Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)

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domingo, 23 de junho de 2019

Haiku, Haikai, 俳句

Fotografia tirada por mim e manipulada com / Photograph taken by me and manipulated with: https://photomania.net/editor
Pequenas pedras no areal
Rolam ao ritmo das ondas.
Cenário de verão
Praia Cascais
Haiku manuscrito,
26 de maio de 2019
17h24

砂の中の小さな石
波のリズムに転がります。
夏の風景

ビーチカスカイス
俳句原稿、
2019526
5:24午前

Small stones in the sand
Roll to the rhythm of the waves.
Summer scenery
Beach Cascais
Haiku manuscript,
May 26, 2019
5:24 p.m.


sábado, 22 de junho de 2019

Quadras/ Quatrains: O olhar devora a paisagem / The gaze devours the landscape

Imagem retirada da Internet e manipulada com/ Image taken from the Internet and manipulated with: https://photomania.net/editor


O olhar devora a paisagem
Tudo procura comer
Os restantes sentidos
Não se conseguem deter.

Comboio (Cacém)
Quadra manuscrita,
10 de maio de 2019,
7h25
 
The gaze devours the landscape
Everything looks for food
The other senses
They can not be stopped.

Train (Cacém)
Quadra manuscript,
May 10, 2019,
7:25 a.m.


sexta-feira, 21 de junho de 2019

Diálogo entre poemas / Dialogue between poems: Não creio nesse Deus / I do not believe in this God - António Fernandes Aleixo

Imagem retirada da Internet / Image taken from the Internet


Também eu não acredito em Deus (Nonô)
I
Não julgo, nem critico a tua escolha
- Preferes viver conformado
Rezando e apelando ao seu se olha
Se tal Deus existe está em todo o lado
Não necessita de um terço desfolhado.
II
Será que não questionas
No longo rastro de destruição
Que ao longo da história
Foi feito em nome da religião?
III
Não acredito nesse teu Deus da inveja
Nem naquilo que se apregoa como tradições
Um homem com superpoderes para adorar se deseja
Utilizando como marioneta de contradições
Vestindo as vestes de uma determinada igreja.
IV
Há no universo equilíbrio
Partilha de energias e valor
Havendo algo de divino
Porque vivemos de desatino?
Quando devíamos viver de amor…

Minha casa em Mem-Martins
20 de junho de 2019
23h23

***
Não creio nesse Deus
I
Não sei se és parvo se és inteligente
— Ao desfrutares vida de nababo
Louvando um Deus, do qual te dizes crente,
Que te livre das garras do diabo
E te faça feliz eternamente.

II
Não vês que o teu bem-estar faz d'outra gente
A dor, o sofrimento, a fome e a guerra?
E tu não queres p'ra ti o céu e a terra..
— Não te achas egoísta ou exigente?

III
Não creio nesse Deus que, na igreja,
Escuta, dos beatos, confissões;
Não posso crer num Deus que se maneja,
Em troca de promessas e orações,
P'ra o homem conseguir o que deseja.

IV
Se Deus quer que vivamos irmãmente,
Quem cumpre esse dever por que receia
As iras do divino padre eterno?...
P'ra esses é o céu; porque o inferno
É p'ra quem vive a vida à custa alheia!

António Fernandes Aleixo
(18/02/1899 a 16/11/1949)
 in "Este Livro que Vos Deixo..."

***
I also do not believe in God (Nonô)

I
I do not judge or criticize your choice
- You prefer to live conformed
Praying and appealing to your gaze
If such a God exists it is everywhere
No need for a third
defoliated.
II
Do not you question?
On the long trail of destruction
That throughout history
Was it done in the name of religion?
III
I do not believe in your God of envy
Nor in what is proclaimed as
A man with superpowers to worship you want
Using as a puppet of contradictions
Wearing the robes of a certain church.
IV
There is balance in the universe
Sharing of energy and value
There is something divine
Why do we live in foolishness?
When we should live in love ...

My house in Mem-Martins
June 20, 2019
11:23 a.m.
***
I do not believe in this God
I
I do not know if you're silly if you're smart
- When you enjoy life of nababo
Praising a God, of whom you call yourself a believer,
May I free you from the clutches of the devil
And make you happy forever.

II
Do not you see that your well-being makes other people
Pain, suffering, hunger and war?
And you do not want the sky and the earth for you ..
"Are not you selfish or demanding?"

III
I do not believe in this God who, in the church,
Listen, the blessed, confessions;
I can not believe in a God who manipulates himself,
In return for promises and prayers,
For man to get what he wants.

IV
If God wants us to live sisterly,
Who fulfills this duty because he fears
The wrath of the divine eternal father? ...
For these is heaven; why the hell
It is for someone who lives life at the expense of others!

António Fernandes Aleixo
(18/02/1899 to 16/11/1949)
in "This Book that I Leave ..."



quinta-feira, 20 de junho de 2019

Poesias Mundanas / Worldly poetry - No alpendre / On the porch

Imagem retirada da Internet e manipulada com/ Image taken from the Internet and manipulated with: https://photomania.net/editor e https://www.fotojet.com/pt/apps/?entry=collage
No alpendre

Ficas mais alto
Vês o mundo de cima
Para cima um salto.

Observas o que queres
Como quiseres vislumbrar
Vista de cima
Amplitude do olhar.

Vista a 360º
Um mundo a passar
Rosto que gira
Sem nunca se cansar.

Príncipe Real
Poema manuscrito,
2 de maio de 2019,
13h34
 
On the porch
You get taller
You see the world above
Up a jump.

You observe what you want
As you wish to glimpse
View from above
Amplitude of the look.

360º view
A world to pass
Rotating face
Without ever getting tired.

Prince Real
Handwritten poem,
May 2, 2019,
1:34 p.m.



quarta-feira, 19 de junho de 2019

Poesias Mundanas / Worldly poetry - Hoje não posso contar carneiros / Today I can not count sheep

Imagem retirada da Internet e manipulada com/ Image taken from the Internet and manipulated with: https://photomania.net/editor e https://www.fotojet.com/pt/apps/?entry=collage


Hoje não posso contar carneiros
Tenho de ficar acordada
Privada do sono
Percorro a madrugada.

Impossibilitada de dormir
Pela noite dentro
Horas a fio
Nem sei como aguento.

Ando de um lado para o outro
Mantendo a mente lúcida
Realizo pequenas tarefas
Para não ficar entorpecida.

Amanhã já posso dormir
Vou poder descansar
Deitar a cabeça na almofada
Muitos carneiros contar.

Minha casa em Mem-Martins
Poema manuscrito,
22 de março de 2019,
00h41
 
Today I can not count sheep.
I have to stay awake
Sleep deprived
I go in the morning.

Impossible to sleep
Into the night
Hours on end
I do not even know how to handle it.

I walk from one place to another
Keeping the mind clear
I perform small tasks
Not to be numb.

I can sleep tomorrow
I can rest
Lay my head on the cushion
Many sheep count.

My house in Mem-Martins
Handwritten poem,
March 22, 2019,
00:41 a.m.



terça-feira, 18 de junho de 2019

Poesias Mundanas / Worldly poetry - “Pré-conceitos” / “Pre-conceptions”

Imagem retirada da Internet e manipulada com/ Image taken from the Internet and manipulated with: https://photomania.net/editor e https://www.fotojet.com/pt/apps/?entry=collage

“Pré-conceitos”
Antes das palavras
Ideias concebidas
Simples preceitos.

Crenças limitantes
Obstáculos mentais
As mesmas letras
Com desenvolvimentos desiguais.

Enraizados no mundo
Ao longo da história
Em cada cabeça
Despoleta uma memória.

Sábios pensamentos
Ou significados limitados
Da realidade uma visão
Conceitos identificados.

Comboio (Túnel do Rossio)
Poema manuscrito,
17 de abril de 2019,
7h50


"Preconceptions"
Before words
Conceived Ideas
Simple precepts.

Limiting Beliefs
Mental obstacles
The same letters
With uneven developments.

Rooted in the world
Throughout history
In each head
It triggers a memory.

Wise thoughts
Or limited meanings
From reality a vision
Concepts identified.

Train (Rossio Tunnel)
Handwritten poem,
April 17, 2019,
7:50 a.m.


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