Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)

Quem sou eu / Who am I

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terça-feira, 10 de maio de 2016

Carrego-te no meu peito / I carry you in my chest

Carrego-te no meu peito
Para todo lado onde vou
Sei quem tu és
Mas não sei se sabes quem sou.

Vejo-te ao longe
Sem querer desvio o olhar
A timidez me vence
Mas no meu peito continuas a estar

Sentada na mesa da cozinha
4 de maio de 2016
escrito à mão
10h14


I carry you in my chest
Everywhere where I go
I know who you are
I do not know if you know who I am.

I see you at the distance
Without wanting I look away
Shyness wins me
But in my chest you continue to be.

Sitting at the kitchen table
May 4, 2016
handwritten

10:14 a.m

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Amores Platónicos / Platonic Loves - Alma gémea / Soulmate

Alma gémea
Alma gémea
Será que te encontrei?
Não sei se és real
Mas contigo sonhei.

A tua presença me desconcentra
Timidamente desvio o olhar
Sempre que chegas
Sinto o meu coração pulsar.

Por breves instantes
Te consigo ver
A tua chegada é sempre deslumbrante
Para o meu ser.

Companheiro para uma vida
É difícil viver na solidão
Se me souberes conquistar
Para sempre te darei o meu coração.

Sentada na minha cama
30 de abril de 2016, 22h25
escrito à mão
Platónica Loves
Soulmate
Soulmate
I will found you?
I do not know if you are real
But I dreamed of you.

Your presence distracts me
I tentatively look away
When you arrive
I feel my heart beat.

Briefly
I can see you
Your arrival is always stunning
To my being.

Companion for life
It's hard to live in solitude
If you know how to win me
Forever I will give you my heart.
Sitting on my bed
April 30, 2016, 10:25 p.m
handwritten
Nonô Poetry

domingo, 8 de maio de 2016

Haiku, Haikai , 俳句

Uma gargalhada de criança,
Um olhar ingenuamente feliz.
Uma história por construir.

9 de abril de 2016,
Poema criado no duche e escrito no meu quarto
escrito à mão
12h22



A child's laughter,
A look ingenuously happy.
One story to build.

April 9, 2016,
Poem created in the shower and writing in my room
handwritten

12:22 a.m

sábado, 7 de maio de 2016

Um incenso a queimar / An incense burning

Um incenso a queimar
Uma música relaxante
Penso no teu olhar
E no teu toque desconcertante.

Sábado à noite
Podia sair
Escolho ficar em casa
A descontrair.

Descanso o meu corpo
Tranquilizo a minha alma
Hoje nada pode dar para o torto
Sinto uma enorme calma.

Respiro bem fundo
Aproveito para pensar
Num sentimento profundo
Que nos pode juntar.

Sentada na minha cama
30 de abril de 2016
escrito à mão
22h14


An incense burning
A relaxing music
I think in your eyes
And your disconcerting touch.

Saturday night
I could go out
I choose to stay at home
Unwind.

I rest my body
I reassure my soul
Today nothing can go awry
I feel a great calm.

I breathe deep
I take to think
In a deep sense
That can join us.

Sitting on my bed
April 30, 2016
handwritten

10:14 p.m

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Música da Primavera / Spring Music

Soa a tranquilidade
Muitos pássaros chilreiam
Por vezes a chuva cai na terra
Os raios do sol brilham.

As folhas das árvores abanam
Trazendo um outro som
O vento também ajuda
Prestar atenção é tão bom.

No campo ou na cidade
Há melodias especiais
Que nesta época do ano
Tornam-se bem reais.

Mesmo no meio urbano
É possível prestar atenção
Por de trás dos ruídos mundanos
Sente-se a Música da Primavera no coração.
  
Inicio na gare de comboios de Algueirão – Mem-Martins, fim no comboio com destino a Lisboa
escrito à mão
8h43


It sounds tranquility
Many birds chirp
Sometimes the rain falls on the earth
The sun's rays shine.

The leaves of the trees shake
Bringing another sound
The wind also helps
Watch it feels so good.

In the countryside or in the city
There are special melodies
Which this time of year
Become very real.

Even in urban areas
You can watch
On the back of the worldly noise
It feels the Spring Music in the heart.


Start at the station of trains Algueirão-Mem-Martins, Finished in the train to Lisbon
handwritten

8:43 a.m.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Um vestido bonito / A beautiful dress

Um vestido bonito
Uma cuidada imagem
Com muito gabarito
É para a sociedade uma boa camuflagem.

Não importa se é real
Tem de te parecer bem
Qualquer trapinho te faz especial
Aqui e além.

Da cabeça aos pés
Gostas de andar bem arranjada
Veres-te assim ao espelho
Não te custa mesmo nada.

O que os outros veem
A ti pouco ou nada importa
Vestes aquilo que sentes
E o que te conforta.

Inicio no dia 27 de abril de 2016 no comboio com destino a Lisboa (escrito à mão), , terminado no dia 2 de maio de 2016 em Agualva (escrito a computador)
17h33


A beautiful dress
A careful image
With much feedback
It is for society a good camouflage.

No matter if it's real
You have to look right
Any rag makes you special
Here and there.

From head to toe
You like walking, well set
See as well in the mirror
It costs you nothing at all.

What others see
To you little or nothing matters
You wear what you feel
And what comfort you.

Beginning on April 27, 2016 on the train to Lisbon (handwritten), completed on May 2, 2016 in Agualva (Computer)

5:33 p.m

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Um novo dia agora começou / A new day just begun


De rosto virado para o sol
Fecho os olhos e abro os braços
Respiro fundo enchendo os pulmões de ar
E ao universo envio abraços.

Assim caminho pela manhã
Cumprindo o meu destino
Dando rumo à minha missão
E não perdendo o tino.

Abro os olhos para o mundo
Ergo o olhar para o céu
Prefiro andar de cara destapada
A cobri-la com um véu.

Ainda há vestígios da lua
E de uma noite que há pouco terminou
Encho novamente o peito de ar
Um novo dia agora começou.

Inicio sentada na gare de comboios de Algueirão-Mem-Martins, fim sentada no comboio com destino a Lisboa
no dia 27  de abril de 2016,
escrito à mão
8h35


With the face facing the sun
I close my eyes and open my arms
I take a deep breath filling my lungs with air
And to the universe I send hugs.

And so I walk in the morning
Fulfilling my destiny
Giving direction to my mission
And not losing acumen.

I open my eyes to the world
I raise the look to the sky
I'd rather go face uncovered
Then cover it with a veil.

There are still traces of the moon
And a night that just ended
Again I fill the chest of air
A new day just begun.

Beginning sitting in the station of Algueirão-Mem Martins train, end sitting on the train to Lisbon
on April 27, 2016,
handwritten

8:35 a.m.

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