Não voltes
a fazer isto a ninguém
Para salvar
o teu casamento
Não é
bonito, deixa marcas
Que se
prolongam no tempo.
Ato
inconsequente
Premeditado
ou não
O verão
estava quente
Fica apenas
a desilusão.
Podes ter
tentado emendar
Procurando
compensar
A verdade
é só uma
Agiste sem
pensar.
Magoaste-me
a mim e a ela,
Talvez a
ti e a terceiros
Ímpetos
inglórios
Que já não
foram os primeiros.
Tudo o que
agora sei
Foi a dor
que ficou
Aquilo que
podia ter sido
Mas que
num ápice terminou.
Tinhas o
rabo bem preso
E tu bem o
sabias
Ao cair da
noite
Parece que
te esquecias.
Ganha
algum juízo
Que isto
não volte a acontecer
Quando ages
assim
Alguém fica
a sofrer.
Sentada no comboio da linha de Sintra (Entrecampos)
Poema manuscrito,
25 de
setembro de 2018
8h48
Do not
ever do this to anyone else.
To save
your marriage
It's not
handsome, it leaves marks.
That
extend in time.
Inconsequential
act
Premeditated
or not
Summer was
hot
It is only
disappointment.
You may
have tried to amend
Looking to
compensate
The truth
is only one
You acted
without thinking.
You have
hurt me and her,
Maybe you
and a third party
Inglorious
urges
That they
were no longer the first.
Everything
I know now
It was the
pain that stayed
What could
have been
But at a
glance it ended.
You had a
tight-fitting ass
And you
knew it well
At
nightfall
You seem
to have forgotten.
Wins some
judgment
Let this
not happen again.
When you
act like this
Someone is
suffering.
Sitting on the train
line of Sintra (Entrecampos)
Handwritten poem,
September 25, 2018
8:48 a.m.