Na mesma
moeda
Não te
admires se retribuir
Remeto-me
ao silêncio
Por agora
prefiro fingir.
Faço de
conta que não percebo
Aquilo que
para mim é evidente
Faço-me de
despercebida
Até pareço
indiferente.
À medida
que o tempo passa
Provavelmente
vou-me cansar
Pessoas vêm
e vão
Já não adiante
ignorar.
As
mentiras são claras
E de fraca
imaginação
Aquilo que
não me dizes
Está para
lá da observação.
Sentada à secretária, no meu quarto, em casa dos meus pais
Escrito a
computador
14 de agosto de 2017
00h37
In the same currency
Do not be surprised if
I reciprocate
I turn to silence
For now I prefer to
pretend.
I pretend I do not
understand
What is clear to me
I become unnoticed
I even seem
indifferent.
As time goes by
I'll probably get
tired
People come and go
No longer ignore.
The lies are clear
And of poor
imagination
What you do not tell
me
It's beyond
observation.
Sitting at my desk in my room at my parents' house.
Written to computer
August 14, 2017
00.37 p.m.