Este poema não
é meu
(15/10/1922-
3 de junho de 2019)
Novo Ano, mas não nova vida. Quem pensa em ser mais crédulo, se tem medo de ser enganado? Se o
mundo é de enganos, por que não deixar
que nos façam pirraças e troças? Ninguém
quer ser parvo, e é pior: porque para não ser
enganado, desonra-se como pessoa de lisura e sinceridade.
Há mais cobardes em ser iludidos, do que em ir para
a guerra. Quando os simples são afinal os mais poderosos
e quem cede, ganha.
Diálogo
entre Poemas
Ano
Novo, a vida continua. Todos esperam uma cura milagrosa para uma pandemia. Não
tememos ser enganados, temos os olhos voltados para a esperança. Uma lufada de
ar fresco que nos permita deixar de andar mascarados. Uma boa dose de ilusão,
nunca fez mal a ninguém. A simplicidade é sem dúvida uma boa forma de levar
esta vida. Quanto a vencedores ou vencidos? A verdade é que nenhum de nós sai
daqui vivo…
Mem-Martins (Minha secretária), 29 de dezembro de 2020, 6h40
Nonô (M.ª Leonor Costa)