Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)

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quinta-feira, 5 de maio de 2016

Um vestido bonito / A beautiful dress

Um vestido bonito
Uma cuidada imagem
Com muito gabarito
É para a sociedade uma boa camuflagem.

Não importa se é real
Tem de te parecer bem
Qualquer trapinho te faz especial
Aqui e além.

Da cabeça aos pés
Gostas de andar bem arranjada
Veres-te assim ao espelho
Não te custa mesmo nada.

O que os outros veem
A ti pouco ou nada importa
Vestes aquilo que sentes
E o que te conforta.

Inicio no dia 27 de abril de 2016 no comboio com destino a Lisboa (escrito à mão), , terminado no dia 2 de maio de 2016 em Agualva (escrito a computador)
17h33


A beautiful dress
A careful image
With much feedback
It is for society a good camouflage.

No matter if it's real
You have to look right
Any rag makes you special
Here and there.

From head to toe
You like walking, well set
See as well in the mirror
It costs you nothing at all.

What others see
To you little or nothing matters
You wear what you feel
And what comfort you.

Beginning on April 27, 2016 on the train to Lisbon (handwritten), completed on May 2, 2016 in Agualva (Computer)

5:33 p.m

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Um novo dia agora começou / A new day just begun


De rosto virado para o sol
Fecho os olhos e abro os braços
Respiro fundo enchendo os pulmões de ar
E ao universo envio abraços.

Assim caminho pela manhã
Cumprindo o meu destino
Dando rumo à minha missão
E não perdendo o tino.

Abro os olhos para o mundo
Ergo o olhar para o céu
Prefiro andar de cara destapada
A cobri-la com um véu.

Ainda há vestígios da lua
E de uma noite que há pouco terminou
Encho novamente o peito de ar
Um novo dia agora começou.

Inicio sentada na gare de comboios de Algueirão-Mem-Martins, fim sentada no comboio com destino a Lisboa
no dia 27  de abril de 2016,
escrito à mão
8h35


With the face facing the sun
I close my eyes and open my arms
I take a deep breath filling my lungs with air
And to the universe I send hugs.

And so I walk in the morning
Fulfilling my destiny
Giving direction to my mission
And not losing acumen.

I open my eyes to the world
I raise the look to the sky
I'd rather go face uncovered
Then cover it with a veil.

There are still traces of the moon
And a night that just ended
Again I fill the chest of air
A new day just begun.

Beginning sitting in the station of Algueirão-Mem Martins train, end sitting on the train to Lisbon
on April 27, 2016,
handwritten

8:35 a.m.

terça-feira, 3 de maio de 2016

Sou um portfólio / I am a portfolio

Sou um portfólio
Um projeto em plena construção
Sou muito racional
Mas não dispenso o coração.

Sou mais eu hoje do que ontem
Sofri uma transformação
Uma completa metamorfose
Após uma forte desilusão.

Sou um plano em aberto
Rumo a qualquer direção
Sou boa e má
Basta carregar no botão.

Sou real e imperfeita
Sou pura emoção
Sou um trabalho em curso
Nesta constante edificação.

Sentada na mesa da cozinha
no dia 27  de abril de 2016,
escrito à mão
8h13
 
I am a portfolio
A project in full construction
I am very rational
But I do not dispense the heart.

I am more today than yesterday
I suffered a transformation
A complete metamorphosis
After a strong disappointment.

I am an open-plan
Towards any direction
I'm good and bad
Just press the button.

I'm real and imperfect
I am pure emotion
I am a work in progress
In this constant building.

Sitting at the kitchen table
on April 27, 2016,
handwritten

8:13 a.m.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Hoje decidi não pensar / Today I decided not to think

Hoje decidi não pensar
Porque ao fazê-lo
Me andava a magoar.

Libertei o meu pensamento
Deixando ir
Tudo aquilo que doía cá dentro.

Optei por ser feliz
Durante breves momentos
Sem tormentos de qualquer cariz.

Hoje tomei uma decisão
Viver o agora
Libertando o meu coração.

Sentada na mesa da cozinha
no dia 22  de abril de 2016,
escrito à mão
7h36
 
Today I decided not to think
Because in doing so
I walked hurting.

I freed my thoughts
Letting go
Everything here it hurts inside.

I chose to be happy
During brief moments
No torments of any nature.

Today I made a decision
Live in now
Freeing my heart.

Sitting at the kitchen table
on April 22, 2016,
handwritten

7:36 a.m.

domingo, 1 de maio de 2016

Haiku, Haikai , 俳句

As flores vão brotando.

Os pássaros vão regressando.

A neve ainda vai cair.

29 de março de 2016,

El Corte Inglês, sala de âmbito cultural

escrito à mão

18h52




The flowers will sprouting.

The birds will returning.

The snow will also fall.


March 29, 2016,

El Corte Ingles, cultural context room

Handwritten

6:52 p.m

sábado, 30 de abril de 2016

Uma luz ao fundo do túnel / A light at the end of the tunnel

Uma luz ao fundo do túnel
Procuro vislumbrar
Nos dias escuros e cinzentos
Torna-se difícil imaginar.

Uma esperança longínqua
Impossível de alcançar
Um sinal divino
De que tudo pode melhorar.

A dádiva de um sonho
Pelo qual queremos lutar
Os percalços e desilusões
Que surgem no seu lugar.

A fé em alguma coisa
Nem sempre fácil de acreditar
O desconforto e desalento
Quando tudo parece falhar.

Uma luz bem lá no fundo
A qualquer momento pode surgir
A fé tem de ser cega
Para não se sucumbir.

Estação de Comboios da linha de Sintra (Sentido Lisboa)
no dia 21  de abril de 2016,
escrito à mão
8h36
 
A light at the end of the tunnel
I try to envision
In the dark and gray days
It is hard to imagine.

A distant hope
Impossible to achieve
A divine sign
That everything can improve.

The gift of a dream
By which we fight
Mishaps and disappointments
That arise in its place.

Faith in something
Not always easy to believe
The discomfort and despondency
When everything seems to fail.

A light deep inside
At any time may come
Faith must be blind
In order not to succumb.

Train station of Sintra line (direction Lisbon)
on April 21, 2016,
handwritten

8:36 a.m.

sexta-feira, 29 de abril de 2016

O parente pobre / The poor relative

O parente pobre

Fica sempre de fora

Não consegue acompanhar o nobre

Que vira costas e se vai embora.

 

Falta-lhe poder de compra

Para melhor viver

Faz aquilo que pode

Para conseguir sobreviver.

 

Pode ser um pai, mãe,

Primo, tio, sobrinho ou irmão

É parente também

E doí-lhe o coração.

 

O parente pobre

Nem sempre pode comparecer

Faz aquilo que pode

Mesmo ficando a sofrer.

 

Agualva, Sala de refeições

no dia 19 de abril de 2016,

escrito à mão

19h40

 


The poor relative

It is always off

You can’t follow the noble

That turns his back and walks away.

 

Lacks purchasing power

To better live

Do what you can

In order to survive.

 

It can be a parent,

Cousin, uncle, nephew or brother

It is also relative

And it hurts his heart.

 

The poor relative

You can’t always attend

Do what you can

Even going to suffer.

 

Agualva, dining room

on April 19, 2016,

handwritten

7:40 p.m

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