Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)

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sábado, 19 de março de 2016

Se o tempo não passar / If time does not pass

Se o tempo não passar
A vida não se irá resolver
Se o momento se desperdiçar
Muito se irá perder.

Se o passado te sufocar
Não conseguirás viver.
Se o agora passar
Faz tudo para o absorver.

Se a saudade apertar
Recorda-a com prazer
Se o mundo mudar
Não te deixes perder.

Se o relógio se avariar
Encontra outras formas de o compreender.
Deixa fluir e andar
Usufruir como te apetecer.

Sentada no comboio da linha de Sintra
no dia 2 de março de 2016,
escrito à mão
18h28


If time does not pass
Life is not going to be solved
If time you waste
Much will be lose.

If the past choke you
You can’t live.
If the now move
Do everything to absorb.

If the longing tighten
Recalled with pleasure
If the world change
Do not be lost.

If the clock is broken
Find other ways of understanding.
Let it flow and walk
Enjoy as you fancy.

Sitting in the Sintra line train
on March 2, 2016,
handwritten

6:28 p.m

sexta-feira, 18 de março de 2016

Prezo a minha liberdade / I cherish my freedom

Prezo a minha liberdade
Mesmo sabendo que é condicionada
Vivo segundo a minha verdade
Sem me sentir limitada.

Defendo a minha independência
E a minha autonomia
Ofereço a minha influência
A quem comigo tiver sintonia.

Gosto de usufruir do meu espaço
Dou liberdade para teres o teu
Sei bem o que faço
E como tudo aconteceu.

Luto por ser determinada
E consciente do meu valor
Não me prendo por nada
E o meu nome é Leonor.

Sentada no auditório 2, Faculdade de Psicologia (Lisboa)
no dia 26 de fevereiro de 2016,
escrito à mão
14h31


I cherish my freedom
Even knowing it is conditional
I live according to my truth
Without feeling limited.

I defend my independence
And my autonomy
I offer my influence
To whom has with me tune.

I like to enjoy my space
I give freedom for you to have yours
I know what I do
And how it all happened.

I fight to be determined
And aware of my value
I don’t hold me for nothing
And my name is Eleanor.

Sitting in the auditorium 2, Faculty of Psychology (Lisbon)
on February 26, 2016,
handwritten

2:31 p.m

quinta-feira, 17 de março de 2016

O temporal / The storm

Está muito frio
Há chuva e vento.
Invernos a fio
É sempre o mesmo tormento.

As temperaturas baixaram
Está escuro e cinzento
As nuvens choraram
É assim o mau tempo.

Talvez neve amanhã
Agravando as condições em geral
Este fim-de-semana
Está previsto um temporal.

Sentada no comboio da linha de Sintra (Benfica)
no dia 26 de fevereiro de 2016,
escrito à mão
13h28


It's very cold
Rain and wind.
Winters to wire
It is always the same torment.

Temperatures dropped
It's dark and gray
The clouds wept
So is the bad weather.

Maybe snow tomorrow
Exacerbating the conditions in general
This weekend
There will be a storm.

Sitting on the train from Sintra line (Benfica)
on February 26, 2016,
handwritten

1:28 p.m

quarta-feira, 16 de março de 2016

Proibido / Forbidden

É proibido ir por ai
Não estás autorizado a seguir por ali
Tantas proibições
Tamanhas limitações.

A certa hora não se pode
Nem a certos dias da semana
A vida foge
E dela pouco emana.

Regras e leis
Decretos e legislações
Alguns podem tudo
E para outros só há restrições.

É proibido ser
Não se pode viver
Para tudo há limites
Dificeis de perceber.

Sentada no comboio da linha de Sintra
no dia 26 de fevereiro de 2016,
escrito à mão
13h21


It is forbidden to go out there
You are not allowed to go down there
So many prohibitions
Such great limitations.

At certain time you can not
Or certain days of the week
Life flees
And of her little bit emanates.

Rules and laws
Decrees and legislations
Some may all
And for others there are only constraints.

It is prohibited to be
You can’t live
For all there are limits
Difficult to understand.

Sitting in the Sintra line train
on February 26, 2016,
handwritten

1:21 p.m

terça-feira, 15 de março de 2016

Milésimo de segundos / Millisecond

Num milésimo de segundo
Tudo pode mudar
É possível fazer diferente
A vida pode acabar.

Subitamente e do nada
As coisas podem melhorar
Num instante repentino
Impossível de evitar.

A um ritmo inalcansável
Que nenhum humano consegue travar
A realidade se transforma
Sem se premeditar.

Num milésimo de segundo
Imprevisto e difícil de imaginar
O mundo que antes girava
Pode simplesmente parar.

Agualva, Sentada à secretária
no dia 26 de fevereiro de 2016,
escrito à mão
11h31



In a millisecond
Everything can change
You can make different
Life can end.

Suddenly and out of nowhere
Things can improve
In a sudden moment
Impossible to avoid.

At a rate unreachable
No human can catch
The reality turns
Without premeditation.

In a millisecond
Unforeseen and difficult to imagine
The world that was spinning before
Can just stop.

Agualva, sat at the desk
on February 26, 2016,
handwritten

11:31 a.m

segunda-feira, 14 de março de 2016

Há palavras que não devem ser ditas / There are words that should not be said

Há palavras que não devem ser ditas
E pensamentos que não devem ser pensados
Há histórias malditas
E imensos pecados.

Há diálogos sem sentido
E sentimentos infundados
Tudo pode ser arrependido
Há momentos forçados.

Há vidas baseadas em mentiras
E outras bem reais
Há coisas muitos giras
E outras banais.

Há ideias interrompidas
Há notícias de jornais.
Há aqueles que admiras
Mas agora não posso escrever mais.

Sentada no carro do meu pai a caminho do Laranjeiro
no dia 20 de fevereiro de 2016,
escrito à mão
12h15



There are words that should not be said
And thoughts should not be thought of
There are bloody stories
And huge sins.

There are dialogues meaningless
And feelings unfounded
Everything can be sorry
There are forced times.

There are lives based on lies
And others very real
There are many things tours
And others trite.

There are disrupted ideas
Headlines of newspapers.
There are those who admire
But now I can’t write more.

Sitting in my dad's car on the way to Laranjeiro
on February 20, 2016,
handwritten

12:15

domingo, 13 de março de 2016

Haiku, Haikai , 俳句

Um vidro partido
Uma janela sem vista.
Um coração palpitante.

25 de fevereiro de 2016,
Sentada na mesa da cozinha
escrito à mão
8h01


A broken glass
A window without a view.
A throbbing heart.

February 25, 2016,
Sitting at the kitchen table
handwritten

8:01 a.m.

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