumas and sorrows
In silence, I sink
To the sound of the current waters.

I make small ears
I close myself inside
Please do not interrupt me
remain outside.

I need some time alone
take refuge in my being
I'll be available tomorrow
I will again shine.

Train (Rossio Tunnel)
Handwritten poem,
January 15, 2019
6:12 p.m.

domingo, 27 de janeiro de 2019

Haiku, Haikai, 俳句


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o frio desceu à terra
agasalhos aquecem os corpos
Trincando um bolo
Comboio (Rossio)
Haiku manuscrito,
8 de janeiro de 2018
18h07

the cold came down to earth
Warmers warm the bodies
Crack a cake
Train (Rossio)
Haiku manuscript,
January 8, 2018
6:07 p.m.



sábado, 26 de janeiro de 2019

Quadras/ Quatrains: Sinal Vermelho / Red Sign


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Sinal Vermelho
impede de avançar
cor intensa
capaz de incendiar.

Comboio (Rossio),
Quadra manuscrita,
18 de janeiro de 2019,
17h06

Red sign
prevents forward
intense color
capable of igniting.

Train (Rossio),
Quadra manuscript,
January 18, 2019,
17:06 p.m.





sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Diálogo entre poemas / Dialogue between poems: Ser Poeta / To be a poet – Florbela Espanca


Florbela Espanca
Imagem retirada da Internet / Image taken from the Internet


Ser poeta é ter visão ampla
Compreensão sobre os acontecimentos
Analisar tudo à distância
Passar a escrito tormentos.

Escrever sobre alegrias e tristezas
Parar para registar as liberdades do pensamento
Inspirado a qualquer hora do dia
Na agrura e no contentamento.

Brincar com as palavras sem pudor
Utiliza-las nos seus diferentes sentidos
Combinar com empenho e amor.

É expressar ideias livremente
Nas entrelinhas gritos desprendidos
Só é poeta quem sente.

Lisboa
Poema manuscrito,
24 de janeiro de 2019
13h30
***
Ser Poeta

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e cetim…
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente…
É seres alma e sangue e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

(Florbela Espanca, «Charneca em Flor», in «Poesia Completa»)

***
Being a poet is having broad vision
Understanding events
Analyze everything in the distance
Turn to written torments.

Write about joys and sorrows
Stop to register the freedoms of thought
Inspired at any time of the day
In hardship and contentment.

Playing with words without shame
Use them in your different senses
Combine with commitment and love.

It is expressing ideas freely
Between the lines screams detached
It is only poet who feels.
Lisbon
Handwritten poem,
January 24, 2019
1:30 p.m.

***
To be a poet

To be a poet is to be higher, to be greater
Than men! Bite like who kisses
It is to be a beggar and give as who
King of the Kingdom of Above and Beyond Pain!

It is to have a thousand desires the splendor
And not even know what you want!
It is to have inside a star that flames,
Is to have condor claws and wings!

It is to hunger, to thirst for Infinity!
By the way, the mornings of gold and satin ...
It is to condense the world into one cry!

And it is to love you, thus, hopelessly ...
It is beings soul and blood and life in me
And say it by singing to everyone!

(Florbela Espanca, «Heath in Bloom», in «Complete Poetry»)
 

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Amores Platónicos / Platonic loves - Cúpido em causa própria / Cupid in own cause

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Cúpido em causa própria

Assumindo as rédeas do coração
Com pulso bem firme
Confiante com determinação.

Deixando para trás o passado
Vivendo presente com futuro
Abrindo mãos da solidão
Mantendo o pensamento puro.

Quando aquilo que nos une
Supero o que nos afasta
Amor que perdura
Sensualidade que alastra.

Ou tudo, ou nada
Não aceito, mas, nem talvez
Ou é, ou não é
Não aceito as escolhas que alguém fez.

Comboio (Rossio)
Poema manuscrito,
8 de janeiro de 2019
8h50

Cupid in own cause
Assuming the reins of the heart
With a firm pulse
Confident with determination.

Leaving behind the past
Living present with future
Opening hands of solitude
Keeping the thought pure.

When that which unites us
I overcome what separates us
Love that lasts
Sensuality that spreads.

Either everything or nothing
I do not accept but, maybe
Either is or is not
I do not accept the choices someone made.

Comboio (Rossio)
Poema manuscrito,
8 de janeiro de 2019
8h50 a.m.


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