Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)

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quinta-feira, 6 de junho de 2019

Poesias Mundanas / Worldly poetry - Retrospetiva / Retrospective

Imagem retirada da Internet e manipulada com/ Image taken from the Internet and manipulated with: https://photomania.net/editor e https://www.fotojet.com/pt/apps/?entry=collage
Retrospetiva
Balanço geral
Vista em perspetiva
Conclusão brutal.

Ver à luz do tempo
Acontecimentos com diferentes olhos
Os espinhos e as dores
A vida não são só folhos.

Pensar e analisar
Deixar o que pesa para trás
Libertar e desapegar
Ganhar fôlego e gás.

Aproveitar a bonança
Sem temer o amanhã
De braços dados com a esperança
Mantendo a mente sã.

Objetivando e sonhando
Até com o aparentemente impossível
Pelo caminho da vida andando
Quem sabe o que pode ser acessível?

Comboio (Barcarena)
Poema manuscrito,
12 de abril de 2019,
8h56


Retrospective
General balance
Perspective View
Brutal conclusion.

See in the light of time
Events with different eyes
The thorns and the pains
Life is not just frills.

Think and analyze
Leave what weighs behind
Release and detach
Gain breath and gas.

Enjoy the bonanza
Without fearing tomorrow
Arm in arm with hope
Keeping the mind healthy.

Aiming and dreaming
Even with the seemingly impossible
On the way of life walking
Who knows what can be affordable?

Train (Barcarena)
Handwritten poem,
April 12, 2019,
8:56 a.m.


quarta-feira, 5 de junho de 2019

Poesias Mundanas / Poetry, Worldly poetry - Poesias Mundanas / Worldly poetry - Começar do zero / Start from scratch

Imagem retirada da Internet e manipulada com/ Image taken from the Internet and manipulated with: https://photomania.net/editor e https://www.fotojet.com/pt/apps/?entry=collage
Começar do zero
Tudo do princípio
Como se nada soubesse ou tivesse
Tudo do início.

Um passo ou degrau de cada vez
Com ou menor esforço
Consigo facilmente ver esta imagem
Na mente traçar um esboço.

Despegar, soltar as amarras
Aos poucos recomeçar
Sem olhar para trás
Ir até onde podermos chegar.

Ir longe ou perto
A distância pouco importa
Errado ou certo
Em linha direita ou torta.

Caminhar, seguir sempre em frente
Fazer as escolhas mais acertadas
Até chegar à meta
Com histórias contadas.

Comboio (Túnel do Rossio)
Poema manuscrito,
10 de abril de 2019,
7h48
 Start from scratch
All from the beginning
As if nothing knew or had
Everything from the beginning.

A step or rung at a time
With or less effort
I can easily see this image
In the mind draw a sketch.

Take off, release the moorings
Slowly restart
Without looking back
Go as far as we can go.

Go far or near
Distance matters little
Wrong or right
Right online or pie.

Walk, keep moving forward
Make the right choices
Until you reach the goal
With stories told.

Train (Rossio Tunnel)
Handwritten poem,
April 10, 2019,
7:48 a.m.


terça-feira, 4 de junho de 2019

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - Superficiais e vazios / Surface and voids

Surface and voids
Imagem retirada da Internet e manipulada com/ Image taken from the Internet and manipulated with: https://photomania.net/editor e https://www.fotojet.com/pt/apps/?entry=collage

Superficiais e vazios

Demasiado preocupados com a aparência
Ocos e limitados
Do pensamento total ausência.

Pouco crescimento
Valorizando demais o exterior
Ignorando a existência
A que dão pouco valor.

Vivendo da imagem
Sem parar para pensar
Durante a viagem
Nada conseguem captar.

Pouca importância dão ao próximo
as trocas e aprendizagens
Representam o tempo inteiro
São urbanos selvagens.

Comboio (Stª Cruz Damaia)
Poema manuscrito,
10 de abril de 2019,
7h41

Surface and voids
Too preoccupied with appearance
Hollow and limited
Of total thought absence.

Little growth
Valuing too much the exterior
Ignoring the existence
The ones that give little value.

Living of image
Without stopping to think
During the trip
Nothing they can catch.

Little importance is given to the next
the exchanges and learning
They represent the whole time
They are urban wild.

Train (Stª Cruz Damaia)
Handwritten poem,
April 10, 2019,
7:41 a.m.


segunda-feira, 3 de junho de 2019

Aventuras da Nonô / Adventures of Nonô - Micro Estórias / Micro Stories: Um presente de mim para mim / A gift from me to me

Fotografia tirada por mim / Photograph taken by me

Passava constantemente numa loja de produtos para o corpo e olhava para a montra onde estava exposta uma bandolete branca com um laço vermelho as bolinhas brancas. Não sei por quê motivo, não entrei logo para a comprar. Sei lá, talvez não tivesse ainda chegado o momento.
Um dia olhei para a montra, mas a bandolete já lá não estava. Alguém se tinha antecipado. Pensei, se já lá não está, é porque não era para mim.
Verdade seja dita, a ideia da bandolete não me saia da ideia.
Algum tempo mais tarde, passo novamente pela loja e vejo na montra a bandolete, como uma criança pequena, os meus olhos brilharam.
Mas, sei lá bem porquê, nunca passava na loja quando estava aberta. Ou esquecia-me de ir saber da bandolete, nos dias em que eventualmente poderia ser que este estabelecimento comercial estivesse aberto.
Nem era pelo preço, até porque estava exposto na montra e era mesmo irrisório.
Procrastinei…
Até que um dia, tomei a decisão, se a bandolete estiver lá hoje, com certeza que a vou comprar.
Entrei na loja, dirigi-me ao balcão, e disse à empregada da loja que queria aquela bandolete as bolinhas que estava na montra.
A empregada foi a um saco ver se tinha lá outra bandolete igual, mostrou-me outras, mas eu queria aquela. Assim sendo, dirigiu-se à montra e retirou a bandolete para mim e perguntou-me: É para oferecer? Ao que eu respondo, prontamente, é. A empregada pergunta então é para uma criança? Respondo afirmativamente e ainda escolho o laço do embrulho.
Pago a bandolete, recebo o embrulho na minha mão e com um belo sorriso saio da loja. Não só comprei a bandolete, como também presenteei a criança que vive dentro de mim.

Minha casa em Mem-Martins
Escrito a computador
03/05/2019
16h20

Fotografia tirada por mim / Photograph taken by me

I would go to a store of body products constantly and look at the window where there was a white band with a red bow and the white balls. I do not know why, I did not go in and buy it. I do not know, perhaps the moment had not yet come.
One day I looked at the storefront, but the band was gone. Someone had anticipated. I thought, if it's not already there, it's because it was not for me.
Truth be told, the idea of ​​the band I did not leave the idea.
Some time later, I pass by the store again and see the small band in the showcase, as a small child, my eyes glittered.
But, I do not know why, I never went to the store when it was open. Or I forgot to know about the band, in the days when it might happen that this commercial establishment was open.
Nor was it for the price, even because it was exposed in the storefront and was even derisory.
I procrastinated ...
Until one day, I made the decision, if the band is there today, I'm sure I'll buy it.
I went into the store, went to the counter, and told the store clerk that I wanted that little ball of the polka dots that was in the storefront.
The maid went to the sack to see if she had another suitcase there, showed me others, but I wanted that one. So she went to the storefront and took the buggy for me and asked me, "Is it to offer?" To which I respond, readily, it is. The maid asks then is it for a child? I answer affirmatively and still choose the tie of the package.
I pay the bandolete, I receive the package in my hand and with a beautiful smile I leave the store. Not only did I buy the band, but I also gave the child who lives inside me.
My house in Mem-Martins
Written to computer
03/05/2019
4:20 p.m.


domingo, 2 de junho de 2019

Haiku, Haikai, 俳句

Imagem retirada da Internet e manipulada com/ Image taken from the Internet and manipulated with: https://photomania.net/editor
ondas de espuma branca
enrolam na areia.
Jogando à bola

Praia Cascais
Haiku manuscrito,
26 de maio de 2019
17h00
 白い泡の波
砂を転がします。
ボールを弾く

ビーチカスカイス
俳句原稿、
2019526
午後5

waves of white foam
roll in the sand.
Playing ball

Beach Cascais
Haiku manuscript,
May 26, 2019
5:00 p.m.


sábado, 1 de junho de 2019

Quadras/ Quatrains: Caracóis e Cervejas / Snails and Beers

Imagem retirada da Internet e manipulada com/ Image taken from the Internet and manipulated with: https://photomania.net/editor

Caracóis e cervejas

Tremoços e Imperiais
Pequenos prazeres para que vejas
Facilmente se tornam reais.

Gare de comboios de Mem-Martins,
Quadra manuscrita,
3 de maio de 2019,
7h15

Snails and beers
Lupines and Imperials
Little pleasures for you to see
Easily become real.

Train Gare of Mem-Martins,
Quadra manuscript,
May 3, 2019,
7:15 p.m.


quinta-feira, 30 de maio de 2019

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - Instalada a dúvida / Installed the doubt

Installed the doubt
Imagem retirada da Internet e manipulada com/ Image taken from the Internet and manipulated with: https://photomania.net/editor e https://www.fotojet.com/pt/apps/?entry=collage


Instalada a dúvida
Ganha espaço o medo
A mente inventa
Cria um estranho enredo.

Desenha cenários
Dignos de filmes de terror
Teme a ação
E tudo em seu redor.

O receio e a mentira
Juntam-se num mesmo espaço
Ficando o corpo imóvel
Sem dar nem mais um passo.

Dentes a tremer
Unhas a roer
Olhos a lacrimejar
De tanto imaginar.

Comboio (Reboleira)
Poema manuscrito,
1 de abril de 2019,
17h04
 Installed the doubt
Fear Gains Space
The mind invents
It creates a strange plot.

Draws scenarios
Worthy of horror movies
Fear the action
And everything around you.

Fear and lies
Join in one space
Getting the body still
Without taking another step.

Teeth shaking
Nail biting
Eyes watering
From so much imagining.

Train (Reboleira)
Handwritten poem,
April 1, 2019,
5:40 p.m.




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