Não quero voltar para casa
Não quero
voltar para casa
O que me
espera já nada me diz
O tempo
fez-nos mal
Tu já não
me fazes feliz.
Não sei se
o nosso amor foi real
Ou uma
pura ilusão
Aquele
sentimento outrora verdadeiro
Hoje acho
que foi um equívoco do coração.
O nosso
amor não cresceu
Porque não
olhamos no mesmo sentido
A paixão
inicial morreu
O nosso
futuro em comum ficou corrompido.
Já nada há
fazer
A vida
encarregou-se de me mostrar o caminho
Não posso
continuar a esconder
Terás de
prosseguir o teu sozinho.
Eu
regressarei às minhas origens
À terra
onde nasci
Vou para
junto da minha família
E fazer de
conta que nunca parti.
Sentada no sofá em casa dos meus pais (Mem-Martins)
Poema manuscrito,
26 de março de 2015, 19h22
In Costa, M.ª Leonor. Amores Platónicos. Vol. I
I don’t want to go back home
I
don’t want
to go back home
What
awaits me no longer
tells me nothing
The
time made us sick
You no longer make me happy.
I
don’t know if our love was
real
Or a pure illusion
That
true feeling once
Today I think it was a mistake of the heart.
Our
love did not grow
Because
we did not look in the
same direction
The
initial passion died
Our Common Future was corrupted.
Nothing
is to do
Life undertook to show me the way
I
can’t continue to hide
You
have to pursue your
own.
I will return to my roots
To the land of my birth
I go join my family
And pretend that I never left.
Sitting on the couch in my parents'
house (Mem-Martins),
Handwritten,
on March 26, 2015, 7:22 p.m.
In Costa, M.ª Leonor, Platónic Loves. Vol. I