Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)

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quinta-feira, 14 de abril de 2016

Ando mascarada todo o ano / I’m masked all year

Ando mascarada todo o ano
Para fazer à face à dureza da vida
Tem dias que sou Minnie
Outras Bela Adormecida.

Por vezes imiscuo-me na multidão
Outras dela me destaco
Julgam-me pela aparência
Desconhecendo quem sou de facto.

Vivo um intenso carnaval
Neste curto espaço de tempo
Com toda a intensidade
E sem arrependimento.

Para viver em sociedade
Todos vestimos vários papéis
Tendo ou não consciência disso
As nossas máscaras são inumeráveis.

Iniciado no meu quarto terminado na mesa da cozinha
no dia 18 de março de 2016,
escrito à mão
7h47

I’m masked all year
To make face to the harshness of life
Some days I'm Minnie
Others the Sleeping Beauty.

Sometimes I mix in the crowd
Others the highlight it’s me
They judge me by appearance
Unaware of who I am indeed.

I live an intense carnival
In this short time
With all the intensity
And without repentance.

To live in society
All wear several roles
Whether or not aware of it
Our masks are innumerable.

Started in my room finished on the kitchen table
on March 18, 2016,
handwritten

7:47 a.m.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Este corpo que possuo / This body that I possess

Este corpo que possuo
Na realidade não é meu
É a materialização do meu espirito
Que esta reencarnação me deu.

Tenho o dever de cuidar dele
De o amar e respeita
Na juventude e na velhice
Ele é o meu lar.

Este corpo que possuo
É meu nesta curta passagem
Devo mantê-lo toda a vida
Durante esta viagem.

Sala Âmbito Cultural, 7º piso El Corte Inglês
no dia 17 de março de 2016,
escrito à mão
19h

This body that I possess
In reality it is not my
It is the embodiment of my spirit
This reincarnation gave me.

I have to take care of him
With love and respect
In youth and in old age
It is my home.

This body that I possess
It is mine in this short passage
I keep it all life
During this trip.

Cultural Scope room, 7th floor El Corte Ingles
on March 17, 2016,
handwritten

7 p.m

terça-feira, 12 de abril de 2016

Para onde vais agora? / Where are you going now?

Para onde vais agora?

Já que não sabes onde ir

Andas à deriva neste mundo

E tens tanto para descobrir.

 

Perdeste-te no caminho

Já não sabes o teu percurso

Sentes-te como um marinheiro

O vento é o teu curso.

 

À deriva neste mar

Calmo ou picado

Nesta vida a navegar

Um poeta apaixonado.

 

Sentada no comboio da linha de Sintra (Rio de Mouro)

no dia 15 de março de 2016,

escrito à mão

22h18

 

Where are you going now?

Since you do not know where to go

You walk adrift in this world

And you have so much to discover.

 

You lost yourself in the way

You no longer know your route

Do you feel like a sailor

The wind is your course.

 

Adrift in this sea

Quiet or chopped

In this life surfing

A passionate poet.

 

Sitting on the train from Sintra line (Rio de Mouro)

on March 15, 2016,

handwritten

10:18 p.m.
 

segunda-feira, 11 de abril de 2016

O livro que não li / The book I haven’t read

O livro que não li

As lágrimas que não chorei

O romance que não vivi

Mas que na minha mente criei.


A história que não escrevi

O sonho que sonhei

O tempo que esperei por ti

E não te encontrei.


Tudo aquilo que vivi

E num papel não despejei

O que por dentro senti

E não planeei.


As páginas que não vi

Nem tão pouco folheei

Os cheiros do que não li

Mas que por instantes imaginei.

Sentada no comboio da linha de Sintra (Barcarena)

no dia 15 de março de 2016,

escrito à mão

22h11

The book I haven’t read

The tears I did not cry

The novel that I have not lived

But in my mind I created.


The story I did not write

The dream I dreamed

The time I waited for you

And I didn’t found you.


All that I lived

And in a paper not dumped

What inside I felt

And not planned.


The pages that I haven’t seen

Nor leafed

The smells of what I haven’t read

But for a moment I imagined.

Sitting on the train from Sintra line (Barcarena)

on March 15, 2016,

handwritten

10:11 p.m.

domingo, 10 de abril de 2016

Haiku, Haikai , 俳句


A intensidade do teu olhar

Despiu o meu ser.

Engoli em seco


27 de março de 2016,

Sentada no meu quarto

escrito à mão

15h08




The intensity of your eyes

Stripped off my being.

I gulped


March 27, 2016,

Sitting in my room

Handwritten

3:08 p.m

sábado, 9 de abril de 2016

A materialização de um sonho / The materialization of a dream


A materialização de um sonho

Tornado real

Transforma qualquer dia tristonho

Em algo especial.

 

O alcance de uma luta

Levada a bom porto

Um sentimento que resulta

Do que não deu para o torto.

 

A concretização de um objetivo

Definido para alcançar

Torna tudo assertivo

É mais fácil de acreditar.

 

Sentada no comboio da linha de Sintra (Monte Abraão)

no dia 15 de março de 2016,

escrito à mão

18h05

 

 

The materialization of a dream

That became real

Turn any day sad

In something special.

 

The scope of a fight

Brought to fruition

A feeling that results

Of what went awry.

 

The achievement of a goal

Set to achieve

It all assertive

It is easier to believe.

 

Sitting on the train of Sintra line (Mount Abraham)

on March 15, 2016,

handwritten

18:05 p.m
 

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Isso do amor não é para mim / This of love is not for me


Isso do amor

não é para mim

Queres saber

porque penso assim?

 

Por não ter visto no outro lealdade

Só mentiras e desilusões

Tamanhas falsidades

Resultam em enormes frustrações.

 

Por ter depositado confiança

Em quem não a mereceu

Perdi por completo a esperança

O meu coração adoeceu.

 

Por ser demasiado lutadora

Batalhando por dois

Levando tudo vida fora

Para não haver um depois.

 

Por não conseguir acreditar

Nem saber o que me espera

Já nem sei o que é amar

E isso me desespera.

 

Sentada no comboio com destino a Sete. Rios

no dia 15 de março de 2016,

escrito à mão

18h02

 


This of love

it is not for me

Do you want to know

Why I think so?

 

For have not seen in other loyalty

Only lies and delusions

such great falsehoods

Result in enormous frustration.

 

Having deposited confidence

In who did not deserved

I totally lost hope

My heart fell ill.

 

For being too fighter

Fighting for two

Taking all life out

For not having no later.

 

Why can’t believe

Not knowing what awaits me

I don’t even know what love is

And that despairs me.

 

Sitting on the train destination to Sete-Rios

on March 15, 2016,

handwritten

6:02 p.m
 

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