Já não beijo
sapos
Para se
tornarem príncipes
Não aceito
menos do que um rei
A mim
vejo-me como rainha
Deixo o
que poder de bom à minha passagem
Aquilo que
carrego dentro de mim só eu sei.
Posso até
parecer pueril,
Numa primeira
abordagem,
Não te
deixes enganar
Olha com
mais atenção
Para lá da
imagem
Muito há a
desbravar.
As
relações desenvolvem-se
Com paciência
e subtileza
Aos poucos
uma boa pessoa se mostra
Por debaixo
das máscaras e da dureza
Há uma
história intensamente vivida
Pois a
pérola nasce do sofrimento da ostra.
Alvalade, Lisboa, Portugal,
Poema manuscrito,
16 de julho
de 2018,
16h10
I do not kiss frogs
anymore
To become princes
I do not accept less than
a king
I see myself as queen
I leave what good power
to my passage
What I carry inside me, I
only know.
I may even seem childish,
In a first approach,
Do not be fooled
Look more closely
Beyond the picture
There is much to break.
Relations develop
With patience and
subtlety
Little by little a good
person shows up
Underneath the masks and
hardness
There is an intensely
lived story
For the pearl is born of
the suffering of the oyster.
Alvalade, Lisbon, Portugal,
Handwritten poem,
July 16, 2018,
4:10 p.m.