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quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - Sou uma ave rara / I'm a rare bird

Sou uma ave rara

Sou uma ave rara

Na multidão sou diferente

Uma num milhão

Uma pessoa irreverente.

 

Faço da vida um palco

Estou em constante representação

Brinco sempre que posso

Alegria é a minha vocação.

 

Tento não levar tudo a peito

E nada muito sério

Ajo com naturalidade

Sem nenhum mistério.

 

No início todos me estranham

Pela minha forma de estar

Depois passam-me a conhecer

E começam a me provocar.

Escrito à mão: Sentada no comboio da linha de Sintra (Santa Cruz Damaia), 2 de outubro de 2015, 18h13
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I
Worldly Poetry
I'm a rare bird

I'm a rare bird.

In the crowd I am different

One in a million

An irreverent person.

 

I make life a stage

I am in constant representation

I play whenever I can

Joy is my calling

 

I try not to take everything personally

And nothing too serious

I act naturally

Without any mystery.

 

At first everyone finds me strange

For my way of being

Then they get to know me

And they begin to tease me.

Handwritten: Sitting on the train from Sintra line (Santa Cruz Damaia), on October 2, 2015, 6:13 p.m.
In Costa, M.ª Leonor, Worldly Poetry. Vol. I
Nonô Poetry

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