PT: Olá! Sou poetisa eclética e impressionista, autora de 6 livros individuais e participante em 60 obras coletivas. Este espaço é o palco da minha criatividade. Aqui, Poemas, Quadras, Haikus e Contos ganham vida. Dou voz aos meus versos em eventos e rádios, enquanto construo uma comunidade de Amigos da Nonô. Sou júri em concursos e adoro contar-te 'estórias'. Junta-te a mim e sente a escrita em detalhe.
Hello! I am an eclectic and impressionistic poetess, author of 6 individual books and contributor to 60 collective works. This space is the stage for my creativity. Here, Poems, Quatrains, Haikus, and Short Stories come alive. I give voice to my verses at events and on the radio, while building a community of Nonô's Friends. I serve as a contest judge and love telling you 'stories'. Join me and feel the writing in detail.

sábado, 31 de outubro de 2015

Amores Platónicos / Platonic Loves - Sem ti... / Without you...

Sem ti... 
Sem ti o mundo continuou a girar
A vida seguiu o seu caminho
Um novo percurso tive de tomar
Mas agora sozinho.

Sem ti o sol continuou a brilhar,
As estações a se sucederem
As crianças continuaram a brincar
Sem se arrependerem.

Sem ti a vida prosseguiu
De uma forma um pouco diferente
Mas agora o futuro me sorriu
E tornei-me mais independente.

Sem ti há agora felicidade
Um mundo a descobrir
Esta é a estranha verdade
De quem voltou a sorrir.

Sentada no comboio da linha se Sintra (Sete Rios), escrito à mão,
16 de outubro de 2015, 17h27
  In Costa, M.ª Leonor. Amores Platónicos. Vol. I
Platonic Loves
Without you...
Without you the world keeps turning
Life went on his way
A new route I had to take
But now alone.

Without you the sun continued to shine
The stations to succeed
Children continued to play
Without regret it.

Without you life as continued
In a way somewhat different
But now the future smiled at me
And I became more independent.

Without you there is happiness now
A world to discover
This is the strange truth
Of who returned to smile again.

Sitting on the train line Sintra (Sete Rios), Handwritten,
on October 16, 2015, 5:27 p.m.
In Costa, M.ª Leonor. Platonic Loves. Vol. I
Nonô Poetry

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Amores Platónicos / Platonic Loves - Só eu sei... / Only I know...

Só eu sei... 
Só eu sei quanto sofri
As vezes que chorei
Como por dentro senti
Como sobre ti me enganei.

Só eu sei como foi difícil
A dor que carreguei
Saí de casa como um míssil
E longe recomecei.

Só eu sei como sobrevivi
Quando a tua vingança se tornou lei
Para no fim sentir que mereci
E que tudo isto superei.

Sentada no comboio da linha de Sintra (Monte Abraão)escrito à mão,
16 de outubro de 2015, 17h15
In Costa, M.ª Leonor. Amores Platónicos. Vol. I
Platonic Loves
Only I know...
Only I know how much I suffered
As many times I cried
As inside I felt
How about you I was wrong.

Only I know how difficult it was
The pain I carried
I left home as a missile
And far I restarted.

Only I know how I survived
When your vengeance became law
For in order to feel I deserved
And all of this I overcome.

Sitting on the train line Sintra (Mount Abram)Handwritten,
October 16, 2015, 5:15 p.m.
In Costa, M.ª Leonor. Platonic Loves. Vol. I
Nonô Poetry

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - O futuro espera-me / Future awaits me

O futuro espera-me

O futuro espera-me

Tenho de me concentrar

Tomar consciência

Do que preciso semear.

 

O presente desperta-me

Para a realidade

Quem hoje semeia

Colhe mais tarde com facilidade.

 

O momento é de espera

E de concentração

De investimento pessoal

Numa nova situação.

 

O presente é agora

O futuro pode ser já amanhã

O investimento tem de ser constante

Para a sorte se tornar um talismã.
Escrito à mão: Sentada à mesa da cozinha,
15 de outubro de 2015, 8h01.
 In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I
Worldly Poetry
Future awaits me

The future awaits me

I have to concentrate

To become aware

Of what I need to sow.

 

The present awakens me

To reality

Whoever sows today

Reaps later with ease.

 

The moment is of waiting

And of concentration

Of personal investment

In a new situation.

 

The present is now

The future may already be tomorrow

The investment must be constant

For luck to become a talisman.
Handwritten: Sitting at the kitchen table,
October 15, 2015, 8:01 a.m.
In Costa, M.ª Leonor, Worldly Poetry. Vol. I
 Nonô Poetry

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Catarse das Palavras: "A vida é um milagre" / Catharsis of Words: "Life Is a Miracle"

PT: A vida é um milagre

 

A morte está sempre à espreita,

há doenças inumeráveis.

As desistências são estreitas,

e tantas são incuráveis.

 

Perante tanta probabilidade,

ácida como vinagre,

hoje descobri a realidade:

A vida é um milagre.

 

Escrito à mão: Sentada na secretária do meu quarto,

10 de outubro de 2015, 22h13

In Costa, M.ª Leonor. Catarse das Palavras. Vol. I
Catharsis of Words

EN: Life Is a Miracle

 

Death is always lurking near;

the diseases are innumerable.

The paths to quit are not clear,

and so many are incurable.

 

In the face of so much likelihood,

acidic as vinegar,

today I discovered the reality:

Life is a miracle.

 

Handwritten poem: Sitting at the desk in my room,

October 10, 2015, 10:13 p.m.

In Costa, M.ª Leonor. Catharsis of Words. Vol. I
Nonô Poetry



Nota: Este artigo foi revisto e atualizado no dia 09/10/2025.

Note: This article was revised and updated on October 9, 2025.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Infância Renascida / Childhood Reborn - Pinto livros de criança / I paint children's books

Pinto livros de criança
Pinto livros de criança
Com lápis de várias cores
Com destreza e confiança
Aliviando as minhas dores.

Afio a ponta de cada lápis
Escolhido para colorir
Ajeito os óculos no nariz
E de cor a folha começo a cobrir.

Uma forma de o stress aliviar
Canalizando a concentração
Reaprendendo a brincar
Tranquilizo o coração.

Uma nova moda
Que em boa hora chegou
A cabeça deixe de andar à roda
Porque o cérebro sossegou.

Sentada na secretária do meu quarto, escrito à mão,
10 de outubro de 2015, 22h20
 In Costa, M.ª Leonor. Infância Renascida. Vol. I
Childhood Reborn

I paint children's books
I paint children's books
With colored pencils
With dexterity and confidence
Relieving my pain.

Sharpen the tip of each pencil
Chosen to color
I fix the glasses on the nose
And the color begins to cover the sheet.

A way to relieve stress
Channeling the concentration
Reapplying to play
I calm the heart.

A new fashion
That in good time has come
Head stop spinning
Because the brain settled.

Sitting at the desk in my room, Handwritten,
on October 10, 2015, 10:20 p.m.
In Costa, M.ª Leonor. Childhood Reborn. Vol. I
Nonô Poetry

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Catarse das Palavras: "Sinto um enorme peso" / Catharsis of Words: "I Feel a Huge Weight"

PT: Sinto um enorme peso

 

Sinto um enorme peso

das más escolhas que fiz.

Carrego dentro de mim um fardo

que me deixa infeliz.

 

Diariamente sou castigada;

na minha pele sinto a dor.

Uma má sorte por mim criada

que me traz um grande dissabor.

 

Sou vencida pelo desalento;

baixo os braços, desiludida.

Qualquer dia rebento

e embarco numa nova vida.

 

Escrito à mão: Sentada no comboio da linha de Sintra,

9 de outubro de 2015, 21h43

 In Costa, M.ª Leonor. Catarse das Palavras. Vol. I
Catharsis of Words

EN: I Feel a Huge Weight

 

I feel a huge weight

from the bad choices I made.

I carry a burden inside me

that makes me unhappy.

 

I am punished daily;

I feel the pain in my skin.

A misfortune that I created

that brings me great unpleasantness.

 

I am overcome by discouragement;

I drop my arms, disillusioned.

Any day now, I will break

and embark on a new life.

 

Handwritten poem: Sitting on the train on the Sintra line,

October 9, 2015, 9:43 p.m.

In Costa, M.ª Leonor. Catharsis of Words. Vol. I 
Nonô Poetry

Nota: Este artigo foi revisto e atualizado no dia 09/10/2025.

Note: This article was revised and updated on October 9, 2025.

domingo, 25 de outubro de 2015

Catarse das Palavras: "Começar a lutar" / Catharsis of Words: "Start Fighting"

PT: Começar a lutar

 

Tenho uma âncora no passado

que não me deixa navegar.

Quero pôr tudo de lado,

soltar amarras e remar.

 

Seguir no meu pequeno barco

para parte incerta.

Não me prendo no charco;

preciso de uma visão mais aberta.

 

Um oceano me espera,

para fazer acontecer.

Esperar pelo destino me desespera,

faz-me sentir desfalecer.

 

Tenho um olho no futuro,

nos objetivos que pretendo alcançar.

Tenho que na mesa dar um murro

e por mim começar a lutar.

 

Escrito à mão: Sentada no comboio da linha de Sintra,

 9 de outubro de 2015, 21h36

 In Costa, M.ª Leonor. Catarse das Palavras. Vol. I
Catharsis of Words

EN: Start Fighting

 

I have an anchor in the past

that won't let me navigate.

I want to put everything aside,

to release the moorings and row.

 

To sail in my small boat

to an uncertain place.

I won't be held in this stagnation;

I need a more open vision.

 

An ocean awaits me,

where I can make things happen.

Waiting for destiny despairs me;

it makes me feel faint.

 

I have an eye on the future,

on the goals I intend to reach.

I have to put my foot down

and start fighting for myself.

 

Handwritten poem: Sitting on the train on the Sintra line,

October 9, 2015, 9:36 p.m.

In Costa, M.ª Leonor. Catharsis of Words. Vol. I
Nonô Poetry



Nota: Este artigo foi revisto e atualizado no dia 09/10/2025.

Note: This article was revised and updated on October 9, 2025.

sábado, 24 de outubro de 2015

Infância Renascida / Childhood Reborn - De volta à adolescência / Back to adolescence

De volta à adolescência
Estou de volta à adolescência
Sem complexos nem complicações
A uma época em que não havia problemas
Em busca de boas emoções.

Faço uma viagem no tempo
Para me curar
Renascendo a adolescente em mim
O dia-a-dia é mais fácil de suportar.

Não sei ainda quando voltarei a crescer
Mas à fase adulta devo regressar
Por agora quero voltar a ser miúda
Para me reencontrar.

Mem-Martins, sentada na mesa da cozinha, escrito à mão,
9 de outubro de 2015, 7h55
In Costa, M.ª Leonor. Infância Renascida. Vol. I
Childhood Reborn

Back to adolescence
I'm back in adolescence
No complexes or complications
At a time when there were no problems
In search of good emotions.

I make a trip in time
To heal me
Reborn the teenager in me
Day-to-day life is easier to bear.

I do not know yet when I'll grow back
But in adulthood I must return
For now I want to be a girl again.
To find myself.

Mem-Martins, sitting at the kitchen table, Handwritten,
on October 9, 2015, 7:55 a.m.
In Costa, M.ª Leonor. Childhood Reborn. Vol. I
Nonô Poetry