Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)

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terça-feira, 12 de março de 2019

Poesias Mundanas / Worldly poetry - Olha ali ao fundo / Look there in the background

Imagem retirada da Internet e manipulada com/ Image taken from the Internet and manipulated with: https://photomania.net/editor


Olha ali ao fundo
O sol já espreita
Boas energias
Que o corpo bem aceita.

Olha mais á frente
Para a linha do horizonte
Não te deixes dispersar
Estabelece a tua ponte.

Olha, define bem a tua visão
Caminha sem medos
Alcança o inalcançável
Com o teu corpo e dedos.

Não te deixes deter
Por todos os que desacreditam
Vai até ao fundo
Não permitas que te mintam.

Comboio (Túnel do Rossio)
Poema manuscrito,
12 de fevereiro de 2019
7h51

Look there in the background
The sun is already lurking
Good energies
That the body accepts well.

Look ahead
For the horizon line
Do not let yourself be dispersed
Establish your bridge.

Look, define your vision well.
Walk without fears
Reaches unreachable
With your body and fingers.

Do not let yourself be deterred
For all who discredit
Go to the bottom
Do not let them lie to you.

Train (Rossio Tunnel)
Handwritten poem,
February 12, 2019
7:51 a.m.


segunda-feira, 11 de março de 2019

Poesias Mundanas / Worldly poetry - Separando as águas / Separating the waters

Imagem retirada da Internet e manipulada com/ Image taken from the Internet and manipulated with: https://photomania.net/editor


Separando as águas
Estabelecendo os limites
Áreas da vida segmentadas
Sem te preocupares com o que transmites.

Relaxa, confia…
Desliga se precisares
Os dias passam a correr
Trazem novos ares.

Outros projetos
Outras metas
Oportunidades sempre à espreita
Onde não te comprometas.

Segue firme
Na ribalta, ou nos beirais
Cada personagem que assumes
Tornam experiências reais.

Comboio (Campolide)
Poema manuscrito,
12 de fevereiro de 2019
7h44

Separating the waters
Setting the limits
Segmented areas of life
Without worrying about what you transmit.

Relax, trust ...
Turn it off if you need
The days start to run
They bring new air.

Other projects
Other goals
Opportunities always lurking
Where you do not compromise.

Stay firm
In the limelight, or in the eaves
Each character you assume
They make real experiences.

Train (Campolide)
Handwritten poem,
February 12, 2019
7:44 a.m.


domingo, 10 de março de 2019

Haiku, Haikai, 俳句

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quadrados de pedra no chão
Colunas de metal.
A caminho de casa

Comboio (Rossio)
Haiku manuscrito,
4 de fevereiro de 2019
17h03

stone squares on the floor
Metal columns.
Way home

Train (Rossio)
Haiku manuscript,
February 4, 2019
5:03 p.m.


sábado, 9 de março de 2019

Quadras/ Quatrains: Sabe a pouco o teu sorriso / It tastes little your smile

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Sabe a pouco o teu sorriso

A ternura do teu olhar
Essa é a energia de que preciso
Para o humor melhorar.

Comboio (Queluz),
Quadra manuscrita,
4 de fevereiro de 2019,
17h28

It tastes little your smile
The tenderness of your gaze
This is the energy I need
For the mood to improve.

Train (Queluz),
Handwritten quatrain,
February 4, 2019,
5:28 p.m.


sexta-feira, 8 de março de 2019

Diálogo entre poemas / Dialogue between poems: Assim o Amor / So the love – Sophia de Mello Breyner Andresen

Imagem retirada da Internet / Image taken from the Internet
O Amor é assim… (Nonô)


O Amor é assim
Vê para lá do belo
Constrói um belo castelo
Regado como um jardim
Floresce sem fim
Junta subitamente duas vidas
Tristes memórias ficam esquecidas
Por vezes confuso
Encaixa como uma porca e um parafuso
Acontece, não se procura.

Comboio (Túnel do Rossio)
Poema manuscrito,
4 de março de 2019
17h04
***
Assim o Amor

Assim o amor
Espantado meu olhar com teus cabelos
Espantado meu olhar com teus cavalos
E grandes praias fluidas avenidas
Tardes que oscilam demoradas
E um confuso rumor de obscuras vidas
E o tempo sentado no limiar dos campos
Com seu fuso sua faca e seus novelos
Em vão busquei eterna luz precisa

Sophia de Mello Breyner Andresen, in “Obra Poética”

***
Love is like that (Nonô)

Love is like that
Beyond the beautiful
Builds a beautiful castle
Watered as a garden
Blooms endlessly
Joins two lives suddenly
Sad memories are forgotten
Sometimes confusing
Fits like a nut and a screw
It happens, it is not sought.

Train (Rossio Tunnel)
Handwritten poem,
March 4, 2019
5:04 p.m.

***
So the love

So the love
Amazed my look with your hair
Amazed my look with your horses
And great beaches flowing avenues
Delayed late swings
And a confused rumor of dark lives
And the time sitting at the edge of the fields
With your spindle your knife and your balls
In vain I seek eternal light need

Sophia de Mello Breyner Andresen, in "Poetic Work"







quinta-feira, 7 de março de 2019

Poesias Mundanas / Worldly poetry - Como um comboio / Like a train

Like a train
Imagem retirada da Internet e manipulada com/ Image taken from the Internet and manipulated with: https://photomania.net/editor
Como um comboio
Em alta velocidade
As pessoas passam nas nossas vidas
Algumas descem no apeadeiro
Outras trazem-nos felicidade
As restantes serão esquecidas.

O ritmo desta passagem
Mal nos deixa conhecer
Vidas que mal se cruzam
Quem se apresenta hoje
Amanhã é para esquecer
Ao compasso que os dias mudam.

Laços que se desmancham
Em leves fitas de seda
Nós escorregadios
Braços bem abertos
Sem que ninguém se aperceba
Somos todos solitários vadios

Comboio (Barcarena)
Poema manuscrito,
12 de fevereiro de 2019
7h30

Like a train
At high speed
People pass in our lives.
Some descend on the stop
Others bring us happiness
The rest will be forgotten.

The pace of this passage
Bad let's meet
Lives that barely cross each other
Who presents today
Tomorrow is to forget
As the days change.

Lashes that break
On light silk ribbons
Slippery knot
Arms wide open
Without anyone noticing
We are all lonely stray

Train (Barcarena)
Handwritten poem,
February 12, 2019
7:30 a.m.


quarta-feira, 6 de março de 2019

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - Faça você mesmo / Do it yourself

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Faça você mesmo
É só seguir as instruções
Desenrasque-se pelos seus meios
Não lhe dou mais explicações.

O caminho é seu
Sozinho vai ter de o percorrer
Dos jogos de pista que te lanço
Retire todo o seu saber.

Faça-se à vida
Não dependa de ninguém
Que culpa tenho eu que seja esquecida
Esforce-se para ir mais além.

Não lhe vou facilitar a vida
Adoro vê-la vacilar
Se estiver arrependida
Sempre pode regressar.

Construa o seu lugar
Organize à sua maneira
Já agora pegue nas chaves de parafuso
E monte a sua própria cadeira.

Comboio (Túnel do Rossio)
Poema manuscrito,
5 de fevereiro de 2019
7h47

Do it yourself
Just follow the instructions
Strive by your means
I do not give you any more explanation.

It's your way
Alone, you'll have to go through it.
Of the track games that I throw at you
Take away all your knowledge.

Make yourself to life
Do not depend on anyone
What guilt I have that is forgotten
Strive to go further.

I will not make life easier for you.
I love watching you falter
If you are sorry
You can always return.

Build your place
Organize Your Way
Now grab the screwdrivers
And set up your own chair.

Train (Rossio Tunnel)
Handwritten poem,
February 5, 2019
7:47 a.m



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