Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)

Quem sou eu / Who am I

Traduzir / Translate

Pesquisar neste blogue

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Conto de Natal "Este Ano o Pai Natal Veste Azul"

No final de setembro, deparei-me com um convite especial na minha caixa de e-mail: participar na antologia Natal em Palavras - Contos de Natal – III Volume da Chiado Books. Encarei o desafio com entusiasmo, e, no início de outubro, enviei o meu conto. Pouco tempo depois, recebi a resposta: o conto foi aceite! Mal posso esperar para partilhar convosco o texto que agora faz parte, do tomo II, desta obra coletiva. 

Pai Natal Veste Azul

Este Ano o Pai Natal Veste Azul

Era uma manhã movimentada no Polo Norte. A neve caía suavemente lá fora, mas dentro da oficina dos duendes, a azáfama era total. O Pai Natal, como sempre, estava a fazer os últimos preparativos para a grande noite.

"Estás pronto, querido?" perguntou a Mãe Natal, enquanto colocava as últimas bolachas de gengibre numa travessa.

"Prontíssimo! Como todos os anos, minha querida!" respondeu o Pai Natal, ajustando o cinto vermelho no seu volumoso fato vermelho.

Mas, enquanto falava, não reparou na lata de tinta que um duende distraído tinha deixado no chão. Com um tropeção monumental, o Pai Natal caiu desajeitadamente e... SPLASH! A lata de tinta azul virou-se completamente sobre ele.

"Mas o que...?" o Pai Natal olhou para o seu fato, agora de um azul brilhante.

"Ah... bem... isto é.… um look novo?" disse Rodolfo, tentando conter o riso.

"Novo?! É um desastre!" exclamou o Pai Natal, tentando limpar a tinta. "Como é que vou entregar presentes assim?"

A Mãe Natal entrou na sala ao ouvir a confusão e, ao ver o marido todo azul, não conseguiu conter uma gargalhada. "Oh, querido, tens que admitir que o azul até te fica bem!"

"Ficar bem? Eu sou o Pai Natal, não um Smurf!" resmungou ele, ainda mais aborrecido.

"Olha pelo lado positivo," interrompeu Rodolfo, "ninguém vai esperar ver um Pai Natal de azul. Vais ser o maior sucesso deste ano!"

Os duendes, que agora se tinham juntado à cena, também não conseguiam parar de rir. "Sempre podemos dizer que o Polo Norte está a apoiar a equipa dos Elfos Azuis no campeonato!" gritou um dos duendes, provocando mais gargalhadas.

O Pai Natal suspirou, mas depois olhou para o espelho. De facto, o azul não lhe ficava tão mal assim. "Bom, acho que não há tempo para mudar, de qualquer forma. As renas já estão preparadas, e eu tenho presentes para entregar."

A Mãe Natal sorriu e colocou-lhe o gorro, agora também manchado de azul. "Fica-te perfeito, querido. Este ano vai ser diferente, e isso não é necessariamente mau."

Rodolfo acenou com a cabeça, já preso ao trenó. "Isso mesmo, chefe! Vamos mostrar ao mundo que o Pai Natal sabe inovar!"

E assim, com um trenó carregado de presentes e um fato azul brilhante, o Pai Natal partiu para mais uma noite mágica. E, para surpresa de todos, o novo visual foi um sucesso. As crianças acordaram no dia de Natal a falar sobre como o Pai Natal tinha algo diferente naquele ano, mas de uma forma divertida e inesquecível.

E assim ficou a história de como, por uma única noite, o Pai Natal trocou o vermelho tradicional por um azul inesperado... e brilhou como nunca! 

Conto de Natal

Áudio 

Poesias da Nonô

Espero que o conto tenha aquecido o vosso coração e trazido um pouco do espírito natalício! Despeço-me por hoje, mas encontramo-nos na próxima sexta-feira. Até lá, deixo-vos com os meus votos de um Feliz Natal e, como sempre, com muitos Beijos Poéticos!

Até à próxima sexta-feira aqui no blogue! Despeço-me com o nosso habitual cumprimento: Beijos Poéticos


Cumprimento Nonô

M.ª Leonor Costa (Poesias da Nonô)

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

"Vamos ao Circo" - Poema Inédito de Natal

Poesias da Nonô

Vamos ao Circo

 

Sob a tenda, mil travessuras,

um palhaço dança, a vida encena,

com um nariz vermelho, entre loucuras,

faz rir crianças numa alegria serena.

 

Os risos ecoam, gargalhadas vibrantes,

explodem no ar como estrelas cadentes,

são melodias puras, notas brilhantes,

que aquecem corações, momentos presentes.

 

Nem todos gostam desta arte ligeira,

mas eu guardo memórias tão doces,

de um tempo onde a infância inteira,

se enchia de sonhos com gestos tão precoces.

 

O circo é um mundo de pura magia,

de palhaços que brincam com a emoção,

e cada sorriso, em plena alegria,

é uma faísca que acende o coração.

 

Mem-Martins, quarta-feira, 20 de novembro de 2024, 19h35

 


Até à próxima sexta-feira aqui no blogue! Por hoje despeço-me com o nosso habitual cumprimento: Beijos Poéticos


Cumprimento Nonô

M.ª Leonor Costa (Poesias da Nonô)

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

"A Namorada do Rodolfo" - Poema Inédito de Natal

Poesias da Nonô
 

A Namorada do Rodolfo

 

Entre as renas que voam na noite gelada,

há uma história doce que o Natal esconde,

Rodolfo, com a luz no nariz encantada,

tem um amor que nenhum trenó responde.

 

Não é o vermelho que no escuro brilha,

mas o negro suave do seu olhar terno,

a rena que aquece a sua vida tranquila,

é um sol que ilumina o inverno.

 

Por ela, Rodolfo faz tudo e mais,

traz-lhe musgo fresco e doces maçãs,

com ela esquece cansaços e ais,

na neve dançam, deixando manhãs.

 

Meiga e gentil, ela encanta o Natal,

e nos céus do mundo, num só coração,

Rodolfo e sua amada, juntos no ritual,

mostram que o amor é a maior constelação.

 

Mem-Martins, quarta-feira, 20 de novembro de 2024, 19h22



Até à próxima sexta-feira aqui no blogue! Por hoje despeço-me com o nosso habitual cumprimento: Beijos Poéticos


Cumprimento Nonô

M.ª Leonor Costa (Poesias da Nonô)

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

"Bandolete de Natal" - Poema Inédito de Natal

Poesias da Nonô

Bandolete de Natal

 

Já pus a bandolete com renas a brilhar,

está tudo decorado, até o meu olhar!

Cores e luzes pintam a escuridão,

chamo a alegria, expulso a solidão.

 

Ainda nem dezembro chegou, é verdade,

mas o frio pede um pouco de felicidade.

Cheiros de canela, pinheiro e magia,

ao som de sinos nasce a melodia.

 

Decoro o mundo, o coração e o ser,

tudo para o Natal bem cedo receber.

Se a vida tem sombras, eu faço questão:

de vestir as estrelas e iluminar a razão.

 

Seja o que for, tudo faço para sorrir,

afasto o mal, mil vezes, sem desistir.

Porque o Natal não é só uma data no calendário,

é ânimo e luz no nosso imaginário.

 

Mem-Martins, quarta-feira, 20 de novembro de 2024, 19h11


Poesias da Nonô

Até à próxima sexta-feira aqui no blogue! Por hoje despeço-me com o nosso habitual cumprimento: Beijos Poéticos


Cumprimento Nonô

M.ª Leonor Costa (Poesias da Nonô)

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

"Ação de Graças" - Poema Inédito

Os poemas voltam hoje ao blogue, como folhas que caem e renascem numa nova estação. E que dia especial para este regresso! Hoje, trago-vos um poema inédito, inspirado no espírito do Dia de Ação de Graças. Embora esta celebração não seja uma tradição em Portugal, o seu significado ressoa em nós: um momento para refletir, partilhar memórias e expressar gratidão. É um convite a valorizar tudo aquilo que nos une e dá sentido à vida.


Ação de Graças


Na mesa farta junta-se a família,

um brinde ao tempo, à vida que floresce,

o pão partilhado sela a partilha,

e o coração transborda enquanto agradece.

 

Não há peru, mas há bacalhau,

castanhas assadas, vinho na mão,

sorrisos trocados num gesto leal,

recordando histórias de geração em geração.

 

Na terra que dá o que o amor planta,

erguemos preces ao Sol e à semente,

cada alimento celebra quem encanta,

e a gratidão é um banquete na mente.

 

Hoje agradecemos, ao campo, ao mar,

à mão amiga, à fé que conduz,

a Portugal que nos sabe abraçar,

e ao lume que aquece o frio das luzes.


Mem-Martins, 18 de novembro de 2024, 21h37



Para quem estiver interessado em acompanhar a agenda da  Nonô é só carregar aqui

Regresso aqui ao blog na próxima sexta-feira, por hoje despeço-me com o nosso habitual cumprimento: Beijos Poéticos

Cumprimento Nonô

M.ª Leonor Costa (Poesias da Nonô)

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

XII Tertúlia no Tasco do Strauss - 2 de novembro de 2024

 As tertúlias no Tasco do Strauss celebraram o seu primeiro ano de existência! Doze encontros repletos de poesia, convívio e boa disposição. Este grupo de poetas, espontâneo e dinâmico, reúne-se uma vez por mês, aos sábados, para uma tarde onde a poesia flui em várias línguas e estilos. Por vezes, há também espaço para momentos musicais, sempre com o toque irreverente do anfitrião João Dórdio, que dá alma a estas tertúlias.

Nonô no Tasco do Strauss

Nonô tem-se tornado uma participante assídua, integrando-se nas dinâmicas e piadas que surgem naturalmente entre o grupo, como o famoso "os da mesa 4" e os cumprimentos calorosos em estilo de "Alcoólicos Anónimos". Cada encontro é uma surpresa, tanto para quem participa como para quem assiste, pois, entre poetas regulares e novos visitantes, nunca se sabe quem estará presente.

Estes encontros, tão próximos de casa, são perfeitos para fazer novas amizades e desfrutar de uma tarde sempre única e cheia de arte.

XII Tasco do Strauss de Leonor Costa

Nesta tertúlia, partilhei dois poemas inéditos que apresento aqui em vídeo:

  • “Bruxas Somos Nós”
  • “Mulher de M grande”

Até à próxima sexta-feira aqui no blogue! Despeço-me com o nosso habitual cumprimento: Beijos Poéticos


Cumprimento Nonô

M.ª Leonor Costa (Poesias da Nonô)

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Ensaio Poético para um Processo Revolucionário em Curso

Ensaio Poético

Onde há poesia, estou presente. No passado dia 1 de novembro, a Nonô e a AnaLua Zoe foram convidadas pela poetisa Vanessa Oliveira para integrar uma performance de arte participativa e comunitária em celebração e memória no Dia dos Finados, onde a poesia brotava como uma respiração profunda. As três poetisas tiveram um papel significativo tanto na performance em si como na Assembleia Participativa, onde a arte se fez voz e reflexão.

Nos dias 27 e 30 de outubro, durante a tarde, realizámos ensaios e preparações para este evento, e no dia 1 de novembro chegou o momento do espetáculo. Apesar de São Pedro não colaborar e brindar-nos com uma forte chuvada, o evento decorreu com a normalidade possível e revelou-se vibrante e inspirador.

Ainda não tenho o vídeo da nossa leitura de poemas, mas deixo aqui um conjunto de imagens e alguns vídeos para que possam ter um vislumbre do que foi esta experiência. 

Montagem de Fotos Vertical Mensagens Simples Verde de Leonor Costa

Partilho também o poema que escrevi propositadamente para este evento, um reflexo das inquietações que o mundo de hoje nos impõe.

O Mundo Assusta-me

 

O mundo assusta-me, ao ligar a televisão,

uma mulher em França, sem salvação,

cinquenta homens, desumanidade total,

deixando a nossa alma em dor mortal.

 

Líderes falam, mas falta-lhes clareza —

Trump ridiculariza Kamala, na sua frieza,

como se o valor dela fosse mero detalhe,

num riso vazio que nos espanta e falha.

 

Enquanto isso, Didy em festas de luxo abusa,

e há quem durma ao relento, sem uma escusa.

Cá, o Chega grita, divide e confunde,

como se a solidariedade se desfaça ou afunde.

 

No Telegram, exibem sexo sem pudor,

perde-se a fronteira entre o respeito e o amor.

Excessos de liberdade, Sodoma moderna,

onde a vergonha se torna fria e eterna.

 

E por cá dentro, a crise da habitação,

tantos sem teto dormindo no chão.

Prometem-nos casas, mas só cresce o sofrer,

e o teto é um luxo que muitos não vão ter.

 

A violência ronda, um espectro constante,

meninas temem, mulheres seguem adiante,

presas num mundo de sombras e dor,

onde a igualdade é sonho e ardor

 

Nos hospitais, as filas destroem a fé,

doentes aguardam, esperança já é

um eco distante que o governo esqueceu,

como promessas vazias que o vento comeu.

 

Mas, mesmo assim, quero crer, quero ver,

que o mundo pode e deve renascer.

Se o medo nos afronta e nos cala a voz,

a esperança é chama que arde em nós.

Esta foi a minha primeira participação numa iniciativa deste género, e fiquei profundamente impressionada com o empenho de todos, especialmente com o grupo da Casa de Saúde do Telhal. Que hajam mais eventos como este, onde a arte e a comunidade se encontram e transformam.

Até à próxima sexta-feira, despeço-me com o nosso habitual cumprimento: Beijos Poéticos

Cumprimento Nonô

M.ª Leonor Costa (Poesias da Nonô)
Nonô

Contactar com a Nonô / Get in touch with Nonô

Nome

Email *

Mensagem *

Anchor Spotify

Arquivo Do Blogue / Blog Archive